terça-feira, 4 de setembro de 2012

PAPEL DIFÍCIL DE DESEMPENHAR


O candidato da oligarquia, Washington Oliveira, carrega nas costas um peso inacreditável. É o peso de cinquenta anos de domínio político da família Sarney, que parece ser demais para o candidato. Sim, porque o resultado desse domínio é o atraso que tem caracterizado o Maranhão sob em qualquer indicador. É tão grande o peso que a própria Rede Globo, que foi sempre usada pela família para manter o seu domínio aqui - o que foi denunciado pela revista inglesa The Economist, ao dizer que  o senador José Sarney tinha evoluído para o coronelismo eletrônico, base e alavanca de seu domínio no estado – hoje mudou sua postura, pois é a própria emissora que mostra aos maranhenses e ao país a dura realidade de um estado abandonado e usado por uma família que não tem compromisso com o desenvolvimento e o bem estar dos maranhenses. 

Assim, a família teme o que virá nos noticiosos da Rede, pois o Maranhão apresenta hoje o que há de pior no Brasil por qualquer ângulo de visão social, motivo pelo qual virou o mau exemplo de tudo o que é omissão governamental. O que a oposição política maranhense não tem condições de fazer, pois está proibida de frequentar as televisões do estado, a própria Rede Globo vem mostrando com grande impacto.

Fica difícil e soa falso para o vice-governador, que goza de grande prestígio e autonomia, atacar o prefeito em sua campanha, em qualquer ângulo que se disponha fazer. A saúde oferecida pela prefeitura que ele critica tanto é assim, pelo fato de ter que atender a todo o estado e não só à população da cidade, já que sem atendimento no interior, onde a saúde foi totalmente desarticulada pelo atual governo – num panorama bem retratado, é bom que se diga, pelo programa Profissão Repórter da Rede Globo, que mostrou um programa governamental irreal, dominado pela política eleitoreira, com hospitais novos, caríssimos, abandonados e vazios, colocados em lugar errado. E sem falar no grande numero de hospitais estaduais em São Luís, que estão fechados por intermináveis reformas como o PAM Diamante, por exemplo.

Nada perto do grande hospital que Castelo está construindo atualmente em São Luís, após vencer todo o tipo de obstáculo e armadilhas colocados pelo governo do estado, que não queria esse projeto. 

Hoje, o problema que concentra todas as angústias e reclamações da população é a falta de água na cidade. Tudo culpa de sucessivos governos de Roseana Sarney. O que Washington pode dizer como vice-governador e, portanto, culpado também, sobre esse assunto? Ou é um assunto menor sobre o qual nada tem a dizer? É dura a vida de um representante da oligarquia em São Luís...

Quando o prefeito João Castelo, revoltado pelo descaso do governo do estado em relação à água e ao esgoto de São Luís, resolveu nomear comissão para estudar e propor soluções para esse grave problema, apontado inclusive por matéria da Folha de São Paulo (já que é o município que detém a prerrogativa fazer a concessão dos serviços de tratamento de água e o esgoto da capital, concedida ao estado há muito tempo), autoridades disseram que a prefeitura também teria culpa porque não teria fiscalizado convenientemente o sistema, livrando um pouco a cara do verdadeiro responsável, o governo do estado. O que poucos atentam é que o governo estadual, em sua arrogância, não aceita responder a nenhum questionamento dirigido pela prefeitura ao estado. A empáfia e arrogância não deixam, são muitos superiores e estão acima de qualquer poder. 

Pois bem, a comissão já fez vários ofícios à Caema, solicitando o envio dos projetos existentes tanto para o sistema de água como o de esgoto, já que, de acordo com os termos da concessão, a prefeitura tem que ser ouvida e autorizar qualquer iniciativa. Contudo, todos remanescem sem resposta. Com efeito, a única maneira foi oficiar judicialmente para enfim poder conhecer o que pretende o governo, evitando a execução de qualquer obra sem projeto de engenharia, como obriga a lei, e qualquer projeto apenas midiático e sem sentido, tal qual fazem sempre. Sabe-se que a especialidade desse governo é tentar criar fatos, como contratar empresas para tentar embaraçar a solução do processo. Aquelas que se prestarem a isso precisam saber que, sem o de acordo do governo municipal, nada terá validade. 

O fato é que, após as eleições, o prefeito Castelo, se vencedor, rescindirá a concessão definitivamente, e está coberto de razões para isso, e vai resolver o problema. São Luís vai voltar a ter água com abundância nas torneiras de todas as casas, tratamento integral de esgotos e as praias serão devolvidas à população definitivamente. A população merece e o prefeito está pronto e já sabe como fazer. Ele vai provar que, como o VLT, a gestão da água e  esgoto também não são ‘bichos de sete cabeças’ para quem tem competência.

Por falar em VLT, misteriosamente tentaram arrancar os trilhos do lugar, sabotagem pura, e estão comentando que vão prender os vagões da composição, que antes afirmavam ser uma carcaça, no posto fiscal de Timon. É muito desespero, não é? Fariam melhor se trabalhassem e fizessem alguma coisa de útil. Deixem o prefeito trabalhar!

Marcelo Nery, o primeiro pesquisador do Ipea a divulgar os dados vergonhosos do Maranhão em trabalho do órgão, segundo Lauro Jardim da Veja, sofreu na pele a ira do senador José Sarney, foi exonerado e teve que se abrigar na FGV. Hoje, volta com todas as glórias ao Ipea como seu dirigente nomeado pela Presidente da República. Muito bem, presidente Dilma!

E Roseana Sarney, que no governo está liquidando com São Luís, não tem limites em sua raiva pela cidade. Agora ameaça se lançar candidata à prefeitura após sair do governo. Porque tanta raiva, Roseana?

E o governo do estado, que nunca havia falado em VLT, agora fala em fazer um ligando alguns municípios da ilha. Que faça e saia da inércia e das tentativas de impedir o trabalho do prefeito. Só então todos os habitantes da ilha vão na verdade poder realmente creditar esse serviço ao prefeito João Castelo, que teve coragem de ousar e provocar a inveja da oligarquia.

E fica ridículo reformar o estádio Castelão e tentar mudar o nome, tentando impedir que homenageiem o governador João Castelo, que o fez e entregou a cidade. Ela já fez isso com a ponte em Imperatriz, que encontrou pronta, faltando apenas terminar acessos, e mudou o nome, como se ela tivesse feito alguma coisa ali. 

Que coisa feia!    

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