terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ROSEANA VENDE ILUSÕES


Chega a beirar a ingenuidade esperar parcerias por parte da governadora Roseana Sarney. É como acreditar em Papai Noel. Esse jogo ela faz muito bem, sempre fez. No fundo, ela joga fazendo promessas que jamais  passarão disso. E só ela ganha, pois, dominando os meios de comunicação do estado e com uma filosofia totalitária que está na base do poder da oligarquia, ela divulga a versão que é melhor para ela, cuja preferida é a de “governadora parceira”.
A única maneira de jogar esse jogo e não perder muito é levar qualquer solicitação por escrito e divulgar cópia do pedido na imprensa. Isso a obriga a responder e mostrar suas verdadeiras intenções.
Foi o que ficou comprovado com o pedido objetivo do prefeito Edivaldo Holanda para parceria no Socorrão. Ela teve que responder que toparia  administrar o hospital, desde que a prefeitura lhe repassasse os recursos. Setenta e sete milhões de reais. Uma parceria e tanto!
Fez muito bem o secretário Marcio Jerry, que imediatamente detonou a empreitada. Roseana nunca fez parcerias. O que ela faz no governo é cooptação. Nunca fará uma parceria sem imediato interesse de cooptação política.
Imaginem então no caso de São Luís em que o prefeito é parceiro político leal do atual maior adversário político do clã, Flávio Dino. Ela só cobriria Holanda de benesses se este prometesse a ela - e disso desse provas -  que trocaria Flávio pela oligarquia. Então viraria herói no estado, pois tudo o que fizesse seria descrito pelo sistema Mirante de comunicações como uma gestão municipal maravilhosa. Como isso não acontecerá, o tratamento será igual ao que dedicaram a mim e ao Jackson Lago. Não há meio termo. Na hora em que ela se convencer de que Holanda não será cooptado, entrará em campo a artilharia pesada. Não adianta sonhar. O Maranhão só será democrático com a vitória da oposição unida em 2014.
Isto posto, passemos ao endividamento criminoso que Roseana Sarney submete o estado. Nenhuma dúvida resta sobre o assunto. O primeiro bilhão que pegou, também antes da eleição de governo, ninguém sabe onde foi aplicado. Total mistério. O que se sabe com certeza é que mais uma vez ela deixa para a população pagar a farra feita com dinheiro público.
Esse poderá ser diferente?
Nunca! Podemos dizer sem risco de errar, pois ninguém sabe onde será empregada essa montanha de dinheiro, mas com certeza não será para tratamento de esgoto, que continuará a ser jogado sem tratamento nas praias e poluindo o litoral da ilha. Tampouco será aplicado na solução do gravíssimo problema da falta de água na capital, nem na educação - que é a pior do país, nem no apoio a agricultura familiar, nem em programas destinados a aumentar a renda per capita no estado - a menor do país - nem no combate a pobreza absoluta, que sufoca 44,6 por cento da população, nem em nenhum programa social...
Certamente irá tudo para empreiteiros amigos. Sempre foi assim. Para que mudar? - deve pensar ela, sem se importar com a pobreza e o atraso do Maranhão.
Como será pago tudo isso? Não podemos saber, já que o governo não esclarece nada.
Mesmo assim, os jornais da governadora noticiaram uma nova reunião com secretários (desprovida de sentido), mas que, segundo veiculado, serviu basicamente para que ela pedisse para ninguém gastar muito.
Como isso adiantasse para alguma coisa. Governos que tratam bem suas finanças não precisam fazer reuniões como essa, pois são desprovidas de sentido. Governos competentes não têm esse problema. Para isso precisam elaborar orçamentos reais, com cada secretaria sabendo, sem quaisquer dúvidas, o seu quinhão. Em seguida é só dividir o valor por doze avos, que serão depositados mensalmente na conta de cada secretaria sem necessidade de solicitação.
O segredo que garante evitar compras desnecessárias é que o empenho só é feito na secretaria de Planejamento, que só libera a autorização do gasto, se a despesa for condizente com o programa aprovado.
Fácil e seguro. Desta forma era feito no meu governo pelo secretário de Planejamento, Simão Cirineu.
Isso permitiu que eu saísse do governo sem dever ninguém.

O resto é falta do que fazer.