É inexplicável o que acontece com Roseana. Dona de um
complexo de comunicação, com jornais, televisões e rádios, ela procura fugir de
suas responsabilidades como governadora e, mesmo com o clima de medo e pânico
que envolveu a cidade, ela não aparece e nem toma nenhuma providência para
acalmar a população. Nunca antes neste país aconteceu algo semelhante. Ela
comete, no mínimo, crime de responsabilidade!
E olhem que foi avisada do que iria acontecer, porque durante
o seu governo em 2010 já havia acontecido a mesma coisa, na mesma gravidade e
proporção, inclusive com uma quantidade imensa de decapitados em Pedrinhas. Foi
necessário vir um pastor para acalmar a situação, na verdade, apenas um bandido
travestido de pastor. O governo, se paralisado estava, paralisado ficou. E pior:
nenhuma providência foi tomada, nada. Com efeito, o estopim para o que aconteceu
na semana passada já estava aceso há muito tempo. Agora explodiu de novo.
A responsabilidade da governadora é direta e completa. O
governo de Jackson Lago estava com projetos prontos para construir algumas
novas prisões no interior e, ao ser retirado e substituído por Roseana Sarney, tudo foi paralisado, isso sem contar os diversos
colégios, hospitais de referência... Só com Pedrinhas é impossível evitar o que
está acontecendo, pois esse é um mundo complexo e reunir quadrilhas rivais, sem
critério, no mesmo lugar é convidá-los para grandes conflitos.
Há poucos dias um homem acusado por delitos insignificantes
foi colocado junto a assassinos e bandidos de grande periculosidade e acabou
degolado. E nada disso fez o governo, indiferente e omisso, se mexer. Nem uma
palavra sequer.
Daí decorre a culpa pessoal, direta mesmo, da governadora que
vive em campanha, de itinerante em itinerante, como se merecesse um mandato de
senadora. Se não dominassem os meios de comunicação, se o fato acontecesse no
meu governo ou no de Jackson, por exemplo, estaria armado um alarido
ensurdecedor pedindo a saída do governador.
O fato foi tão grave que obrigou o Marafolia, empresa da
própria família, a cancelar um show da consagrada Ivete Sangalo, que já estava
sendo vendido. Mas Roseana, cercada por duzentos policiais militares no palácio,
acha que foram apenas boatos. Um boato com muitos mortos e feridos tão violento
que assustou a todos e paralisou a cidade, já muito apavorada com a insegurança pública crescente. Dentro
de pouco tempo um recorde será quebrado na grande São Luís, que terá mais de
cem mortes violentas em um mês. Em meados de outubro já ocorreram mais
assassinatos do que no ano passado inteiro. E para Roseana Sarney foi apenas um
boato...
E qual foi sua resposta ao pânico da população? Assinou um decreto
considerando o Maranhão em estado de emergência e o governo federal, apreensivo
com a fraqueza do governo estadual, manda, mais uma vez, soldados da Força Nacional.
Mas isso é ótimo para eles, pois o governo poderá repetir o que mais gosta de
fazer: dispensa de licitações, permitindo aos empreiteiros amigos mais algumas
obras (cujos preços não se saberão...).
Mas isso acalmará a população e trará mais segurança aos
maranhenses? Como, se nenhuma medida para melhorar a segurança das ruas está
sendo providenciada? Nenhum policial a mais, nenhum recurso a mais. Nada. Nenhuma
nova estruturação da força policial do estado está sendo providenciada. Como
então alguma coisa poderá mudar em curto prazo?
São apenas medidas midiáticas. É novamente o governo se
escondendo e tentando enganar a população maranhense, pois nada acontecerá.
Falta seriedade a uma gestão que é apenas irresponsável, indiferente e omissa.
Como o governo do estado ficou inerte, o Tribunal de Justiça,
a Assembleia Legislativa, a OAB e outras entidades procuraram dar uma resposta à
população, mesmo sem estarem dotados dos meios que só o governo estadual tem.
Apenas ocuparam o vácuo de poder devido à omissão do governo, tentando acalmar
a população assustada e em pânico. Uma ação sem precedentes na história recente
do Maranhão.
Mas esse procedimento não se restringe à segurança pública.
Lembrem-se de que ela também já assinou alguns decretos considerando estado de calamidade
pública a falta de água na cidade e até marcou data para resolver o problema. O
que aconteceu é que agora tudo piorou e já falta água em todos os dias em toda
a cidade. Na saúde, com dezenas de hospitais construídos por dispensa de
licitações, o que se vê é o aumento de sofrimento da população que, para o
mínimo de atendimento, tem que viajar para municípios maiores, porque o
hospital inaugurado com festas em um dia está fechado no dia seguinte, como
mostra a televisão diariamente.
O que se vê ainda é a mentira da despoluição das praias, que
teve até banho de mar de autoridades, tudo devidamente registrado pela
televisão, mas que continuam poluídas e piores a cada dia, porque nada é feito.
E a educação, que está se tornando uma tragédia de grandes
proporções para o desenvolvimento do estado. Os dados do censo de 2010 mostram
que, em 36 municípios do estado, entre 80 e 89 por cento da população acima de
25 anos é analfabeta e não tem o ensino fundamental completo. Logo na idade
mais produtiva da vida... E o que faz o governo? Nada.
E para encerrar, Roseana assiste, inerte, o crack tomar conta
de parte expressiva da juventude mais carente sem, também, nada fazer.
Ou seja, não existe
governo no Maranhão. Não se trabalha, não se aparece e não se diz a que veio.
Mas quem paga é a população maranhense.
Para que serve mesmo?
Um comentário:
O Maranhão tem uma maldição creio que já vem no próprio nome que dizer ser "A grande mentira".
Deus tenha misericórdia de nós.
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