sábado, 19 de junho de 2010

TSE barra quem renunciou, mas não quem foi cassado

Para ministros, registro de ex-governadores deve ser analisado caso a caso

Tribunal entende que a inelegibilidade deve ser verificada no momento da formalização da candidatura, em julho

FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

Aqueles políticos que nos últimos anos renunciaram aos seus mandatos para escapar de punição ficaram inelegíveis, conforme a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a abrangência da Lei do Ficha Limpa. O tribunal, no entanto, deixou em aberto a situação dos governadores cassados.

Os ministros entenderam que as condições de inelegibilidade devem ser verificadas no momento da formalização da candidatura, o que deve ocorrer até 5 de julho.

O registro deve ser negado para aquele que tiver uma condenação por colegiado (mais de um juiz) ou renunciado para não ser cassado, não importando se o fato ocorreu antes ou depois da promulgação da lei.

De acordo com a lei do Ficha Limpa, fica inelegível, por oito anos, o político que renunciou para escapar de cassação, e aquele condenado por crimes eleitorais (compra de votos, fraude, falsificação de documento público), lavagem e ocultação de bens, improbidade administrativa, entre outros.

A legislação permite que o candidato que tiver o registro negado recorra. Ministros do TSE preveem um acúmulo de ações na Justiça Eleitoral.

É o caso daqueles parlamentares que renunciaram por envolvimento no mensalão, como Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Paulo Rocha (PT-PA), por exemplo.

Ou do ex-senador Joaquim Roriz (PSC-DF), favorito na disputa pelo governo do Distrito Federal, que renunciou ao mandato após denúncias de corrupção para escapar de um processo de cassação.

No caso de quem renunciou, a lei diz que fica inelegível "para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura".

O entendimento do TSE também atinge o deputado Paulo Maluf (PP-SP), condenado pela 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, por improbidade administrativa. Especialistas em direito eleitoral, porém, avaliam que o caso dos políticos que renunciaram ainda será analisado pelo Supremo Tribunal Federal, que poderia mudar a interpretação do TSE.

O caso dos governadores é diferente. O TSE cassou três em 2009: Jackson Lago (PDT-MA), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que além de perderem o mandato, ficaram inelegíveis por três anos a contar da eleição.

O problema é que neste caso a inelegibilidade não é apenas uma condição, mas uma pena. Ou seja, uma lei posterior à condenação não poderia, em tese, aumentar essa punição para oito anos.
Na sessão de anteontem, os ministros afirmaram que a situação deles será resolvida individualmente no momento da análise do registro.

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Essa Terra é Deles


O PT de ontem faz greve de fome. O de hoje está com a família Sarney. Qual é o seu?

O Brasil tem um gigante de 1,60 m que, desde a semana passada, definha em praça pública. Ele é negro, camponês e nordestino. Seu nome, Manoel da Conceição Santos. Sua biografia, uma das mais ricas da esquerda brasileira. Mané, como ele gosta de ser chamado, fundou o primeiro sindicato rural do Maranhão, na cidade de Pindaré Mirim. Depois disso, foi perseguido pela ditadura, preso, torturado e mutilado, antes de partir para o exílio na Suíça. Voltou em 1979, um ano antes de fundar o PT, no qual sempre pregou o combate aos latifúndios e às oligarquias. O sertanejo chegou até a publicar um livro, que foi traduzido para o francês. Chama-se “Essa Terra é Nossa”. Mas o PT do velho Mané, 75 anos, não existe mais. Está em greve de fome.

O PT moderno é aquele que, na semana passada, realizou sua convenção, sacramentou a aliança nacional com o PMDB e, em nome do pragmatismo, ou da chamada realpolitik, determinou que seus diretórios regionais se submetessem aos comandos da direção central. No Maranhão, a ordem foi aceitar a coligação com a candidata Roseana Sarney. E o velho Mané, antes de atentar contra a própria vida, encaminhou uma carta ao presidente Lula, “com a ternura, o carinho e o amor de um irmão”, afirmando que não poderia negar sua identidade nem desonrar a memória de seus companheiros, “que foram caçados e exterminados pela oligarquia e pelos detentores do capital no Maranhão”. Ele não obteve resposta. O coronel Lula, que silencia diante da greve de fome de um dos heróis do PT, é o mesmo que, em Cuba, ignorou o protesto de Orlando Zapata, morto durante uma visita presidencial ao ditador Fidel Castro.

O velho Mané deveria saber que a sua terra, na verdade, não lhe pertence. É da família Sarney, dona das rádios, televisões, jornais e de quase tudo no Maranhão. Seu partido também não é mais seu. É dos pragmáticos, dispostos a qualquer sacrifício moral para eleger a candidata Dilma Rousseff, aquela que, na semana passada, indiferente à greve de fome do sindicalista, passeava em Paris e posava de estadista para os comerciais que serão preparados por seus marqueteiros.

O PT de hoje só não despertou para o fato de que precisará dos votos do PT de ontem. Aqueles que, no dia da eleição, terão de escolher: estão com Manoel Conceição ou com os Sarney? Afinal, qual é o seu PT, se é que ainda existe um PT?

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“Tudo tem limite, companheiro”

Assim falou o fundador do PT, Manoel da Conceição. Ele fez greve de fome contra a aliança com Sarney no Maranhão e obrigou a cúpula do partido a recuar

LEONEL ROCHA
Reprodução

A estratégia montada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar fazer a ex-ministra Dilma Rousseff sua sucessora prevê uma série de sacrifícios para o PT. Em troca do apoio a Dilma, o PMDB indicou o vice na chapa nacional e ainda tem preferência nas candidaturas a governador. Em vários Estados, nomes importantes do PT desistiram de concorrer ao governo para fortalecer aliados peemedebistas.

As pressões feitas pelo comando nacional do PT para fazer valer a vontade de Lula tiveram êxito em quase todos os Estados. No Maranhão, no entanto, o projeto eleitoral do Planalto se transformou em um enorme constrangimento para o presidente. No dia 11, o líder de trabalhadores rurais Manoel da Conceição entrou em greve de fome no plenário da Câmara para protestar contra a imposição do apoio à reeleição da governadora Roseana Sarney, do PMDB, filha do presidente do Senado, José Sarney. Ao lado dele, também em greve de fome, estava o deputado Domingos Dutra (PT-MA).

Felipe Barra

PROTESTO VITORIOSO

Manoel da Conceição (à esq.) e Domingos Dutra no plenário da Câmara. Militantes históricos resistiram à aliança com Sarney

Os petistas do Maranhão combateram a família Sarney nas últimas décadas e a maioria se recusa a mudar de posição para atender às conveniências de Dilma. Em março, o diretório estadual decidiu, por diferença de dois votos, apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino, do PCdoB, a governador. A ala derrotada ocupa quatro secretarias no governo de Roseana.

Manoel da Conceição tem 75 anos e uma das biografias mais simbólicas do PT. Em 1980, ao lado de Lula, foi um dos cinco signatários do pedido de registro do partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presença dele na fundação do PT se deve à atuação no movimento de trabalhadores rurais desde a década de 1950. Analfabeto, Mané abraçou a bandeira da reforma agrária e foi responsável pela criação de cinco sindicatos rurais no interior do Maranhão. Nos anos seguintes, aliou-se ao jovem José Sarney, da UDN, contra o governador Vitorino Freire, do PSD.

Depois que Sarney se elegeu governador, em 1966, o sindicalista voltou para a oposição. Acusou Sarney de não cumprir a promessa de fazer reforma agrária. Em 1968, a Polícia Militar cercou o sindicato de Pindaré Mirim. Manoel levou um tiro de fuzil na perna e foi preso. Após seis dias na cadeia sem atendimento médico, a ferida virou uma gangrena e a perna foi amputada. Sarney se encontrava no Japão e, ao voltar, mandou o governo dar assistência ao sindicalista e à família.

Manoel foi preso várias vezes antes e depois do golpe militar de 1964. Participou da Ação Popular (AP), organização de esquerda ligada à Igreja Católica. Muito torturado, foi expulso do país em 1976 e morou na Suíça até 1979. Anistiado, voltou e se juntou a Lula na reorganização dos sindicatos e na criação do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na década de 1980, os dois sindicalistas às vezes dormiam no mesmo quarto. Eram tão íntimos que Lula, de brincadeira, escondia a perna mecânica de Mané enquanto ele dormia. O maranhense chamava Lula de “Baiano”, tratamento dado aos imigrantes nordestinos que iam trabalhar em São Paulo.

Três décadas depois das brincadeiras, Mané tem muitas reclamações do presidente da República. “Estou muito decepcionado com Lula. Ele está nos obrigando a entregar o PT a Sarney depois de 30 anos de luta”, diz. Manoel da Conceição enviou a Lula uma carta em que relata massacres sangrentos de familiares e amigos ao longo de 50 anos de luta pela reforma agrária. Manoel diz que compreende o “malabarismo” que Lula tem de fazer para governar, mas lamenta o custo das alianças. “Companheiro, tudo precisa ter algum limite, e tal limite é nossa dignidade.”

Manoel da Conceição sofre de diabetes e precisa tomar cinco remédios por dia. Durante os primeiros cinco dias de greve de fome, ele só ingeriu água. Passou mal na quarta-feira e tomou soro no ambulatório da Câmara. Manoel suspendeu a greve no mesmo dia na esperança de que a cúpula petista aceitasse uma proposta de acordo, mas retomou o protesto na quinta-feira porque não teve resposta. Um acordo foi, finalmente, fechado na sexta-feira. Os dois petistas do Maranhão encerraram a greve e comemoraram uma vitória. Ficou acertado que a maioria do partido no Maranhão poderá apoiar Dino em uma frente ampla com PSB, PDT e PCdoB. Terminada a greve, Manoel da Conceição foi internado no Incor de Brasília, enquanto o deputado Dutra seguiu para a emergência da Câmara.

A crise no Maranhão aumentou os problemas provocados pela aliança nacional entre PT e PMDB. Em Minas Gerais, a ex-deputada Sandra Starling, outra militante histórica, chamou Lula de “caudilho” por impor o acordo e se desfiliou do PT. Durante a greve, defensores da aliança atacaram os que não a aceitam. O ex-presidente do PT José Genoíno (SP) acusou Manoel da Conceição e Domingos Dutra de fazer o jogo da oposição. O atual presidente do PT, José Eduardo Dutra, trabalhou para acabar com o protesto. Ele se preocupava com Manoel da Conceição. Para a campanha de Dilma, um agravamento dos problemas de saúde do velho sindicalista poderia ter consequências incalculáveis.

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Texto do deputado federal Brizola Neto sobre o Maranhão

Não comentei o assunto por toda a quinta-feira porque acho que mais importante do que ficar publicando certas iniciativas que tomo é que elas sejam eficazes. Mesmo tento saído notas em O Globo e no Valor Econômico sobre o fato de eu e o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, estarmos fazendo força por uma aliança, já no primeiro turno, entre Jackson Lago, do PDT, e o deputado Flávio Dino, do PCdoB, achei melhor ficar quieto.

Jackson é um histórico lutador da esquerda maranhense. Médico, professor, é um homem simples e honrado. Foi vítima de um dos maiores paradoxos da Justiça Brasileira: ser punido por um suposto abuso de poder político e econômico contra o mais poderoso – política e economicamente – clã maranhense, a família Sarney.

Flávio Dino é uma grata revelação da política. Um homem que deixou a segurança do cargo de juiz para descer à luta rasa – e dura – da política. Alguém sobre quem tenho de testemunhar a enorme correção com que tratou todas as negociações que travamos.

Tenho trabalhado para que os dois estejam juntos. É onde devem estar os homens de bem do Maranhão, seja de que partido forem.

Entendo as razões do presidente Lula e dos dirigentes do PT. Não pensem que sou um purista inconsequente que, diante do destino do país, hesitaria ante decisões difíceis como as que Lula tem de tomar.

Não colocou o interesse partidário sobre o interesse nacional. E tenho certeza que nenhum de nós ficaria feliz em saber que faltaram 500 mil ou um milhão de votos maranhenses para que vencesse o projeto de Brasil que Lula e Dilma defendem, por ele não haver cedido às pressões que de lá vinham.

Nosso foco não deve ser criticar Lula pelo que ele foi obrigado a fazer.

Nosso foco deve ser em livrar Lula destas pressões e, ainda mais, livrar delas Dilma Roussef.

Sarney pressionou pelo apoio do PT a Roseana porque o clã Sarney sabe que Lula e Dilma serão os grandes eleitores no Maranhão.

Mas se os adversários de Sarney forem, mais do que qualquer sarneysta pode ser, os grandes defensores de Dilma no Maranhão, de que terá valido todo o lobby de Sarney?

É hora de uma grande reflexão e desapego nosso.

A luta contra Sarney não é apenas de Lago, Dino ou de Domingos Dutra.

Temos de nos unir e salvar o Maranhão de uma Sarney, a Roseana. E de livrar Lula de outro, o José Sarney.

Mas, sobretudo, temos de livrar o Brasil do pesadelo de um retrocesso.

Cabeça fria, pragmatismo, desambições pessoais. O Maranhão pode simbolizar um novo equilíbrio onde Dilma não tenha de sofrer as desumanas pressões com as quais Lula teve de conviver.

Não quero me alongar, nem entrar em detalhes que fazem parte do entendimento em curso.

Confiemos na sabedoria de nossos companheiros.

Mas, sobretudo, confiemos no povo, que é mais sábio que qualquer um de nós.


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sexta-feira, 18 de junho de 2010

O ensaio sobre a cegueira no Maranhão

A direção nacional do PT conseguiu pôr um fim à greve de fome dos petistas do Maranhão. Os que divergem do acordo feito com Roseana Sarney (PMDB) poderão apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ao governo do Estado, sem o risco de qualquer punição partidária. As composições políticas daquele estado explicam por que o Maranhão é o que é. Roseana disputa a eleição com o apoio de parte do PT e do DEM. Os dissidentes petistas, de esquerda, vão apoiar Dino. Com quem está a luz? O Maranhão é um bom lugar para se fazer um novo ensaio sobre a cegueira.

Por Reinaldo Azevedo

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Artigo de Marcos Nogueira

Moro em São Luís há 22 anos e desde 1990 acompanho par e passo as peripécias armadas pela família Sarney para se perpetuar no poder estadual.

José Sarney é uma raposa da política nacional. Saiu da presidência da República com o maior índice de rejeição e impopularidade que um presidente do Brasil, eleito ou nomeado, já possuiu nos 111 anos da história republicana do país.

Aproveitando uma falha da lei eleitoral do Brasil, se elegeu senador pelo Amapá nunca tendo morado antes naquele estado.

Nas eleições de 1989 tentou lançar a candidatura de Silvio Santos e não teve êxito. Flertou com a candidatura de Leonel Brizola no 1.° turno, despachou o filho Zequinha para apoiar Lula e ele próprio, Sarney, acabou votando no velho companheiro Aureliano Chaves, embora o partido a que era filiado, o PMDB, tivesse lançado Ulisses Guimarães como candidato.

No curto governo de Fernando Collor de Melo se fingiu de morto e com o malogro da gestão collorida, inventou a figura de “musa do impecheament” para sua dileta filha Roseana, deputada federal do PFL/MA eleita em 1990.

Na época Roseana escapou fedendo da CPI dos anões do orçamento e virou referência midiática nacional de um movimento que não articulou e pouco participou.

Sarney apoiou e participou do mandato tampão de Itamar Franco e nas eleições de 1994 traiu seu PMDB pela segunda vez.Sarney e o filhos apoiaram a candidatura tucana de Fernando Henrique Cardoso e Sarney cristianizou a candidatura peemedebista de Orestes Quércia.

Aproveitou a adesão ao tucano para eleger a filha governadora do Maranhão;

Em 1998 FHC e Roseana se reelegeram no 1.° turno e Zequinha acabou virando Ministro do Meio Ambiente.

Em 2002 o casal Roseana Sarney e Jorge Murad, seu marido e supersecretário de Planejamento, tentaram um vôo mais alto e ensaiaram uma candidatura dela à presidência da República.

O sonho virou pesadelo com a apreensão pelo Polícia Federal de R$ 1.350.000,00 em notas de R$ 50,00 nos cofres da Lunus em São Luís, empresa onde o casal era o principal acionista.

Roseana acabou se elegendo senadora em 2002, eleição em que ela e o pai acabaram se tornando petistas de carteirinha, uma vez que a nau tucana naufragou naquela eleição.

No Maranhão o vice-governador de Roseana de 1995 a 2002, José Reinaldo Tavares se elegeu governador pelo PFL.

Desacostumada a respeitar as regras mínimas de convivência democrática, desde o início do governo de Zé Reinaldo, Roseana tentou monitorar seu governo, querendo continuar a ser a governadora de fato.

Zé Reinaldo e a primeira dama do Estado, Alexandra Tavares, não agüentando mais as humilhações que Roseana impingia sobre o governo, acabaram rompendo com a família Sarney no segundo semestre de 2004.

Em 2006 Zé Reinaldo apoiou o lançamento da candidatura do ex-presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, a governador pela coligação PSB, PT e PC do B.

A oposição ao grupo Sarney ainda lançou as candidaturas de Jackson Lago, PDT, e Aderson Lago, pelo PSDB. A soma dos três candidatos deu um pouco mais de 52,0% (Jackson – 34,36 %; Vidigal- 14,26 % e Aderson – 3, 45 %) contra 47,21% de Roseana, que levou a eleição para o 2.° turno.

Em 29 de outubro Jackson venceu a eleição com 51,82 %, contra 48,18% obtidos por Roseana.

Jackson governou por dois anos, três meses e dezessete dias. Sarney planejou meticulosamente um golpe na democracia maranhense e graças a sua enorme influência nos meios jurídicos e políticos de Brasília conseguiu cassar o mandato de Jackson por 4 votos a três no pleno do TSE.

Roseana assumiu em 17 de abril de 2009 e quatorze meses depois seu governo biônico não deslanchou e a rejeição ao seu nome e ao nome da família, Sarney, chegaram a patamares inacreditáveis de 50 %.

Para tentar revirar a situação a seu favor, Roseana contratou o serviços pagos a peso de ouro do mago do marketing eleitoral brasileiro, Duda Mendonça.

Sarney tentou cooptar o PT maranhense para apoiar a reeleição de Roseana de todas as maneiras, mas não conseguiu.

Preocupado com o crescimento da candidatura do deputado federal Flávio Dino, PC do B-MA ao governo maranhense com o apoio da maioria do PT/MA. Sarney chegou a chorar para Dilma Roussef e conseguiu que o PT nacional anulasse uma decisão de apoiar Dino para forçar o partido no Maranhão a se coligar com Roseana.

Não satisfeito Sarney pegou uma carona no clamor popular pela aprovação da lei da ficha limpa e a aprovou no Senado Federal a toque de caixa e solicitou ao presidente Lula que sancionasse sem alterações.

A lei foi aprovada no Senado em 17 de maio, sancionada por Lula no dia quatro de junho, o STF decidiu que ela seria aplicada ainda nestas eleições na semana passada e o TSE ontem, decidiu que a lei pode retroagir
para atingir políticos condenados pela legislação anterior.

Mesmo assim não é certo que a lei da ficha limpa impedirá o registro da candidatura de Jackson Lago ao governo maranhense, como deseja ardorosamente José Sarney.

Mas chegou a hora da oposição da um basta ao grupo Sarney e por fim às pretensões de Sarney.

Pelo bem do Maranhão, de sua gente e para garantir um futuro decente para as próximas gerações, chegou a hora de sepultar as pretensões e projetos pessoais.

Despojados de quaisquer interesses individuais ou de grupo, a oposição deve mostrar maturidade e reunir todas suas forças vivas (Jackson Lago, Flávio Dino, Zé Reinaldo, Roberto Rocha, Vidigal, João Castelo, Sebastião Madeira, Humberto Coutinho, Ildemar Gonçalves, Aderson Lago, Edivaldo Holanda, Gardênia Castelo, Marcelo Tavares, Alexandra Tavares, Domingos Paz, Julião Amin, Camilo Figueiredo Aziz, Chico Leitoa, Clodomir Paz, Weverton Rocha, Paulo Mattos, Domingos Dutra, Manoel da Conceição, Terezinha e Jomar Fernandes, Valdinar Barros outros nomes), para tomar uma decisão histórica: a união de todos já no primeiro turno contra o poderoso inimigo comum: Roseana Sarney.

Quem estiver melhor situado para ser candidato a governador deverá ser escolhido como tal.

No Senado poderemos apresentar um ou dois nomes de consenso.

Montar um chapão único para deputado federal com três ou quatro grandes puxadores de votos objetivando eleger uma bancada de nove a treze deputados federais.

Formar quatro chapas para deputado estadual (uma só do PDT, uma só do PSDB, uma do PC do B e PSB e a quarta do PPS e PTC) objetivando eleger de 15 a 22 deputados.

Não podemos nos perder em questões menores. Ou agimos de maneira unida ou veremos mais uma vez o governo na mão da família Sarney.

Contra o golpismo e o oportunismo de José Sarney só existe uma única alternativa: união, desprendimento e luta sem quartel em defesa do futuro do Maranhão para nós e nossos filhos.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PC do B tenta formar nova frente para pleito no Maranhão

17 de junho de 2010

Cinco dias depois de o PT ter decidido apoiar a reeleição da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), o PC do B resolveu dar o troco e vai tentar formar uma frente ampla de partidos contra a candidatura da peemedebista. A ideia é unir os partidos em torno do nome do deputado Flávio Dino, do PC do B, ou do ex-governador cassado Jackson Lago, do PDT. Ambos são pré-candidatos ao governo maranhense.

"Vamos juntar todas as forças que ficaram de fora da candidatura da Roseana em torno do nome do Flávio Dino ou então de Jackson Lago", afirmou na quarta-feira o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, momentos antes de a convenção nacional do partido ratificar o apoio à candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República. O PC do B exige que a petista suba nos dois palanques que apoiam sua candidatura: no de Roseana e no de Dino.

"O PT nacional avaliou errado que ao retirar o apoio à minha candidatura que eu ia desistir", disse Flávio Dino. Na sexta-feira passada, o PT nacional enquadrou o PT do Maranhão, obrigando-o a apoiar a candidatura de Roseana Sarney. Em março, o PT do Maranhão havia deliberado aliar-se ao PC do B em torno da candidatura de Dino. "A Roseana ficou com a camisa do PT e eu fiquei com a militância petista", observou Dino.

Até a convenção do PC do B maranhense, marcada para o dia 26, Dino foi liberado pela direção do partido para negociar uma ampla aliança contra a candidatura de Roseana Sarney. "Há essa possibilidade de aliança, sim. Mas ainda é uma coisa incipiente", argumentou o comunista. Em represália à decisão do PT nacional, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) está em greve de fome há cinco dias, no plenário da Câmara, junto com Manoel da Conceição Santos, um dos fundadores do PT. Aos 75 anos e diabético, Manoel passou hoje oito horas no serviço médico da Câmara.

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Denúncia à Assembleia - Alunos sem estudar

Caro Deputado Edvaldo Holanda,

Venho através desta, solicitar que use a tribuna da Assembléia Legislativa para denunciar o seguinte fato:

Até a presente data todos os 1.200 alunos do ensino médio, matriculados na rede estadual de ensino que moram na zona rural de Pinheiro, estão sem ter como ir até as escolas Polos para estudar. É que o transporte escolar para conduzir os jovens e adolescentes, que deveria ser contratado pelo Estado simplesmente não existe já que até a presente data a Secretaria de Estado da Educação não fez o convenio com a prefeitura, para que os ônibus fossem contratados.
O prefeito José Arlindo, através da sua assessoria, já fez vários contatos com o gestor de educação em Pinheiro e com a Secretaria de Estado da Educação, mas até agora nada foi resolvido.

Os alunos reclamam que em 2009 foi a mesma coisa. Somente no final do ano, precisamente no mês de novembro, o estado resolveu repassar os recursos, para a prefeitura, atreves de um convênio.. No mês de fevereiro a Secretaria de Educação deu como aprovado todos os alunos, mesmo eles tendo ficado .seis mess fora da sala da aula.

Numa tentativa de tentar solucionar o problema, alunos, pais e demais pessoas das comunidades de Campo Novo, Queimada de João, Barros, Apaga Fogo, Buriti, São Paulo, Viveiro, Ponta de Pindoba, São Luizinho, Cajazeira, São Sebastião, Madeira, Tamarineiro, Outerinho de Pedra, Ponta Branca, Nova Ponta Branca, Bom Viver, Ponta de Santana e outros povoados fizeram uma manifestação em frente ao prédio da Gestão de Educação do Estado em Pinheiro e na Camara Municipal, mas dada foi resolvido. Também foi encaminhado um abaixo assinado com mais de 2 mil assinaturas à Governadora Roseana Sarney e ao secretário de estado da educação Anselmo Raposo, pedindo solução para o caso e nenhuma resposta foi dada.

Como infelizmente não temos voz nesse parlamento, apesar de termos dois deputados nascidos e eleitos com os nossos votos, recorremos à Vossa Excelência para denunciar o fato, como foi feito em referencia a falta de água na cidade de Bequimão;

Em nome dos 1200 alunos que estão sem estudar por falta de transporte, ,me despeço.

Atenciosamente,

Herasmo Leite


e-mail – folharegionalph@gmail.com

Flávio Dino manifesta - solidariedade a petistas

Em discurso enfático no Plenário da Câmara dos Deputados, o deputado federal e pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tornou a criticar a decisão do Diretório Nacional do PT de apoiar a reeleição de Roseana Sarney. Flávio Dino contestou a tese de que a sua aliança com o PT maranhense poderia atrapalhar de alguma forma os propósitos da aliança nacional para a eleição da ex-ministra Dilma Roussef.

“Há três anos e meio estou aqui defendendo o governo Lula. E é com a firmeza de quem é aliado também nas horas difíceis que peço: ponham a mão nas suas consciências, porque há três fundadores do PT denunciando uma violência política e jurídica”, disse Flávio Dino.

O apoio a Flávio Dino foi definido pelo PT maranhense em votação realizada no Encontro de Definição de Tática Eleitoral do PT, no final de março deste ano. No último dia 11, o Diretório Nacional decidiu, por 43 votos a 30, anular o encontro e forçar o apoio ao PMDB. No seu discurso na Câmara, Flávio Dino fez um apelo que classificou como sereno, mas firme.

“É um apelo que faço em nome da humildade, da sinceridade, da democracia e da liberdade. E em nome do povo do Maranhão, que tem o direito de escolher quem será o seu próximo governador. Espero que a Direção Nacional reflita”, pediu.

Greve de fome

Três integrantes do PT estão em greve de fome. Domingos Dutra, Terezinha Fernandes e Manoel da Conceição estão à base de água mineral e água de coco. Manoel da Conceição, que tem 75 anos, completou cem horas sem comer e já precisou ser atendido várias vezes pelo serviço médico da Câmara dos Deputados. Na tarde de quarta-feira, 16, ele precisou tomar soro.

Em seu perfil no Twitter, Flávio Dino conta que já pediu várias vezes para que os três desistam da atitude extrema, sem resultado. “Renovo o apelo público para que seja encerrada a greve de fome de Manoel da Conceição, Domingos Dutra e Terezinha Fernandes”, escreveu ele. Mais tarde, o pré-candidato repetiu o apelo. “Fiz um pedido para que eles deixem a greve de fome. Eles não aceitam”.

Manoel da Conceição alega que, até o momento, não está sentindo fome. “Na verdade, é essa greve que está me sustentando. Se eu não estivesse fazendo isso para protestar contra o que está acontecendo, aí é que já teria morrido. Só estou fazendo algo que está no meu sangue, na minha vida”, disse o líder camponês, que reafirmou que vai continuar o protesto: “Eu não gosto de injustiça, e estou me sentindo injustiçado até a alma. Vou continuar enquanto tiver vida”.

Redação: Assessoria de Comunicação Flávio Dino

Comentário postado no blog

Cláudia Lima deixou um novo comentário sobre a sua postagem "2ª Carta de Manoel da Conceição ao Companheiro Presidente Lula:

Trabalho na Câmara dos Deputados e acabei de ler o inflamado, emocionado e não menos por isso coerente discurso feito pelo deputado federal mais digno e que ainda compõe as fileiras de um partido que um dia eu apoiei, defendi e votei, o antigo PT, Partido dos trabalhadores, que em nome de uma tal governabilidade, tansformou-se no partido dos traíras.

Manoel da Conceição está aqui, algemado a Domingos Dutra ou vice-versa, tentando trazer à razão os atuais dirigentes desse partido, que eles ainda teimam em resgatar. Acho que, infelizmente, não terão êxito, embora a causa seja por demais nobre. Estudei na universidade Federal do Maranhão, no mesmo período que o deputado Flávio Dino e, desde lá o admiro por sua marcante atuação no movimento estudantil. É um parlamentar que tenho prazer de ouvir. Seus discursos são um contraponto à dualidade PTxPSDB que se instalou neste País.

Considero o nome ideal e apropriado para governar o Maranhão nos próximos 4 anos e expulsar de vez a quadrilha que atende pelo infame nome de família sarney. Agora, um alerta: MANOEL DA CONCEIÇÃO e DOMINGOS DUTRA têm todos os ingredientes para tornarem-se os mártires da história política maranhense e brasileira. O PT vendeu sua alma. Lula perdeu a chance histórica, dada por nós brasileiros, de extirpar dos quadros da política nacional o bruxo de bigodes e, nem o sangue desses heróis vai acordá-lo do torpor em que se encontra.

Aos familiares desses dois herois um pedido: não permitam que nenhum dos que agora tripudiam desse movimento legítimo, aproximem-se dos eus ataúdes, se perecerem no meio dessa batalha. GENOÍNO, JOSÉ DIRCEU, PALOCCI, MARTA, são tristes figuras picadas pela mosca do poder. Meus pêsames, partido vendido, e até nunca mais.

Audiência revela descaso com pedagogia da alternância

O Maranhão é o estado que menos investe na agricultura familiar em todo o País. Para o ano de 2010, o atual governo determinou um corte de 50% no orçamento do setor agrícola. Quem mais saiu perdendo foram as Escolas Familiares Agrícolas e as Casas Familiares Rurais, para quem só foram destinados R$ 35 mil este ano. A situação calamitosa em que se encontram as entidades que atuam com a formação de jovens do meio rural maranhense foi amplamente debatida na manhã de hoje (quarta-feira, 16), na Assembleia Legislativa, durante a audiência pública sobre a Pedagogia da Alternância, proposta pelo presidente Marcelo Tavares (PSB).

O evento reuniu no auditório Fernando Falcão uma caravana de aproximadamente 700 jovens agricultores, monitores, professores e agricultores de mais de 30 municípios maranhenses, representando as 37 Casas Familiares Rurais e Escolas Familiares Agrícolas do Maranhão. Além de Marcelo Tavares, estavam presentes ao evento o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), seis parlamentares do Bloco de Oposição e convidados.

“A educação do Maranhão não será mais a mesma depois desta audiência pública”. Assim definiu o presidente Marcelo Tavares em discurso emocionado que arrancou aplausos do público. Por iniciativa de Marcelo, foi protocolado hoje o projeto de lei instituindo o Dia Estadual da Pedagogia da Alternância, a ser comemorado em 16 de junho.

Os deputados presentes a audiência, Valdinar Barros (PT), Helena Heluy (PT), Domingos Paz (PDT), Gardênia Castelo (PSDB), Edivaldo Holanda (PTC), Irmão Carlos (PSDB) e Chico Leitoa (PDT), asslnaram um anteprojeto de lei, também de autoria do deputado Marcelo Tavares, propondo que o Governo do Estado execute um Programa de Apoio Financeiro e Técnico voltado às Escolas Familiares Rurais e Casas Agrícolas, em parceria com as entidades que atuam no setor, tais como Centro Familiar de Formação Alternativa do Maranhão, a União das Associações das Escolas Agrícolas e a Associação Regional das Casas Familiares Rurais.

O objetivo do projeto, segundo explicou Marcelo Tavares, é resgatar uma dívida que o atual governo tem com as entidades que atuam na formação de jovens por meio da pedagogia da alternância, as quais simplesmente foram abandonadas e se encontram sem a míninima condição de funcionar por falta de recursos e incentivo técnico.

Marcelo Tavares lembrou que um dos maiores golpes do atual governo contra as escolas do meio rural ocorreu em 2009, quando da votação do orçamento deste ano, ocasião em que o governo de Roseana Sarney (PMDB) orientou a sua bancada a rejeitar uma emenda que destinava R$ 8 milhões para garantir o funcionamento das escolas agrícola. A emenda, de autoria do próprio Marcelo Tavares, foi derrotada pelos governistas em plenário.

De acordo com Marcelo, o descaso do atual governo com a pedagogia da alternância é tão grande, que além de rejeitar a emenda, este destinou apenas R$ 35 mil para as escolas agrícolas, um valor, segundo ele, muito menor do que a Secretaria de Educação gasta com cafezinho para os seus visitantes e funcionários. Mesmo após a rejeição, garantiu que continuou sua luta junto à Secretaria, mas não obteve qualquer êxito.

“A Assembleia não pode assistir de forma passiva este total desprezo do governo para com um setor tão importante do estado. Estamos realizando esta audiência pública para que todo o Maranhão saiba o que está acontecendo e venha somar esforços nesta luta que é de todos”, disse, lamentando que no evento não estivessem presentes um único parlamentar da bancada governista, o secretário de Educação ou representantes do governo.

Marcelo Tavares ressaltou a necessidade de fazer com que o interesse maior do povo maranhense prevaleça, de forma que o Estado dê oportunidade aos jovens que estão no meio rural de se profissionalizarem dentro da sua própria realidade, com a certeza que esta formação lhes garantirá maior perspectiva de futuro, de emprego e de renda.

Ele lamentou que um estado como o Maranhão, com uma comunidade rural tão rica em valores culturais e agrícolas, não haja por parte do governo um programa sério educacional voltado ao setor. “O que se vê são apenas práticas que remetem ao atraso”, disse.

Além dos parlamentares, os participantes da audiência tiveram a oportunidade de ouvir explanações de vários representantes de instituições que já atuam com a pedagogia da alternância em outros estados e de como o modelo de educação tem sido vitorioso.

Uma das expositoras foi a procuradora de Estado do Amapá, Luciana Lima, que mostrou como esta luta se consolidou em seu estado até se tornar lei que garante total incentivo financeiro para as entidades que atuam com a pedagogia da alternância. No Amapá, segundo ela, existem apenas 13 municípios e foram destinados no orçamento deste ano R$ 3,5 milhões para as escolas familiares de agricultura. Ela lamentou a triste realidade do Maranhão.

O professor João Batista Bergamini, articulador nacional da pedagogia da alternância, apresentou um rápido histórico desde que o modelo educacional voltado ás comunidades rurais foi criado na França, até chegar ao Brasil. Mostrou por meio de números como a política para o setor é vitoriosa em vários estado, dos quais o Paraná, Amapá e Minas Gerais. Ele lamentou que no Maranhão o governo atual trate as entidades com total desprezo e conclamou as comunidades a não se acomodar e lutar.

“Esta luta tem que ser incansável”, disse Bergamini. Ele ensinou aos participantes frases de convencimento, tais como “se o campo não roça, a cidade não almoça” e “se o campo não planta, a cidade não janta”, repetida em coro pelos participantes.

O presidente da União das Escolas Familiares, José Manoel de Sousa e Antonia das Graças Santos Silva, da Associação das Comunidades Rurais Norte e Nordeste, elogiaram a coragem do presidente Marcelo Tavares em trazer para o âmbito da Assembléia um assunto tão importante para o Maranhão e pediram a ele uma salva de palmas da platéia. Ambos lamentaram, com indignação, a falta de sensibilidade do atual governo e garantiram que a luta está apenas começando. “Se for necessário trazer cinco mil pessoas aqui para a Assembleia para convencer o governo, nós vamos trazer”, disse Maria da Graça.

Ao finalizar, Marcelo Tavares garantiu que a Assembleia empenhará todos os esforços para que a pedagogia da alternância continue de pé no Maranhão. Disse que audiência não foi um ato de cunho eleitoral, mas um ato de sensibilidade e bravura dos parlamentares de oposição realmente comprometidos com a sobrevivência e a consolidação da pedagogia da alternância no Maranhão. Também se manifestaram favorável os deputados Valdinar Barros, que relatou sua experiência com a escola de agricultura familiar, Edivaldo Holanda, Chico Leitoa e Domingos Paz.

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Senadores do Maranhão votam contra o Maranhão

A velha história continua. O estado não tem senadores, pois os atuais votam contra o interesse do Maranhão. Sempre.

A última vez ocorreu na votação do Pré-Sal, quando entrou em votação a emenda do senador gaúcho Pedro Simon que determinava a distribuição de royalties do petróleo não mais apenas para os estados produtores (principais são Rio de Janeiro e Espírito Santo) e sim para distribuição igualitária para todos os estados do país. Rio e Espírito Santo, assim como os demais, não perderiam nada, pois o possível prejuízo seria coberto na parte da união, já que esta receberia também de outras fontes do Pré-Sal.

Isso representaria anualmente para o Maranhão, estado pobre e necessitado, mais de 1 bilhão de reais ano, uma ajuda considerável para reforçar ações na saúde, segurança, educação, infra-estrutura, etc. Quem poderia ser contra?

Pasmem, os senadores do Maranhão!!!

Lobão votou contra a emenda, assim como Mauro Fecury. Cafeteira não apareceu. O governo federal queria manter tudo como estava, agradando o Rio e o Espírito Santos, e os senadores do Maranhão mandaram as favas o interesse fundamental do estado e votaram contra atendendo o desejo do governo federal.

É a primeira vez? Não, é sempre. E olhe que os senadores estão lá para defender e representar os seus estados, o que no caso do Maranhão não existe.

É ou não é preciso mudar e eleger senadores comprometidos com as causas e interesses do Maranhão?

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terça-feira, 15 de junho de 2010

O feitiço de Sarney: No Maranhão, Lula e a direção do PT definem apoio à Roseana Sarney e abrem crise no partido local

LEANDRO FORTES - CARTA CAPITAL

O Maranhão é o quarto secreto onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esconde, como Dorian Gray, uma resistente decrepitude moral de seu governo. Assim como o personagem da obra de Oscar Wilde, Lula se mantém jovial e brilhante para o Brasil e o mundo, cheio de uma alegria matinal tão típica dos vencedores, enquanto se degenera e se desmoraliza no retrato escondido do Maranhão, o mais pobre, miserável e desafortunado estado brasileiro. Na terra dominada por José Sarney, Lula, o anunciado líder mundial dos novos tempos, parece ser vítima do feitiço do atraso.

Dessa forma, em nome de uma aliança política seminal com o PMDB, muito anterior a esta que levou Michel Temer a ser candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff, Lula entregou seis milhões de almas maranhenses a Sarney e sua abominável oligarquia, ali instalada há 45 anos. Uma história cujo resultado funesto é esta sublime humilhação pública do PT local, colocado de joelhos, por ordem da direção nacional do partido, ante a candidatura de Roseana Sarney ao governo do estado, depois ter decidido apoiar o deputado Flávio Dino, do PCdoB, durante uma convenção estadual partidária legal e legítima, por meio de votação aberta e democrática.

Esse Lula genial, astuto e generoso, capaz de, ao mesmo tempo, comandar a travessia nacional para o desenvolvimento e atravessar o mundo para tentar evitar uma maior radicalização no Irã, não existe no Maranhão. Lá, Lula é uma sombra dos Sarney, mais um de seus empregados mantidos pelo erário, cuja permissão para entrar ou sair se dá nos mesmos termos aplicados à criadagem das mansões do clã em São Luís e na ilha de Curupu – isso mesmo, uma ilha inteira que pertence a eles, como de resto, tudo o mais no Maranhão.

Lula, o mais poderoso presidente da República desde Getúlio Vargas, foi impedido sistematicamente de ir ao estado no curto período em que a família Sarney esteve fora do poder, no final do mandato de Reinaldo Tavares (quando este se tornou adversário de José Sarney) e nos primeiros anos de mandato de Jackson Lago, providencialmente cassado pelo TSE, em 2009, para que Roseana Sarney reocupasse o trono no Palácio dos Leões. Só então, coberto de vergonha, Lula pôde aterrissar no estado e se deixar ver pelo povo, ainda escravizado, do Maranhão. Uma visita rápida e desconfortável ao retrato onde, ao contrário de seu reflexo mundo afora, ele se vê um homem grotesco, coberto de pústulas morais – amigo dos Sarney, enfim. Logo ele, Lula, cujo governo, a história e as intenções são a antítese das corruptas oligarquias políticas nacionais.

Lula, apesar de tudo, caminha para o fim de seus mandatos sem ter percebido a dimensão da imensa nódoa que será José Sarney, essa figura sinistramente malévola, no seu currículo, na sua vida. Toda vez que se voltar para o mapa do país que tanto vai lhe dever, haverá de sentir um desgosto profundo ao vislumbrar a mancha difusa do Maranhão, um naco de terra esquecido de onde, nos últimos 20 anos, milhares de cidadãos migraram para outros estados, fugitivos da fome, do desemprego, da escravidão, da falta de terra, de dignidade e de esperança. Fugitivos dos Sarney, de suas perseguições mesquinhas, de sua megalomania financiada pelos cofres públicos e de seu cruel aparelhamento policial e judiciário, fonte inesgotável de repressão e arbitrariedades.

Contra tudo isso, o deputado Domingos Dutra, um dos fundadores do PT maranhense, entrou em greve de fome no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Seria só mais um maranhense a ser jogado na fome por culpa da família Sarney, não fosse a grandeza que está por trás do gesto. Dutra, filho de lavradores pobres do Maranhão, criou-se politicamente na luta permanente contra José Sarney e seus apaniguados. Em três décadas de pau puro, enfrentou a fúria do clã e por ele foi perseguido implacavelmente, como todos da oposição maranhense, sem entregar os pontos nem fazer concessões ao grupo político diretamente responsável pela miséria de um povo inteiro. Dutra só não esperava, nessa quadra da vida, aos 56 anos de idade, ter que lutar contra o PT.

Assim, Lula pode até se esquivar de olhar para o retrato decrépito escondido no quarto secreto do Maranhão, mas em algum momento terá que enfrentar o desmazelo da figura serena e esquálida do deputado Domingos Dutra a lembrá-lo, bem ali, no Congresso Nacional, que a glória de um homem público depende, basicamente, de seus pequenos atos de coragem.

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Lições de Lula que o PT-MA insiste em não aprender

Última cidadela do ex-PT, o Maranhão tornou-se démodé. A ideologia do petismo local saiu de moda. Lula a substituiu por um modelito prêt-à-porter.

O chique agora não é a ética incondicional, mas a moral de conveniência eleitoral. Num ambiente assim, coerência é como cabide em casa de nudista.

Em vez de resistir, gente como o deputado Domingos Dutra (PT-MA) deveria ajustar-se aos novos tempos.

Interessado em ajudar, o signatário do blog, um formador de opinião em decadência, relaciona cinco ajustes a que os teimosos precisam se submeter:


- Coisas que o PT do Maranhão não precisa mais fazer:

1. Lembrar que Lula já chamou Sarney de ladrão.

2. Vestir a camiseta de Che Guevara.

3. Cultivar a barba.

4. Ler Neruda.

5. Honrar pai e mãe.


- Coisas que o PT do Maranhão é obrigado a fazer:



1. Rezar pelos Sarney antes de dormir.

2. Procurar uma camiseta da Roseana.

3. Aderir ao bigode.

4. Ler Marimbondos de Fogo.

5. Honrar pai, mãe, tios, tias, sobrinhos, sobrinhas, filhos, filhas, netos, netas, namoradas dos netos e namorados das netas com cargos públicos.

Para facilitar a adaptação, o repórter sugere ao petismo maranhense três dias e três noites de audição de boa música. Aqui, a Rádio Iraniana Tradicional.

Se não funcionar, recomenda-se atear fogo às vestes. Com o cuidado de se despir antes de riscar o fósforo.

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Adversário não é Lula, é Roseana

Só José Sarney consegue fazer Lula cometer atos terríveis, incompatíveis com a sua biografia. As atitudes e ações de Lula no Maranhão só confirmam isso. Por pedido de Sarney, quando eu era o governador do estado, Lula isolou política e financeiramente o Maranhão, onde não deixava vir nem Ministros. E vejam que o Maranhão era, e continua sendo, um dos estados mais pobres do país, embora houvesse experimentado durante o meu governo e início do governo de Jackson Lago (foi cassado no início do terceiro ano) um período de grande prosperidade.

Pois bem, a pobreza do estado não os comoveu, pois atender Sarney era prioridade para o governo Lula. E esse cerco começou quando Lula pediu-me em seu gabinete que fizesse as pazes com Sarney e eu respondi-lhe que não podia, pois estava sendo massacrado por eles. Daí em diante, tive que me virar, com sucesso, para manter o estado financeiramente equilibrado, já que não podia contar com nenhuma ajuda do governo federal.

Depois, Lula atendeu Sarney e deu força para a cassação do mandato de Jackson Lago que logo em seguida gerou a afronta à Constituição e entrega do governo para Roseana.

Agora mandou anular a qualquer custo a decisão do braço maranhense do PT, que escolheu Flávio Dino e o PC do B (em uma violenta agressão a esse partido, o mais leal historicamente ao PT e a Lula em todos os momentos, bons ou maus) para se coligar para a eleição de governador. E isto sem nenhum motivo legal ou político, pois Flávio Dino é da base do governo e eleitor de Dilma. Só porque Sarney implorou...

Nenhum dos argumentos usados por Sarney e José Dirceu (seu fiel escudeiro na pancadaria e recém-amigo de infância) para justificar a violência não era verídico e era apenas uma tentativa de justificar a agressão ao PT estadual e a essa preferência por Sarney, hoje um nome que tem imensas dificuldades com a opinião pública nacional.

Dizer que um palanque só para Dilma é melhor que dois em um estado em guerra política com a oligarquia chega a beirar o cinismo mais deslavado. É primário e risível. O argumento de que um palanque é melhor que dois só encontra guarida na matemática enlouquecida de Sarney. Evidentemente, o motivo não era esse.

Eu já contei essa história aqui e não vou precisar repetir. Sarney não queria, nem quer o PT. Ele só quer que o Lula possa pedir votos para Roseana, pois sem o presidente é quase impossível que ela se viabilize. O que um pai não faz pela filha mimada, que só quer um brinquedinho para se divertir e no final, enfastiada, entrega o governo para o marido, como foi no passado, ou para o cunhado, como faz agora.

Não podemos, porém, gastar tempo e energia para atacar Lula. Ele não é candidato e não é o adversário a ser batido. O nosso adversário é Roseana Sarney Murad e é nela que devemos focar a campanha.

O Lula que o Brasil todo gosta não é o mesmo no Maranhão, porque Sarney não deixa. E não é aceitável, nem para as pessoas que gostam muito dele, acatarem um pedido para votar em Roseana. Exatamente aquela que, no seu governo anterior, mergulhou o estado na pobreza e na miséria. Roseana não é uma pessoa que possa ser apresentada por ninguém. Todos a conhecem muito bem e não é a toa que é rejeitada por mais de 40% dos maranhenses.

Assim, Lula vai estar na televisão pedindo votos para Roseana, imagem que eles repetirão ao exagero. Todos estão lembrados das eleições de 2006, em Timon, quando Lula pediu votos para “Roseania”... Contudo, o povo maranhense saberá que ali na imagem de sua televisão não estará o Lula pedindo votos para ela. Quem estará no vídeo, disfarçado de Lula, é Sarney. Quem pede para votar na filha é o próprio Sarney e o povo saberá que até um homem como Lula erra e a prova é a idolatria por Sarney.

Eu entendo porque Lula faz o que faz. A culpa é verdadeiramente do Sarney e no fundo não é dele, Lula, porque o senador consegue tudo isso por meio de ameaças veladas de que pode atrapalhar muito o governo do presidente.

Isto fica claro quando examinamos aquela história ocorrida ano passado, quando Lula, cansado de segurar Sarney como presidente do senado, no meio daquela onda de denúncias, falou que não votou no senador e nem votava no Maranhão. O presidente do senado então compreendeu o perigo. Em seguida, o presidente seguida viajou para a Líbia e Sarney chamou Dilma para dizer-lhe que o PMDB não aceitaria a sua saída e que iriam transformar a CPI da Petrobras (que deu força e instalou já prevendo que poderia ter que apelar para valer caso as coisas se agravassem) em um inferno para o governo. Dilma, assustada, ligou para Lula e fez o relato, ao que este mandou dizer que o governo e o PT não abandonariam Sarney, pois ele não era uma “pessoa comum”. E fez mais: determinou que Mercadante voltasse atrás em tudo o que dissera já no processo para tirar Sarney da presidência do Senado. Fatos assim explicam muito...

O que aconteceu última sexta-feira passada foi, sem dúvidas, uma das maiores violências políticas na história deste país. Manuel da Conceição, um homem admirado por todos os maranhenses, uma lenda viva da história do Maranhão, companheiro de Lula na fundação do PT, que sempre lhe tratou com deferência e carinho, foi barrado e não pode entrar na reunião. Não o respeitaram e nem sua história e tampouco a fragilidade decorrente do seu precário estado de saúde.

Ali, Manuel da Conceição foi tratado como adversário político, porque, em carta a Lula, procurou evitar a lambança cruel perpetrada com tantos petistas históricos, como Domingos Dutra, Terezinha e Jomar Fernandes, Bira do Pindaré, Augusto Lobato e tantos outros. Conceição resolveu então entrar em greve de fome e se juntou a Dutra em um ato de coragem, pois a saúde precária não lhe permite o gesto. E quem é o responsável por isso? O responsável é Sarney e sua filha Roseana, que nada respeitam e ultrapassam todos os limites pelo poder.

No sábado estivemos em Colinas, Mirador e Dom Pedro em reuniões enormes e vibrantes. A pré-candidatura de Flávio Dino ganha força a cada baixaria que sofre. No domingo em São Luis tivemos inesquecível encontro com a UJS. Foi fantástica a vibração dos jovens socialistas.

É visível a enorme rejeição de Roseana Sarney em todos os rincões maranhenses. Mesmo com Lula, será muito difícil para ela.

Qual será a próxima baixaria? Jackson que se prepare...

Na democracia de Sarney, só Roseana pode concorrer à eleição.
De outro modo ela perde...


A renovação no Maranhão

- O Flávio Dino ainda vai chegar lá no governo. A renovação no Maranhão passa por ele. A frase acima não é de nenhum petista já conformado com o apoio do partido a Roseana Sarney. Foi a própria governadora maranhense a autora da frase, sábado, em uma roda de conversa durante a convenção do PMDB.

Por Lauro Jardim

Comentário do Blog: Roseana sabe que o Maranhão quer renovar e mudar a política da oligarquia. Ela confessa que sabe, então para que insistir e ir contra a vontade do povo?

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domingo, 13 de junho de 2010

Flávio Dino afirma que manterá candidatura mesmo sem apoio formal do PT

O pré-candidato ao governo do Maranhão, o deputado federal Flávio Dino (PCdoB) reafirmou que manterá sua candidatura mesmo sem o apoio do PT. Em nota divulgada pouco depois da decisão do Diretório Nacional do PT, que impôs o apoio à reeleição da atual governadora, Roseana Sarney, Flávio Dino disse “lamentar o equívoco político da direção nacional da legenda”. Reafirmou também, conforme havia dito em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, que não há razões jurídicas ou políticas que sustentem a tese do apoio a Roseana Sarney.

Ao agradecer o apoio do PSB, da direção nacional do PCdoB e da maioria dos militantes petistas, Flávio Dino disse ainda manter a esperança na mudança política no Maranhão. “Quem conhece o sofrimento e a pobreza do povo do Maranhão, e se indigna com essa situação vergonhosa, não se permite ter medo”, escreveu.

A direção nacional do PCdoB também divulgou posicionamento sobre o assunto. Em nota oficial, a legenda afirma “lastimar profundamente” o posicionamento adotado pelo partido do presidente Lula em relação a Flávio Dino. “Tal decisão contraria os mais fundos sentimentos progressistas e democráticos dos maranhenses. O respeito e compreensão pelo fortalecimento dos partidos frentistas é uma premissa de qualquer aliança estratégica”, afirma a nota.

Na manhã de sexta-feira, 11, o diretório nacional do PT decidiu, por 44 votos a 30, que a legenda deveria apoiar o PMDB no Maranhão para as eleições de 2010, em vez de Flávio Dino, como havia sido decidido no encontro de tática eleitoral realizado em São Luís nos dias 26 e 27 de março.

Petistas

Integrantes do PT que apóiam Flávio Dino, porém, prometem resistir à decisão. O vice-presidente do diretório maranhense, Augusto Lobato, afirmou que uma plenária deverá ser realizada em São Luís ainda neste final de semana, para discutir qual será o posicionamento do grupo ante à decisão nacional. Mas afirmou que manterá o engajamento na campanha de Flávio Dino. “Já é uma decisão nossa. O passo seguinte é denunciar a forma como fomos tratados”, disse Lobato.

A ex-deputada Terezinha Fernandes reforçou a falta de justificativa da intervenção nacional, uma vez que nenhuma norma partidária foi descumprida pelos maranhenses. “Cumprimos todas as regras. O que dá para dizer agora é que vamos mobilizar todas as forças possíveis em apoio a Flávio Dino”, disse Terezinha.

O PCdoB mantém a data de realização da convenção estadual para o dia 26 de junho, quando deverá ser oficializado o nome de Flávio Dino na disputa para governador.


Leia abaixo a íntegra da nota escrita pelo pré-candidato Flávio Dino:

SOBRE A DECISÃO DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT

1- Como parceiro de tantas lutas e militante da esquerda brasileira, lamento o equívoco político da maioria da direção nacional do PT. Tão grave erro tem consequencias táticas e estratégicas igualmente graves, como a história demonstrará. Manifesto também a indignação contra o tratamento desrespeitoso ao PSB, ao PCdoB e ao PT do Maranhão.

2 – Não há qualquer motivo jurídico ou político que sustente a decisão da maioria da direção nacional do PT.

3 – Agradeço a confiança das direções nacionais e estaduais do PSB e do PCdoB, que desde o começo do processo manifestam-se a favor de um Maranhão justo e desenvolvido. Do mesmo modo, o meu reconhecimento aos companheiros do PT do Maranhão, os quais, em sua imensa maioria, permanecem determinados a renovar e mudar a política maranhense.

4 – Prossigo na pré-campanha no Maranhão, com o PCdoB, o PSB, os petistas e os movimentos sociais. A esperança está mais viva do que nunca. Quem conhece o sofrimento e a pobreza do povo do Maranhão, e se indigna com essa situação vergonhosa, não se permite ter medo.

5 – Amanhã (sábado) estaremos debatendo nosso Programa de Governo nos municípios de Colinas, Mirador e Dom Pedro. No domingo, participarei do Congresso Estadual da União da Juventude Socialista (UJS), em São Luís.

6 – Faremos nossa Convenção Estadual no dia 26 de junho, em São Luís. Vamos vencer as eleições. A esperança sempre vence o medo.

Vice-líder do PCdoB na Câmara e pré-candidato a governador do Maranhão

Leia também a nota do PCdoB sobre a decisão do PT de não apoiar a pré-candidatura Flávio Dino:

Nota da direção nacional sobre o Maranhão

O PCdoB dispôs de um de seus principais quadros políticos, Flávio Dino, membro da Comissão Política Nacional e do Comitê Central, para liderar a renovação ao governo do Estado do Maranhão. Em verdade, atendeu aos reclamos de amplos círculos econômicos, políticos e sociais maranhenses, e confluíram para o nome do deputado devido ao seu elevado preparo e competência, bem como à sua capacidade de liderança, dinamismo, aglutinação e compromisso. Por isso, recebeu apoio de inúmeras forças e segmentos partidários, notadamente o PSB, desde a primeira hora, e do PT, em decisão adotada em Encontro Estadual em 27 de março, acompanhado pela direção nacional desse partido e segundo as regras nacionais estabelecidas para a decisão.

A candidatura de Flávio Dino alinha e sintoniza o Maranhão com o que acontece com o Brasil sob o governo Lula. Flávio Dino passou a representar a oportunidade viável de renovação política, condição para impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Estado. Em poucas semanas, seu nome alçou posições avançadas nas pesquisas de intenção de voto. Ao lado disso, empolgou vastas forças sociais para um segundo palanque para Dilma Rousseff à presidência, por uma vitória massiva no Maranhão.

Por essas razões, o PCdoB acreditou e acredita ser indispensável disputar o governo para fortalecer a eleição de Dilma com Flávio Dino.

A direção nacional lastima profundamente a decisão da direção nacional do PT, em desfazer o apoio dado pelo PT estadual a Flávio Dino. Tal decisão contraria os mais fundos sentimentos progressistas e democráticos dos maranhenses. O respeito e compreensão pelo fortalecimento dos partidos frentistas é uma premissa de qualquer aliança estratégica.

A candidatura de Flávio Dino no Maranhão é projeto de destacada importância nacional para o PCdoB. A direção nacional segue empenhada em sua viabilização. Diante do ocorrido, torna-se necessário consultar as bases sociais, as forças dos movimentos sociais e da sociedade civil, prefeitos, círculos econômicos empresariais e outros partidos no sentido de manter essa perspectiva de renovação no Maranhão, unindo forças e acumulando condições para sustentá-la.

São Paulo, 11 de julho de 2010
O Secretariado Nacional do PCdoB

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Zé Reinaldo critica golpe no PT/MA e o atribui à pressão de Sarney

Em visita aos municípios de Mirador, Colinas e Dom Pedro neste sábado (12), o pré-candidato ao Senado, ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), criticou a intervenção do Diretório Nacional do PT no braço do partido no Maranhão – a cúpula petista desrespeitou a decisão da instância regional, que por maioria dos delegados declarou em março apoio à pré-candidatura do deputado federal Flávio Dino (PCdoB) e forçou o partido a apoiar a Roseana Sarney (PMDB).

José Reinaldo disse que Sarney é o responsável pela pressão para que os petistas fizessem a intervenção. Citou a votação da Emenda Ibsen, que trata da divisão dos royalties de petróleo entre os estados brasileiros. Ele lembrou que Sarney, presidente do Senado, colocou o projeto para ser votado na semana passada como forma de pressionar o presidente Lula a intervir pela candidatura da filha Roseana. “Essa medida fragiliza o apoio do Rio de Janeiro e Espírito Santo com o PT. Lula quer o PMDB junto com o PT nas eleições e a bancada dos estados afirmou que não iria à convenção do PMDB”, explicou.

O pré-candidato do PSB enfatizou que o adversário da oposição é Roseana Sarney e não Lula. “Quando Lula estiver pedindo voto para Roseana, não é ele, é Sarney que tá pedindo. Mas, 65% da população querem um nome novo, querem tirar o Maranhão desses 40 anos de pobreza”, disse.

Em Colinas, primeiro município da programação, uma plateia com mais de 500 pessoas ouviu atenta e aplaudiu cada nova mensagem de esperança proferida no Colinas Clube Center pelos presentes. José Reinaldo lembrou os trabalhos realizados pelo Maranhão e na região quando esteve à frente do governo do Estado.

“Quando assumi, o Maranhão possuía apenas 58 municípios com Ensino Médio. Não tinha secretaria da Agricultura e apoio à agricultura familiar. Em Colinas minha experiência foi muito boa, trouxe escola, asfalto, água e hospitais para funcionar”, disse o pré-candidato ao Senado Federal.

Participaram das visitas no sábado os deputados federais Flávio Dino e Ribamar Alves (PSB), os deputados estaduais Cleide Coutinho (PSB) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB), além do prefeito de Caxias Humberto Coutinho (PDT). Em Colinas, a comitiva recebeu apoio, entre outros, do presidente do diretório municipal do PCdoB, Raimundo Nonato, da ex-vereadora Vara Lúcia, do representante do PSB municipal, Feliciano Moreira Lima e do ex-prefeito e vereador Antônio Menezes dos Santos.

Mirador

Em Mirador, segunda cidade visitada, o encontro foi realizado no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mirador, e contou com mais de 200 pessoas entre militantes de esquerda, lideranças políticas e de movimentos socais das regiões. O encontro reuniu Adenilson (PCdoB), João Darlan, Mardônio Dutra e Giltarlan (PT), além de representantes do PSB, entre outros políticos.

Dom Pedro

A última cidade visitada foi Dom Pedro, que reuniu no Clube Pindorama mais de 700 pessoas entre moradores, lideranças políticas e representantes de movimentos sociais de Barra do Corda, Peritoró e Presidente Dutra. Representantes do PCdoB, PT e PSB declararam apoio à pré-candidatura de Flávio Dino, entre eles Hernando Mendonça, que compareceu à reunião em seu município e manifestou pessoalmente a Flávio Dino e sua comitiva o desejo de se integrar à campanha.

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