terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O MARANHÃO VAI MUDAR COM FLÁVIO



Há alguns dias o governador Flávio Dino me convidou para almoçar nos Leões, junto com outras pessoas. Aproveitei para mostrar o projeto do Instituto Tecnológico da Aeronáutica de Alcântara, como tem se desenrolado e o que representa para o Maranhão. Flávio tem acompanhado a evolução do projeto desde o esboço inicial e tenho tido a rotina de colocá-lo sempre a par doa avanços.

Tudo começou a tomar corpo na visita que parte da bancada maranhense fez ao Comandante da Aeronáutica ano passado. Nos dados que levantamos, a maior proporção de aprovados era oriunda da região nordeste. Conversamos muito com o Comandante, que sabia da existência de outros estados interessados em levar o ITA para lá, mas pesou o argumento de que só o Maranhão tinha uma base de lançamentos aeroespacial - na verdade uma das melhores do mundo - ainda não convenientemente explorada. O Comandante, então, aceitando o argumento que nos dá primazia, concordou em começarmos aqui com um curso de Engenharia Aeroespacial. Foi um passo importantíssimo, pois tínhamos agora um aliado de peso. 

Depois fomos convidados pela Aeronáutica para visitarmos o ITA e todo o complexo tecnológico que veio com ele, além da Embraer. Vimos de perto a grandeza e a importância de tudo aquilo. E o melhor foi que nesse dia, durante o almoço, conhecemos o Brigadeiro Engenheiro Pazini, professor do ITA, que desde então vem nos orientando e ajudando na elaboração do projeto. Essa ajuda veio por meio de instruções que tratam até mesmo dos cuidados que teremos que ter na questão de definir o contorno do instituto, como o local de residências, comércio, alojamentos e salas de aula. Isto porque precisaremos trazer professores de fora e suas famílias.

Seguimos trabalhando juntos até que ele me enviou a seguinte boa nova: o novo Reitor do Ita, que tomará posse neste mês, disse a Pazini que já conhecia o projeto, estava favorável e o melhor de tudo é que soube do projeto do Maranhão pelo próprio Comandante da Aeronáutica, que na ocasião lhe informou da colaboração que o Brigadeiro Pazini estava dando ao desenho do projeto. 

Agora chegou a hora de contarmos com o prestígio do governador, fator decisivo para o êxito dessa empreitada e alçar o Maranhão em rota certeira para mudar o grau de desenvolvimento do estado.

Pois bem, quando ele viu o avanço das tratativas, imediatamente me convocou para acompanhá-lo em entrevista com Ministro da Defesa, Aldo Rabelo, o que aconteceu na quinta-feira passada. Estavam conosco o vice-governador Carlos Brandão e o deputado Rubem Junior, além do representante do governo do Maranhão em Brasília.

Flávio me pediu que fizesse uma exposição que teve imediata acolhida do Ministro. Este concordou que o ITA era ao mesmo tempo um desejo e uma primazia do Maranhão, considerando a base aeroespacial. Com isso, o projeto começou a ganhar um caráter oficial, tornando-se uma prioridade. Agora não estamos sozinhos. Contamos com apoio de gente muito importante conosco. Ainda teremos muito trabalho duro pela frente, mas estamos muito otimistas. 

Mas essa não foi a única notícia boa recebida na entrevista. O projeto - muito cobiçado e disputado por vários estados - que consiste em sediar a localização da Segunda Esquadra da Marinha de Guerra poderá vir para o Maranhão. Pela análise técnica realizada, devido as excepcionais condições naturais da Baia de São Marcos e a localização do estado geograficamente, o escolhido seria São Luís. A decisão do governo deve ser divulgada em breve. Esse é um projeto gigantesco de bilhões de reais, com muitas construções, inclusive de estaleiros de reparos e de muito suprimento aos navios, isso sem contar as centenas de oficiais e marinheiros que virão para cá. É um típico projeto estruturante.

Na tarde desse mesmo dia, estivemos com o ministro das Minas e Energia Eduardo Braga. O assunto básico definido pelo governador foi o linhão entre Parnaíba e Bacabeira e suas subestações. Essa estrutura, quando construída, significará a instalação de uma importante indústria de geração de energia eólica, que dará uma nova feição econômica para o litoral do estado, com expressivo incremento de renda na região. O ministro garantiu que o leilão será realizado em março. Já não era sem tempo. O Maranhão está atrasado em relação aos demais estados do Nordeste por falta de uma infraestrutura de energia, como o linhão.

Na longa conversa que tivemos com Braga, ele revelou que os iranianos estão discutindo com as autoridades brasileiras um importante acordo comercial que envolve cifras em torno de 10 bilhões de dólares em produtos manufaturados brasileiros, como taxis a gás, aviões etc. E revelou que eles têm grande interesse em uma refinaria no Maranhão, que faria o refino de óleo iraniano e a produção seria distribuída para as regiões norte, centro-oeste e nordeste. Esse projeto é muito parecido com o que apresentamos ao governo federal quando fui governador. Pesa na escolha iraniana a infraestrutura do Maranhão que, aliás, já faz essa distribuição de produtos refinados que chegam pelo Itaqui. Ademais, a presença de água abundante, o que é fundamental no processo de refino, também conta a nosso favor.

Flávio já sabia dessa possibilidade, pois já havia recebido os empresários que representam os interesses iranianos e os tinha incentivado a investir em nosso estado. Alguns deles estiveram comigo também. 

E vejam que agora de forma séria e comprometida, o sonho da refinaria pode se tornar realidade, mesmo neste momento de recessão no país, por meio do investimento desse novo e importante parceiro comercial do Brasil.
Por fim, o ministro confirmou que a British Petroleum descobriu importantes jazidas de gás em Barreirinhas. Isto poderá garantir o gás para a indústria siderúrgica que os chineses estão discutindo com o governador e o vice e cuja principal exigência era o gás.

Portanto, meus amigos, isso tudo que narrei explica o título deste artigo. Tanto a refinaria, como a siderúrgica, como a Base Naval e o Complexo Tecnológico de Alcântara capitaneado pela instalação do ITA são projetos gigantescos e estruturantes. E não me furto em reforçar que, para mim, o mais importante é o último, pelas modificações que trará para a educação do Maranhão.

Se tudo vier como está sendo tratado, vamos experimentar um progresso nunca visto por aqui. O Maranhão mudará muito e para melhor!