sábado, 12 de junho de 2010

Dividido, PT aprova apoio a Roseana Sarney no Maranhão

Dividido e sob o discurso de que a prioridade é a candidatura à Presidência de Dilma Rousseff, o PT nacional decidiu na tarde desta sexta-feira apoiar a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão, anulando decisão do partido no Estado de integrar a chapa de Flávio Dino (PC do B).

Por 43 votos a 30, o Diretório Nacional do PT acabou cedendo à pressão do presidente Lula, que tem a família Sarney como aliada em Brasília.

A votação aconteceu depois de quase quatro horas de debate. Em entrevista pouco antes do resultado, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) resumiu o argumento da ala vencedora.

"Estamos preocupados é com a chance de Dilma [Rousseff] colocar 2 a 3 milhões [de votos] de frente no Maranhão. A melhor forma é ter um palanque que assuma integralmente a candidatura de Dilma, que é o palanque da Roseana."

Lula já havia pedido ao PC do B a retirada da candidatura de Dino, mas não foi atendido. No Estado, Roseana terá também como adversário o ex-governador Jackson Lago (PDT).

Pouco antes, o Diretório havia decidido por 44 votos a 30, mais uma abstenção, revogar a decisão da seção maranhense de apoiar Dino.

Defenderam a posição pró-Roseana, em discurso, o presidente do partido, José Eduardo Dutra, o secretário de Comunicação, André Vargas, o ex-presidente da legenda Ricardo Berzoini e o deputado federal José Genoino.

Integrantes da legenda no Maranhão, o secretário-geral do partido, José Eduardo Cardozo, e a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) se posicionaram contra a decisão do Diretório Nacional.

A decisão segue posição da corrente petista CNB (Construindo um Novo Brasil), antigo "campo majoritário", que na noite de ontem havia aprovado por unanimidade o apoio formal do partido a Roseana.

Caso o PT do Maranhão não cumpra a decisão, haverá intervenção.

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Lula, um homem de palavras

LULA, UM HOMEM DE PALAVRAS!
sexta-feira, 11 de junho de 2010 | 6:29

Vejam este vídeo. A imagem não é grande coisa. Vale pelo som.



Leiam o que segue. Volto depois.

Por Vera Rosa, no Estadão:

Quatro dias depois de obrigar o PT de Minas a apoiar o PMDB na disputa ao Palácio da Liberdade, a cúpula petista deve avalizar hoje a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) a um segundo mandato, anulando a decisão do Diretório Estadual do partido, que em março aprovou a aliança com o deputado Flávio Dino (PC do B-MA).

O apoio a Roseana é uma exigência da pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, e do presidente Lula. Dilma comparecerá hoje cedo à reunião do Diretório Nacional do PT, que vai bater o martelo sobre o imbróglio no Maranhão e ratificar a parceria em Minas com o PMDB.

A tendência é o PT aderir à campanha de Roseana. Motivo: a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que tem a maioria do partido, fechou questão, ontem, pela aprovação da aliança com a filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

“Não se trata de intervenção porque o 4.º Congresso do PT, em fevereiro, deu ao Diretório Nacional atribuição para examinar em última instância as alianças nos Estados”, afirmou o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Embora a corrente de Lula tenha posição unificada pelo aval a Roseana, a reunião de hoje promete polêmica. Na noite de ontem, o grupo Mensagem ao Partido - do secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP) - ainda pregava, como alternativa menos traumática a liberação do voto e neutralidade no Maranhão.

“O PT está se vendendo ao Sarney”, protestou o deputado Domingos Dutra (PT-MA). “Nós não vamos aceitar essa palhaçada. Se fizemos um encontro estadual e aprovamos a aliança com Flávio Dino, como essa decisão não vale?”

Na noite de quarta-feira, Dilma, ministros e coordenadores de sua campanha reuniram-se em Brasília para discutir o formato da convenção do PT, no domingo. O caso mais dramático, agora, é mesmo o do Maranhão, já que há negociações em andamento no Paraná, Pará e Ceará. Por ordem do comando petista, o diretório mineiro obrigou, na segunda-feira, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel a desistir da disputa à sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB), afilhado do tucano Aécio Neves, para apoiar a candidatura do senador Hélio Costa (PMDB-MG). Pimentel havia vencido prévia contra o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias (PT).

“Estamos fazendo tudo em nome do projeto nacional para o casamento com o PMDB”, resumiu o deputado José Genoino (PT-SP). “Se a Roseana foi líder do governo Lula quando era senadora, como agora não serve para o PT apoiar?”

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Discurso de Flávio Dino

O SR. PRESIDENTE (Paes de Lira) - Para uma Comunicação de Liderança, concedo a palavra ao nobre Deputado Flávio Dino, pelo PCdoB.

O SR. FLAVIO DINO (Bloco/PCdoB-MA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna tratar de tema de grande importância não só para o Maranhão, mas para o Brasil, a democracia e a luta política.

Amanhã, teremos reunião importante da Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores. Dirijo-me respeitosamente a sua bancada na Câmara e no Senado e aos seus militantes e dirigentes que nos assistem.

No dia 27 de março, o Partido dos Trabalhadores do Maranhão, legítima e livremente, resolveu apoiar sua aliança com PCdoB e PSB, que, historicamente, desde 1989, apresentou a candidatura do companheiro Lula àPresidência da Republica e meu nome como pré-candidato ao Governo do Estado.

Amanhã, Deputado José Genoíno, pretendem alguns uma intervenção ou uma revisão dessa decisão. Fraternalmente, como pré-candidato indicado da aliança, militante da esquerda brasileira, aliado e membro fiel, leal, dedicado e determinado da base do Governo Lula, venho perguntar como companheiros petistas legitimam essa suposta intervenção, essa pretendida revisão sobre a decisão autônoma adotada pelo PT do Maranhão.

A lei autoriza sim que o órgão nacional de direção partidária delibere sobre política de alianças, mas não de modo arbitrário Épreciso que haja descumprimento de diretrizes nacionais, eminente Presidente. E aquelas fixadas pelo PT no seu congresso de fevereiro estão sendo integralmente observadas pela decisão do PT do Maranhão. Portanto, não há razão, suporte, não há condições jurídicas sequer para se proceder à essa revisão ou intervenção.

A aliança que pretendemos se insere puramente no campo do Governo Lula. Se a Direção Nacional do PT resolver apoiar a candidatura da Sra. Governadora Roseana Sarney, estará sim sendo incoerente,

uma vez que fazem parte da aliança que apoia a Governadora partidos que aqui não são da base do Governo Lula, o DEM, por exemplo, ou que têm candidatos que não é a Ministra Dilma, como o Partido Verde.

Por isso, além dos motivos jurídicos, sustentamos aqui, prezados colegas Parlamentares, que politicamente também, de modo fraterno, mas incisivo, como deve ser uma relação franca, sincera entre companheiros, não há motivos políticos, Deputado José Genoíno, que sustentem a desmoralização de uma aliança aprovada numa decisão limpa e livre de uma instância partidária.
Sou de outro partido. Mas o PCdoB tem autoridade e pode e deve se dirigir aos companheiros do PT nos termos em que me dirijo, porque sempre sustentamos este projeto, sempre sustentamos este Governo, nos piores momentos. Não somos daqueles que só navegam nas águas tranquilas, na bonança da popularidade do Presidente Lula. Enfrentamos as derrotas de 1989, de 1994, de 1998, enfrentamos as crises que houve neste Parlamento. O Presidente Aldo Rebelo assumiu, em nome do nosso partido, esta Presidência para ajudar nosso Governo.

Então, temos autoridade política sim, respeitando naturalmente a autonomia do Partido dos Trabalhadores, a liberdade de decisão que tem, Deputada Dalva Figueiredo, na sua direção. Mas podemos e devemos sim nos dirigir ao PT dizendo que nós do PCdoB pretendemos lançar o primeiro candidato a Governador da história do nosso partido. São 88 anos de história e esta é primeira vez que apresentamos pré-candidatura ao Governo Estadual. Sempre apoiamos o PT, e o apoiamos em praticamente todos os Estados, vencemos a disputa estadual.

Por isso, esperamos da Direção Nacional do PT ponderação, senso de justiça. Com ponderação, senso de justiça e proporcionalidade, não tenho nenhuma dúvida de que a Direção Nacional do PT confirmará a aliança do PCdoB, do PSB com o PT.

Finalmente, Sr. Presidente, quero render uma brevíssima homenagem.

Porém, é uma homenagem sincera e emocionada a companheiros do PT do Maranhão que se têm dedicado a essa causa, não em busca de interesses pessoais, mas porque acreditam politicamente no que estão sustentando.

Quero aqui reverenciar a liderança camponesa, histórica, o fundador do Partido dos Trabalhadores, membro da 1ª Comissão Executiva Nacional do PT, o líder Manoel da Conceição, assim como os meus companheiros de chapa, escolhidos lá no Maranhão: a candidata a Vice-Governadora Terezinha Fernandes, ex-Deputada Federal pelo PT nesta Casa na legislatura passada; o nosso companheiro Bira do Pindaré, pré-candidato ao Senado, que tem nos defendido também; e finalmente um companheiro nosso de Parlamento, o Deputado Domingos Dutra, que tem sido exemplar e corajoso na defesa das posições políticas do PT do Maranhão.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

PT federal hesita em obrigar PT-MA a apoiar Roseana

O PT do Maranhão deve receber da direção nacional da legenda um tratamento diferente do que foi dispensado ao petismo de Minas Gerais.

Ao diretório mineiro, impôs-se o apoio a Hélio Costa (PMDB).

O do Maranhão pode ser liberado para negar apoio à recandidatura de Roseana Sarney (PMDB).

Nesta sexta (11), reúne-se em Brasília o diretório nacional do PT.

Vai deliberar sobre as pendências que ainda sobrevivem nos Estados. Entre elas a do Maranhão.

Por maioria apertada –87 votos a 85— encontro estadual do PT-MA aprovara o apoio ao deputado Flávio Dino, candidato do PCdoB ao governo maranhense.

O PT federal tendia a obrigar o partido a rever a decisão. Dino seria lançado ao mar. E o petismo maranhense iria ao colo de Roseana, candidata à reeleição.

Súbito, foi ao noticiário a denúncia de que os Sarney tentaram comprar o apoio de delegados petistas. As ofertas variaram de R$ 20 mil a R$ 40 mil.

A novidade fez o PT federal refluir. Vão à mesa na reunião do diretório três propostas:

1) A migração para Roseana; 2) A manutenção do apoio a Dino; 3) A neutralidade. Entre as três, a primeira é a que tem, hoje, a menor taxa de adesão.

O deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) ameaça entrar em greve de fome caso seja tomada qualquer decisão que leve à revisão do apoio a Flávio Dino.

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Petista Histórica ee Minas Deixa O PT, chama Lula de “Caudilho” e diz que já vai tarde...

A mineira Sandra Starling, 66, já chegou a ser a principal referência do PT mineiro. É fundadora do partido, foi a primeira candidata da legenda ao governo do Estado, em 1982, e chegou a ser líder de bancada na Câmara. Foi secretária executiva do Ministério do Trabalho no primeiro mandato de Lula. Anteontem, pediu a sua desfiliação e escreveu uma carta expondo o seus motivos: não aceita a imposição de Helio Costa (PMDB) como o candidato da base governista no estado.

“É lamentável que o PT acabe refém de uma pessoa, que é o Lula. [Ele] Tem os seus méritos, mas todo mundo tem algum mérito; virou caudilho no partido, manda, desmanda, decide, todo mundo obedece. Não dá! (…) O PT de Minas tem pessoas e figuras importantes que poderiam ter se unido para fazer uma resistência. Não é possível que essas coisas passem assim sem que ninguém proteste”, declarou à Folha.

Domingos Dutra: 'quero contribuir com o desgaste dos Sarney'

Por Sofia Krause

Nesta sexta-feira, o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) promete iniciar uma greve de fome caso a cúpula do PT decida anular o resultado da convenção do partido no Maranhão, que decidiu apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao governo do estado. Os petistas-chefes querem dividir o palanque com Roseana Sarney. Dutra vê a intervenção como um desrespeito aos maranhenses. Em entrevista à VEJA.com, o parlamentar de 54 anos, 1,72 de altura e 71 quilos, narra os detalhes do seu plano.

Por que uma greve de fome?

Eu tenho consciência que é um recurso extremo. Mas é o único que a gente tem. Porque nós fizemos a disputa de acordo com as regras do partido. Se isso não vale, a greve de fome é o único recurso.

Até onde o senhor está disposto a levar o protesto?

Eu não estou querendo morrer de fome. Eu tenho bastante resistência para aguentar uns quatro meses...

O PT não vai reverter uma decisão do diretório nacional.

Eu acho que no mínimo vai haver um grande desgaste do grupo Sarney no Maranhão, que já está desgastado. Se eu contribuir com esse desgaste, eu acho que já valeu a pena.

O senhor vai tomar água?

Segundo os médicos que eu consultei, a gente ingere líquido como água, água de coco.. .Já consultei um deputado que passou greve de fome aqui para saber quais são as reações do corpo.

E quais são?

Eles me dizem que o corpo humano tem bastante resistência. No episódio do Haiti, teve gente que foi encontrada viva 15 dias depois do terremoto, sem comer. Eu sou de uma família muito humilde, portanto durante a minha infância toda eu não tive alimentação farta. Tenho minhas tripas muitos estreitas.

O senhor pretende continuar com sua agenda normal no Congresso?

Como a greve vai ser no plenário da Câmara, vou levar meu computador, meu telefone e livros para ler...O plenário é meu santuário.

Por que tanta resistência à candidatura de Roseana Sarney?

Os Sarney têm catinga.

Pode tomar banho no plenário?

Pode sim, já vi que lá no cafezinho tem um bom banheiro...

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Onde está Wa...Roseana?

O Maranhão está vivendo uma situação muito parecida com o que ocorre com um famoso personagem infantil, o Wally, aquele que ninguém encontra. E quem protagoniza o mesmo papel? Isso mesmo. A “governadora” Roseana Sarney.

No governo ela não está, dizem todos, pois até reuniões de secretários estão sendo dirigidas por outros. Isso sem falar no fato de que nem consegue mais sustentar suas próprias indicações, sendo obrigada a exonerar pessoas capacitadas pertencentes ao seu círculo familiar. E a coisa é tão grave que nem mesmo o antes todo-poderoso marido consegue dar-lhe forças no governo.

Custo a acreditar que todo o esforço e desgaste sofrido para tomar nos tribunais o mandato de Jackson Lago foi para fazer tamanho papelão no governo. É inacreditável o que está acontecendo e as especulações correm soltas...

Roseana e seus inúmeros marqueteiros tentaram sempre criar uma imagem de mulher forte, valente e guerreira desde 1998, aproveitando o fato de ter conseguido sobreviver a delicadas e graves cirurgias. Foi daí que nasceu a famosa propaganda da “guerreira”, veiculada à exaustão, gravada por Alcione e reproduzida sem parar em sucessivas campanhas ao governo.

A guerreira mostrada na propaganda era Roseana, a mulher forte e valente que governava o Maranhão. Em seguida, veio o movimento de campanha para a presidência da República, que acabou abortado (pelo cofre da Lunus), com os famosos filmes de propaganda eleitoral feitos por Nizan Guanaes, que mostravam Roseana como a número “1”, parodiando a famosa propaganda de cerveja e também como mulher forte, passando em revista a tropa da Polícia Militar do Maranhão. Foi um esforço gigantesco e dispêndio de tempo enorme, criando um personagem que, na verdade - está mais que provado - nunca existiu.

E isso ficou patente na sua segunda gestão como governadora (iniciada em 1998), por meio da edição de leis e decretos por ela assinados que, além de destroçar a ação do governo e a economia do estado, revelaram sua fragilidade, entregando toda a máquina estadual para seu marido administrar, o “Super Jorge” da época. Assim, recolheu-se entediada, pouco ia ao palácio, preferindo receber alguns privilegiados ou autoridades federais em visita ao Maranhão, em sua própria casa.

Criou barreiras para não receber políticos, pois achava esses encontros fastidiosos e maçantes, materializando-as por uma reforma administrativa que criou as denominadas “gerências”, as famosas gerências, unicamente com essa finalidade. Todos viram que Roseana se aborrecia com a rotina do governo, a necessidade de dar soluções, às vezes urgentes, a problemas governamentais, dedicando-se apenas ao São João e ao Carnaval. O resto era com o marido.

Sua máquina de propaganda evitava que a população visse claramente o que estava acontecendo. E assim Roseana Sarney levou o governo.

Pois bem, o que se vê agora não não é diferente. Há pouco mais de um ela voltou ao Palácio dos Leões, afrontando o desejo de 1 milhão e 400 mil eleitores que deram o voto a Jackson e o elegeram. No entanto, retornou trazendo consigo a pecha de uma enorme e permanente rejeição, muito enfraquecida em sua credibilidade e em sua autoridade, o que a submete a enormes dificuldades dentro e fora do governo.

Teve que ouvir coisas desagradáveis por partes de integrantes do PT e suportou calada, imaginem, porque depende muito de Lula. Além disso, em quase todas as suas viagens convive com a rostos virados e severos de muita gente, isto quando não tem que ouvir vaias muito contundentes.

E a onda cresce... Agora a coisa tomou novos aspectos, extremamente graves, como a notória falta de autoridade dentro do seu próprio governo, em que tem experimentado o gosto amargo do desrespeito, aberto e público, de ex-auxiliares e parentes por quem aparenta medo... de quê, não se sabe... O que teme Roseana Sarney, a maior autoridade do estado e pertencente a uma família a quem todos incutia receio?

A especulação corre solta, dependendo da imaginação de cada um. O fato é que ela perdeu o governo, agora entregue ao coordenador de sua campanha, que já se adiantou e assumiu, de fato, dando enorme contribuição para a grande bagunça que se tornou o governo.

Muitos prefeitos aquinhoados com convênios ficam sabendo que não receberão mais nada e que as obras municipais seriam realizadas através de empreiteiros contratados pelo governo e não pelos prefeitos... Aí tem coisa!!!

Alguns chegam mesmo a comentar sobre ter visto os dois leões que ornamentam a entrada do Palácio sede do governo, símbolos do poder, em uma casa no Olho D’água...

Todos conhecem o estilo do coordenador e é grande a chance da campanha virar um vale-tudo, sem limites. É do seu estilo. Basta observar a baixaria de colunas do jornal da oligarquia e dos blogs sarneysistas.

Mas a responsável final é Roseana Sarney, que é a governadora e não pode delegar o governo para ninguém. É um risco e tanto que ela assume, idêntico ao veredito do Ministério da Agricultura sobre a situação da epidemia de febre aftosa no Maranhão quando ela saiu do governo em 2002, ou seja, “risco desconhecido”.

Será, sem dúvidas nenhuma, uma péssima maneira de encerrar sua carreira política. É como será lembrada no futuro. Pena!

Vejam que é no interior do estado onde a propaganda do governo suscita piadas mais veementes, pela falsidade facilmente comprovada dos “anúncios” de obras inexistentes feitas pela cosmética do marketing. Domingo, em Senador La Roque, a propaganda dos hospitais virtuais de Roseana Sarney servia apenas de chacota. Uma enorme placa, maior do que as das casas próximas, dizia que a população ia ficar feliz com a construção de um hospital de 20 leitos no município.

Mas a realidade local é muito diferente. A governadora esteve lá e como não tinha o que dizer, tampouco mostrar, além da placa, resolveu inaugurar uma Unidade Mista de Saúde, que estava pronta e fechada à alguns anos.

Esta unidade decorreu de uma emenda de Terezinha Fernandes quando deputada federal. Roseana fez um discurso e disse que estava inaugurando a unidade de saúde que era decorrente de uma emenda sua no Senado. Naturalmente, estava em pleno exercício do “jeito Roseana de ser”, querendo se sobressair, não importa como. Inaugurou e foi embora, certa de que enganou todo mundo.

Mais lamentável ainda é que quem quiser tratar da saúde ali, não vai conseguir, pois a unidade está fechada para atendimentos por falta de médicos, enfermeiros e equipamentos. Bem o estilo habitual dela. Agora vejam que, se nem uma unidade conseguem fazer funcionar imaginem, os hospitais virtuais...

E por essas e por outras que Flávio está crescendo muito ao se apresentar no interior. O povo quer muito a mudança. É impressionante.

Do outro lado, eles sabem disso e a prova maior é como se empenham, no sistema mirante, nas baixarias contra Flávio e contra mim. Ninguém atira pedras em árvore que não dá frutos! Eles sabem a verdade.

O mais engraçado é como eles dizem saber o que estamos pensando e fazendo. Tudo lorota... E se preparem, pois agora vão iniciar a fase das pesquisas falsas. Exatamente como nas eleições anteriores.

E, para terminar, a propaganda mudou. Duda Mendonça agora fala em “novo governo”. Mas precisa saber que esse “novo” já tem 45 anos...
Tá difícil, Duda.

terça-feira, 8 de junho de 2010

MPE pede cassação do mandato de Sarney Filho

O Globo:

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu nesta segunda-feira recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o deputado federal e pré-candidato à reeleição José Sarney Filho (PV-MA) por de uso indevido de meios de comunicação social e abuso do poder econômico e de autoridade.

O MPE alega que Zequinha Sarney teria distribuído como encarte, na eleições de 2006, 9 mil boletins informativos com nítido conteúdo eleitoral, no jornal que pertence a família dele.
O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) considerou que não havia irregularidade na distribuição dos boletins informativos de modo a influenciar o resultado das eleições. Tal decisão é questionada agora no TSE.

De acordo com o MPE, a distribuição gratuita de 9.223 boletins informativos, que teriam sido possivelmente impressos pela gráfica da Câmara dos Deputados, teria potencialidade para desequilibrar o pleito eleitoral de 2006, tendo em vista sua divulgação em larga escala. O recurso será analisado pelo ministro Marco Aurélio.

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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Cartas na mesa

PAINEL DA FOLHA
Cartas na mesa
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 06/06/10

Roteiro - De um integrante da cúpula do PC do B, comentando o recado dado a Lula anteontem sobre a candidatura de Flávio Dino no Maranhão: ‘O gênio saiu da lâmpada. Não tem volta’.

O Maranhão conhece Flávio Dino

O suposto desconhecimento de Flávio Dino por uma parte do eleitorado, apontado pelo grupo Sarney como um grande obstáculo ao seu projeto de governar o Maranhão, hoje pode-se considerar superado. Ironicamente, foram os próprios meios de comunicação da família Sarney que, na ânsia de combatê-lo, acabaram divulgando seu nome em todo o estado.

Hoje Flávio Dino não somente é bastante conhecido, como é visto como o mais temido adversário do grupo Sarney. Prova disso é a briga de foice que trava o grupo para tirar o PT da coligação com o seu PC do B, decidida pela maioria petista em encontro estadual. Sarney sente calafrios diante da possibilidade de ver a filha num confronto com o candidato comunista.

Do alto da sua experiência, ele é capaz de prever o desfecho da disputa entre uma candidata em fim de carreira, que por mera vaidade ou capricho deseja um quarto mandato de governadora e um político estreante, sem vícios e com um inovador projeto de governo capaz de empolgar, de gerar expectativas num eleitorado cansado das estripulias de uma mesma família que apodreceu no poder. Sarney imagina que impedindo a aliança com o PT ferirá de morte a candidatura do PC do B que assim perde alguns minutos no tempo da propaganda eleitoral. Sua obsessão pelo poder é tanta que o impede de ver que com mais esse golpe baixo contra a democracia ele só faz crescer ainda mais a forte rejeição ao nome de sua filha.


Sarney, outrora elogiado pela sutileza e inteligência que marcaram suas jogadas políticas, quase imperceptíveis aos olhos dos simples mortais, hoje no ocaso da vida, quando dele era de se esperar a sublimação na escala dos valores morais, resolveu rasgar a própria biografia. Joga abertamente o jogo bruto do incompetente, que não consegue vencer por outro meio que não seja a trapaça pura e simples, pouco se importando com sua reputação.

(J.Canavieira)

Em visita a municípios do interior, Flávio Dino defende Maranhão “mais forte e mais justo”

Seis municípios foram visitados em dois dias pela comitiva que acompanha o deputado federal e pré-candidato ao governo do Maranhão Flávio Dino (PCdoB). Itapecuru, Pio XII, Bom Jardim, Santa Luzia, Buriticupu e Imperatriz foram as cidades que receberam a visita do grupo desde a última quinta-feira, 3.

As viagens têm o objetivo de divulgar a chapa majoritária que se candidatará ao governo do Maranhão e ao Senado nas eleições de outubro – formada por PCdoB, PT e PSB – e de colher sugestões para a elaboração do programa de governo. Além de Flávio Dino, acompanham o itinerário a pré-candidata a vice-governadora Terezinha Fernandes (PT) e os candidatos ao Senado Bira do Pindaré (PT) e José Reinaldo Tavares (PCdoB).

“Este é o momento de dividirmos com os maranhenses a tarefa de fazer do Maranhão um estado livre e justo. Estamos conversando olho no olho com a população, sem maquiagem e sem marcas. Quero que o povo tenha a oportunidade de avaliar quem eu sou e o que eu proponho para o estado do Maranhão”, disse Flávio Dino.Em Itapecuru-Mirim, onde participou de evento no Itapecuru Social Clube, Flávio Dino foi recebido pelos vereadores Índio do Brasil (PSB) e JR do PT. Flávio Dino falou para empresários, representantes da associação comercial, da associação comunitária dos ceramistas e para diversos líderes comunitários. Ele também se reuniu com o grupo liderado pelo empresário Rogério Baiano, que disputou as eleições para prefeito do município em 2008. O pré-candidato ao governo do Maranhão destacou a importância da indústria de cerâmica, que atualmente beneficia, direta ou indiretamente, um quarto da população da cidade.

Desenvolvimento

De Itapecuru, o grupo seguiu para Pio XII, onde recebeu o apoio dos vereadores Duduca e Josué Lima, bem como de sindicatos de trabalhadores rurais e do sindicato dos pescadores local. Na noite da quinta-feira, o ato político foi em Bom Jardim, onde o público reunido foi de mais de 500 pessoas.Flávio Dino lembrou que os três anos e meio que já exerceu do mandato como deputado federal reforçaram nele a necessidade de se mudar a política do Maranhão.

“Estamos apresentando soluções para que haja o desenvolvimento real do povo do Maranhão. O nosso objetivo é renovar a política do nosso estado. Hoje dá para ver a enorme distância que há entre o nosso desenvolvimento o do resto do Brasil”, avaliou o pré-candidato, que também classificou de “injustificáveis” os indicadores sociais maranhenses de hoje em dia. “O resto do Brasil cresceu, se desenvolveu, melhorou seus indicadores. O Maranhão ficou para trás. Chegou a hora de combater essa marca de pobreza”, reforçou Flávio Dino.

Na manhã de sexta-feira, o público lotou o auditório de um clube local em Santa Luzia para o discurso de Flávio Dino e das lideranças que o acompanhavam. A parada seguinte foi em Buriticupu, no clube Avenida 01. A programação da sexta-feira encerrou com participação no Salão do Livro de Imperatriz. Na agenda do pré-candidato também está previsto jantar com a presença de uma centena de empresários da região tocantina.

No sábado e no domingo, estão na agenda da caravana ainda as cidades de São Pedro da Água Branca, Vila Nova dos Martírios, Cidelândia, João Lisboa, Amarante, Buritirana e Senador La Roque.

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domingo, 6 de junho de 2010

Impasses regionais complicam formação de chapas nos Estados

Aliados nacionais, PT e PMDB ainda divergem nas composições locais.
Possibilidade de intervenção nacional gera até ameaça de greve de fome.

A cinco dias da largada para as convenções em que os partidos definem seus candidatos para o pleito de outubro, divergências regionais ainda barram a montagem dos palanques em diversos estados.

São disputas que, em muitos casos, ocorrem dentro da base aliada, protagonizadas por diferenças entre PT e PMDB.

O PMDB deve aprovar em convenção a indicação do deputado Michel Temer (SP) para vice na chapa da pré-candidata a presidente Dilma Rousseff (PT), mas rusgas regionais com o PT persistem, ameaçando a união das siglas no plano nacional.

Minas Gerais

Um dos principais impasses, a disputa entre PT e PMDB em Minas Gerais, parece ter sido resolvido aos 43 minutos do segundo tempo.

O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha de Dilma, confirmou na quinta-feira (3) que retirará sua pré-candidatura ao governo para apoiar o ex-ministro Hélio Costa (PMDB).

O arranjo, a ser ratificado em reunião neste domingo (6) entre dirigentes dos partidos em Minas, previa ainda a indicação do ex-ministro Patrus Ananias (PT) para vice de Costa e o lançamento de Pimentel para o Senado.

O apoio do PT à candidatura de Costa foi uma exigência do PMDB nacional para confirmar o apoio a Dilma. Costa lidera as pesquisas em Minas, estado que reúne 10% do eleitorado nacional, contra o governador Antonio Anastasia (PSDB), pré-candidato do ex-governador Aécio Neves (PSDB).

Maranhão

No Maranhão, o clima de guerra entre PT e PMDB inclui até ameaças de greve de fome.

O PT local aprovou, por dois votos de diferença, apoio à candidatura do deputado federal Flávio Dino (PCdoB) ao governo, mas a aliança nacional levaria o partido a apoiar a tentativa de reeleição de Roseana Sarney (PMDB)

A briga inclui denúncias de que representantes do PT no Maranhão teriam recebido proposta em dinheiro para apoiar o grupo dos Sarney. Roseana nega as denúncias, que o PT nacional apura.

O impasse no Maranhão deve ser resolvido pelo Diretório Nacional do PT, em 11 de junho, mas setores do partido que rejeitam a aliança com os Sarney prometem resistir a uma possível intervenção.

Vamos fazer greve de fome na Câmara [contra a aliança do PT-MA com os Sarney]"
Domingos Dutra deputado federal (PT-MA)


“Uma intervenção empurrará a maioria da militância para ações sobre as quais não temos controle, como greve de fome. Vamos fazer greve de fome no plenário da Câmara”, afirmou ao G1 o deputado federal Domingos Dutra.

Pará

No Pará, o PT se esforça para não perder o apoio do PMDB do deputado federal Jader Barbalho, principal nome do partido no estado.

Descontente com a participação do partido no governo de Ana Júlia Carepa (PT), que busca a reeleição, o PMDB lançou candidato próprio na disputa, o deputado Domingos Juvenil. Jader deve disputar o Senado.

O PSDB, que enfrentará Ana Júlia com o ex-governador Simão Jatene, comemora os atritos na base aliada. “Vejo com muita alegria a candidatura do PMDB”, diz o líder do PSDB na Assembleia, José Megali.

O PT desconversa sobre as rusgas com o grupo de Jader. Diz que “não guarda rancor” pelo afastamento dos peemedebistas e que acomodou bem o partido no governo.

Os petistas querem disputar o Senado com o deputado Paulo Rocha. O restante da chapa – candidatura a vice, a outra vaga para o Senado e os suplentes – está em negociação. A data da convenção será definida na próxima segunda (7).

Ceará

No Ceará, PT e PMDB brigam por um lugar na chapa do governador Cid Gomes (PSB), candidato à reeleição. Aliado de Cid, a quem apoiou informalmente em 2006, o senador Tasso Jereissati (PSDB) também quer um espaço na composição e complica a disputa.

Em 2006, o PT apoiou a eleição de Cid e ficou com a vice-governadoria. Convenceu o deputado Eunício Oliveira (PMDB) a retirar sua candidatura ao Senado na chapa em favor de Inácio Arruda (PC do B), que foi eleito. A contrapartida do acordo era o apoio do PT a Eunício para o Senado em 2010.

Ocorre que o PT-CE aprovou a candidatura ao Senado do ex-ministro José Pimentel. Ou seja, são três nomes - Eunicio, Pimentel e Tasso - para duas vagas. E PT e PSDB não admitem participar da mesma chapa. A bola está com o governador Cid Gomes, que ainda não se manifestou publicamente sobre o impasse.

Paraná

No Paraná, o PT quer lançar o senador Osmar Dias (PDT) ao governo, em chapa com Gleisi Hoffmann (PT) e, para o Senado, o ex-governador Roberto Requião (PMDB), que anunciou pretender disputar na convenção do partido a indicação para candidato a presidente da República. Já os peemedebistas querem a candidatura do atual governador, Orlando Pessuti, à reeleição.

No meio do imbróglio PT-PMDB, o PSDB trabalha para cooptar Dias. O partido tenta atraí-lo como companheiro do tucano Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba e pré-candidato a governador, em composição ao Senado com Ricardo Barros, do PP. A oferta do PSDB ao PDT inclui ainda a indicação do candidato a vice-governador.

O PMDB mantém a disposição de ter candidato próprio ao governo. Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na negociação. Ele se reuniu com Pessuti e com o presidente do PMDB no Paraná, Waldyr Pugliesi.

“A candidatura é pra valer”, disse Pugliesi, que saiu da reunião afirmando que as conversas com o PT e o PDT continuam. Segundo ele, o partido garantirá palanque para Dilma mesmo que o PT se alie a Osmar Dias.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, PT e PP tentam chegar a um consenso para disputarem juntos as eleições. O impasse está na disposição dos dois partidos de ter candidatura própria ao governo.
Nunca tivemos uma indefinição tão grande" Joares Ponticelli - deputado estadual (PP-SC)

No PP, o nome é o da deputada federal Angela Amin. Já o PT quer emplacar a senadora Ideli Salvatti. “Nunca tivemos na história recente de Santa Catarina uma indefinição tão grande como nessa eleição”, diz o presidente estadual do PP, Joares Ponticelli.

Para Ponticelli, a tendência é que os partidos lancem "chapas puras" no primeiro turno. A base espera e teme a reedição da “tríplice aliança” PMDB-DEM-PSDB, que elegeu Luiz Henrique da Silveira (PMDB) ao governo em 2006, derrotando Esperidião Amin, marido de Angela.

O cenário também está indefinido no lado da “tríplice aliança". O PMDB lançou a pré-candidatura de Eduardo Pinho Moreira, ex-prefeito e ex-vice-governador do estado. O Democratas tem o nome do senador Raimundo Colombo e o PSDB pode lançar o governador Leonel Pavan à reeleição.

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