Reproduzo abaixo artigo do Professor José Lemos:
O MARANHÃO VOLTARÁ AOS TRILHOS DO PROGRESSO
Neste dia 16 de abril completa um ano do triste e institucionalmente violento golpe que apeou do poder um Governador legitimamente eleito e ainda jogou no lixo a vontade de aproximadamente um milhão e meio de eleitores maranhenses que queriam ver o Estado continuando na trilha de progresso que apenas haviam conquistado com a mudança de postura e de prioridade na condução das políticas públicas no Estado.
Os maranhenses sentem-se ultrajados, tendo em vistas que um dos Poderes da República lhes subtraiu as esperanças que foram manifestadas de forma jamais vista no nosso Estado naquele memorável 29 de outubro de 2006. Mais estranho foi o fato de ter sido devolvido o poder ao grupo político que havia sido rejeitado de forma contundente.
A mensagem inequívoca que os maranhenses haviam dado no dia 29 de outubro de 2006 era que não queriam mais ver o seu Estado liderando todas as estatísticas de pobreza e exclusão social que levaram muitos maranhenses a saírem da sua terra. De fato, entre 1992 e 2001 a taxa de emigração de maranhenses para outros estados foi de 5% ao ano. A maior do Nordeste. Em 2001, um total de 1.149.630 conterrâneos, que representavam 20% da população que morava no estado naquele ano, estava fora.
O que os maranhenses queriam naquele festivo 29 de outubro era assegurar um Maranhão continuando a prosperar. Uma terra onde pudessem viver com dignidade, e não fossem obrigados a emigrar em massa como fizeram 221.174 conterrâneos que, entre 1999 e 2001, saíram do Estado porque não agüentavam mais viver sob privações impostas pelo atraso econômico e social provocados pelas políticas equivocadas emanadas ao longo de toda a década de 1990, a década perdida. É como se a população de Imperatriz, a segunda maior cidade do Estado, abandonasse aquele município em apenas dois anos e fosse morar em outras paragens, sabe Deus onde e como!
O que foi cassada, há um ano, foi a vontade que os maranhenses tinham de, em vez de ter apenas 4,1 anos de escolaridade média, como acontecia em 2000, devido não existir escolas de ensino médio em 158 dos seus 217 municípios, saltar para além dos 6,2 anos de escolaridade média computada para 2008. Isto foi conquistado graças aos avanços que colocaram escolas deste nível em todos os municípios maranhenses nos Governos de Zé Reinaldo e Jackson Lago. Os maranhenses, ao votarem em mudanças em 2006, não queriam ter mais a vergonhosa taxa de analfabetos maiores de 10 anos que em 2000 atingia a cifra de 21,6%, a maior do Brasil naquele ano, e que em 2008 já havia regredido para 17%. Taxa ainda muito elevada, mas já não era a maior do País e estava em evidente processo de regressão. No item educação, o Maranhão vinha tendo taxas de aceleração entre 2002 e 2008 que estavam entre as maiores do Brasil.
Os maranhenses não queriam que um pequeno grupo de honoráveis incomuns chegassem ao poder para ficarem mais ricos, enquanto os comuns e honrados maranhenses amargavam o pior PIB per capita de 2001, cujo valor de R$1.781,50 por ano, representava apenas 82,5% do salário mínimo. Queriam ver a economia do seu estado dinâmica e incrementando a sua renda. Este foi outro item que o Maranhão apresentou uma das maiores taxas de aceleração dentre os Estados brasileiros (19,4% ao ano). Em 2007 o PIB per capita dos maranhenses havia ascendido para R$5.165,00 no ano, ou 1,13 salário mínimo. Ainda muito aquém das nossas possibilidades, mas emitindo sinais de que logo estaríamos superando a média do Nordeste e nos aproximando da média brasileira, e, mais importante ainda, sendo melhor distribuído.
Um Estado que tem inequívoca vocação agrícola, teve todo o seu aparato técnico e institucional irresponsavelmente desmontado depois da metade dos anos noventa, e o desastre foi imediato. O Maranhão que colheu 2.288.113 hectares em 1982 de arroz, feijão, mandioca e milho, e produziu por dia 3.584 gramas por pessoa desses itens, em 1998 regrediu para apenas 678 gramas diárias por pessoa em apenas 924,5 mil hectares. Em 2006 o Maranhão havia retomado a produção desses itens tendo produzido 1.279 gramas diárias por pessoa em 1,16 milhões de hectares.
Mais do que um governador, os maranhenses tiveram apeada a possibilidade de reconstruir o seu destino, resgatar a sua dignidade e auto-estema. Contudo, a esperança está de volta. Este será o ano em que os maranhenses mostrarão para todos aqueles que insistem em mantê-los à margem do progresso social que voltarão às veredas do desenvolvimento, com a devolução à sua população do direito de conduzir os seus destinos. Cantaremos como Chico Buarque: “Amanhã vai ser outro dia!”
Os maranhenses sentem-se ultrajados, tendo em vistas que um dos Poderes da República lhes subtraiu as esperanças que foram manifestadas de forma jamais vista no nosso Estado naquele memorável 29 de outubro de 2006. Mais estranho foi o fato de ter sido devolvido o poder ao grupo político que havia sido rejeitado de forma contundente.
A mensagem inequívoca que os maranhenses haviam dado no dia 29 de outubro de 2006 era que não queriam mais ver o seu Estado liderando todas as estatísticas de pobreza e exclusão social que levaram muitos maranhenses a saírem da sua terra. De fato, entre 1992 e 2001 a taxa de emigração de maranhenses para outros estados foi de 5% ao ano. A maior do Nordeste. Em 2001, um total de 1.149.630 conterrâneos, que representavam 20% da população que morava no estado naquele ano, estava fora.
O que os maranhenses queriam naquele festivo 29 de outubro era assegurar um Maranhão continuando a prosperar. Uma terra onde pudessem viver com dignidade, e não fossem obrigados a emigrar em massa como fizeram 221.174 conterrâneos que, entre 1999 e 2001, saíram do Estado porque não agüentavam mais viver sob privações impostas pelo atraso econômico e social provocados pelas políticas equivocadas emanadas ao longo de toda a década de 1990, a década perdida. É como se a população de Imperatriz, a segunda maior cidade do Estado, abandonasse aquele município em apenas dois anos e fosse morar em outras paragens, sabe Deus onde e como!
O que foi cassada, há um ano, foi a vontade que os maranhenses tinham de, em vez de ter apenas 4,1 anos de escolaridade média, como acontecia em 2000, devido não existir escolas de ensino médio em 158 dos seus 217 municípios, saltar para além dos 6,2 anos de escolaridade média computada para 2008. Isto foi conquistado graças aos avanços que colocaram escolas deste nível em todos os municípios maranhenses nos Governos de Zé Reinaldo e Jackson Lago. Os maranhenses, ao votarem em mudanças em 2006, não queriam ter mais a vergonhosa taxa de analfabetos maiores de 10 anos que em 2000 atingia a cifra de 21,6%, a maior do Brasil naquele ano, e que em 2008 já havia regredido para 17%. Taxa ainda muito elevada, mas já não era a maior do País e estava em evidente processo de regressão. No item educação, o Maranhão vinha tendo taxas de aceleração entre 2002 e 2008 que estavam entre as maiores do Brasil.
Os maranhenses não queriam que um pequeno grupo de honoráveis incomuns chegassem ao poder para ficarem mais ricos, enquanto os comuns e honrados maranhenses amargavam o pior PIB per capita de 2001, cujo valor de R$1.781,50 por ano, representava apenas 82,5% do salário mínimo. Queriam ver a economia do seu estado dinâmica e incrementando a sua renda. Este foi outro item que o Maranhão apresentou uma das maiores taxas de aceleração dentre os Estados brasileiros (19,4% ao ano). Em 2007 o PIB per capita dos maranhenses havia ascendido para R$5.165,00 no ano, ou 1,13 salário mínimo. Ainda muito aquém das nossas possibilidades, mas emitindo sinais de que logo estaríamos superando a média do Nordeste e nos aproximando da média brasileira, e, mais importante ainda, sendo melhor distribuído.
Um Estado que tem inequívoca vocação agrícola, teve todo o seu aparato técnico e institucional irresponsavelmente desmontado depois da metade dos anos noventa, e o desastre foi imediato. O Maranhão que colheu 2.288.113 hectares em 1982 de arroz, feijão, mandioca e milho, e produziu por dia 3.584 gramas por pessoa desses itens, em 1998 regrediu para apenas 678 gramas diárias por pessoa em apenas 924,5 mil hectares. Em 2006 o Maranhão havia retomado a produção desses itens tendo produzido 1.279 gramas diárias por pessoa em 1,16 milhões de hectares.
Mais do que um governador, os maranhenses tiveram apeada a possibilidade de reconstruir o seu destino, resgatar a sua dignidade e auto-estema. Contudo, a esperança está de volta. Este será o ano em que os maranhenses mostrarão para todos aqueles que insistem em mantê-los à margem do progresso social que voltarão às veredas do desenvolvimento, com a devolução à sua população do direito de conduzir os seus destinos. Cantaremos como Chico Buarque: “Amanhã vai ser outro dia!”
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José Lemos é Engenheiro Agrônomo. Professor Associado na Universidade Federal do Ceará. lemos@ufc.br. Sítio Eletrônico: www.lemos.pro.br
José Lemos é Engenheiro Agrônomo. Professor Associado na Universidade Federal do Ceará. lemos@ufc.br. Sítio Eletrônico: www.lemos.pro.br
2 comentários:
BOa Tarde Zé Reinaldo,
essa é pra arrepiar os cabelos, vc sabia que a Governadora anulou, por decreto, todos os processos da SEDUC com a designação restos a pagar e os pagou como se fossem despesas de exercício anteriores, em clara afronta a legislação que trata da responsabilidade fiscal. Assim, o novo Secretaria de Educação encontrou, nesta segunda-feira, o tacho raspado, ou seja, sem nenhum tostão furado.Vale aqui o slogan do Governo: Governar é cuidar das pessoas, delas!
assinado: Cosme Antônio
SOU JACKSON...
QUERO JUSTIÇA!!!
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