terça-feira, 24 de março de 2015

MARANHÃO É SINTESE DO BRASIL


O estado do Maranhão, hoje tão depreciado por causa de seus indicadores sociais e da pobreza da maioria de sua população, é, na verdade, muito privilegiado pela natureza que foi pródiga em dotar de recursos naturais abundantes o nosso imenso território. Território cuja extensão equivale a da Alemanha, possuímos imensos recursos hídricos perenes distribuídos em todas as nossas regiões. A natureza nos fez uma síntese do Brasil, pois aqui temos áreas que representam boa parte dos biomas nacionais, como o cerrado característico do centro do Brasil, uma pré-Amazônia característica do Norte e porções dos biomas do semiárido e do litoral nordestino.
Isso nos deu uma imensa região produtora de grãos, que produz muito, mesmo ainda carente de infraestrutura, além de diversos outros tesouros naturais que fazem dessa região uma das mais atrativas do país. Um desses imensos tesouros é o potencial que temos – imenso – de produzirmos energia renovável. Tão grande e tão completo que nos torna o único estado brasileiro capaz de produzir energia eólica, solar, das correntes de marés, de biomassa e do gás natural. Quem mais dentro os estados brasileiros apresenta repertório tão grande? Nenhum!
 As empresas perderam o medo do Maranhão, como tinham no passado recente, e estão se preparando para investir aqui. Nossa localização geográfica nos colocou próximos do Canal do Panamá, porta do oceano Atlântico para os grandes países da Ásia, maiores compradores mundiais de commodities e de outros bens.
Na Câmara, sou titular da Comissão de Minas e Energia e suplente das de Transporte, Pacto Federativo e Gás Natural. Não me interessei pelas comissões mais políticas e estou dedicado a ajudar o Maranhão nas que acho mais adequadas para o nosso desenvolvimento.
Na sessão da Comissão de Minas e Energia de quarta-feira passada, consegui separar os temas para uma audiência pública que envolviam energias renováveis com o gás natural e agora, além das de energia renovável, teremos uma só para o gás natural, assunto de enorme interesse para o nosso desenvolvimento, pois temos que garantir que o nosso gás também esteja disponível para a construção do gasoduto que trará o gás de Santo Antônio dos Lopes para o Porto do Itaqui, consolidando, assim, o nosso desenvolvimento industrial com a oferta de energia barata.
Preocupa-nos também o enorme fluxo de veículos, caminhões pesados que demandaram ao Itaqui e ao Tegram (terminal de grãos). Serão centenas de caminhões que chegarão a São Luís diariamente, causando grandes transtornos e engarrafamentos. É urgente a elaboração de um plano de logística para o Maranhão, com estudo aprofundado dessas situações que por si só poderão retardar o nosso desenvolvimento e tornar bem mais difícil a solução desses problemas. Temos que ter instalações para receber os piques sazonais de carga, diluindo no tempo o seu transporte para o porto, racionalizando o sistema e permitindo controlar os momentos difíceis. O progresso rápido traz grandes problemas que precisam ser enfrentados antes.
O ritmo atual da Câmara dos Deputados é muito forte, com votações nominais em todos os dias, intercalando com as seções das Comissões setoriais, onde tudo passa antes de ir para a decisão no plenário.
A situação do país é muito ruim, todos sabem, mas é a hora de prepararmos os projetos importantes para o desenvolvimento do Maranhão. Nesta semana estaremos com o Ministro dos Portos em Brasília e na sexta estaremos todos em Imperatriz com o Superintendente do DNIT e o Presidente da Caixa Econômica. Toda a bancada participará em conjunto com a Famem.
Também já estou de posse dos estudos preliminares para a instalação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica do Nordeste em Alcântara. Vamos discuti-lo com a bancada e começar a luta por sua instalação aqui. Em artigo futuro descerei aos detalhes do estudo.