segunda-feira, 29 de junho de 2015

MARANHÃO AVANÇA NA SUSTENTABILIDADE ENEGÉTICA


O governador Flávio Dino incluiu entre os objetivos maiores do seu governo alcançar a sustentabilidade energética no Maranhão. Sempre me impressionou ver que os empreendedores interessados na produção de energia eólica faziam grandes investimentos em outros estados nordestinos, região do país que apresenta enorme potencial para produção de energia, e nada no nosso estado. Até houve um único projeto, que foi bastante divulgado aqui, mas não foi para a frente e, passado vários anos, nenhum quilowatt foi produzido. Por que o Maranhão não avançou? Por que nenhum projeto foi feito, se temos tanto vento quanto os outros estados da região?
A resposta é simples e a explicação é que o Maranhão não tinha planejamento e nem se interessava em construir a infraestrutura necessária para atrair investidores, a despeito da força política que tinha no governo federal, afinal teve seguidamente vários ministros de Minas e Energia. Ficaram muitos anos, mas nada foi feito.
Quando Flávio chegou ao governo, trouxe outra mentalidade. Convidou-me para ser o Secretário de Minas e Energia, atitude que muito me lisonjeou e que gostaria muito de ter podido honrar, mas fui impedido por circunstâncias da política, que, pela sua gravidade, me impediram de aceitar o convite do governador, um homem honesto e muito inteligente, muito educado, de quem sou amigo incondicional e cujo governo me dedico a colaborar na Câmara Federal. O governador escolheu então a engenheira Crisálida Rodrigues, de grande experiência profissional no setor, que tem feito com sua equipe um grande trabalho.
Logo que assumiu o cargo, o governador endereçou ofício ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, solicitando o empenho do governo federal no leilão da infraestrutura necessária para que empresas pudessem vir para o Maranhão e construir um parque eólico gigantesco, capaz de mudar a fisionomia de pobreza dos moradores dessas regiões próximas ao litoral. Pedia a construção de subestações e linhas de transmissão de grande capacidade de transporte para a energia gerada pelos parques eólicos que certamente viriam. O pedido feito pelo Governador do Maranhão foi embasado por estudos da Empresa de Projetos de Energia, órgão vinculado ao próprio MME, que faz rotineiramente estudos e projetos em todo o país, a fim de ampliar e melhorar o sistema elétrico brasileiro. Referido estudo apontava, entre várias alternativas, aquela considerada melhor para escoar a energia de futuros campos eólicos do Maranhão e do Piauí. Com efeito, essa alternativa consiste na construção de duas subestações de grande capacidade, uma em Parnaíba e outra em Bacabeira, que seriam conectadas por um linhão de grande capacidade de transportar energia elétrica, permitindo levar os quiloWatts ali produzidos pelos ventos a todo o Brasil, dando viabilidade aos empreendimentos construídos na região.
Pois bem, na quarta–feira da semana passada o ministro Eduardo Braga me recebeu, junto com a secretária Crisálida e dois representantes de importantes grupos empresariais. Um deles interessado em fazer um parque eólico na região que vai de Paulino Neves a Tutoia, capaz de gerar 3,5 GigaWatts, o maior do país, e o outro interessado em que o leilão do linhão fosse marcado, pois pretende construí-lo e explorá-lo, conforme o modelo brasileiro, sem ônus para o governo federal ou estadual.
Vejam, meus amigos, que isso mudará aquela região do Maranhão. Para terem uma ideia da importância de um projeto desses para a população local, que tem renda muito baixa, pois é uma região carente de tudo, as cooperativas que tiverem títulos de terra concedidos pelo Iterma receberão mais de mil reais, talvez em torno de mil e quinhentos  reais, por cada torre eólica colocada em suas terras, por mês.
Assistindo a um dos noticiários da Rede Globo, vi uma matéria feita no Rio Grande do Norte, mostrando uma família de agricultores que recebia em torno de mil reais por mês com a venda de sua produção na propriedade. De repente, veio um projeto e colocou sete torres na propriedade deles. Desde então, por conta dessa permissão, recebem dez mil reais por mês. Isso representa uma multiplicação da renda da família por dez vezes, uma revolução! Já pensaram então o que poderá acontecer em nosso estado?
É só assim que o Maranhão vai conseguir sair da pobreza, pois com esse mesmo cuidado com o qual o governo toca os projetos na área de Minas e Energia, outros setores também vão desbravando novos caminhos.
É o Maranhão em busca de seu destino, de estado capaz de colaborar fortemente com o desenvolvimento nacional, mas principalmente sair da pobreza, patamar que não é onde deveria estar.