Quem imaginou que o susto ocasionado pela iminência
da cassação de Roseana Sarney, devido à aceitação pelo Ministério Público
Federal da ação assinada por mim e muito bem trabalhada pelo advogado Rodrigo
Lago, poderia fazer com que a oligarquia abdicasse do expediente do uso do
dinheiro público para tentar ganhar eleições, apenas perdeu tempo. Isso está
profundamente entranhado nas práticas daquele grupo político, não sabem viver
sem isso, e novamente se organizam para tentar manipular com recursos públicos
o resultado da eleição para governador no ano que vem.
Desta vez, porém, tomarão um caminho diferente da
eleição passada. Caminho esse tão nefasto como o antigo procedimento.
Com efeito, não se valerão de convênios, pois
chamam muito a atenção e ficam registrados, podendo tornar-se com facilidade
provas contra a fraude. Eles sabem que a oposição está atenta e não deixará a
prática passar.
Como farão então? A pista mais que evidente desse
novo método está contida na proposta da Lei Orçamentária para 2014, sobretudo
quando analisada à luz daquela de 2013.
Na comparação entre as duas últimas Leis Orçamentárias,
se destaca que o orçamento será bem maior em 2014. Haverá um acréscimo de um
bilhão e quarenta e dois milhões de reais, portanto, teremos mais
disponibilidade financeira. O orçamento do estado chegará em 2014 a quatorze
bilhões, cento e vinte dois milhões.
Com tal montante, poderíamos resolver o problema
da segurança, da educação, do abastecimento de água, do esgotamento sanitário,
da poluição, do analfabetismo, dos indicadores sociais, e garantir o
funcionamento pelo menos dos hospitais
inaugurados e fechados no dia seguinte, etc.
Todavia, vejam que surpresa: Quase todos esses
projetos terão menos recursos em 2014 do que já tiveram em 2013. Mas como? É
eleição, meus amigos, e quem está no governo é Roseana Sarney, que só pensa em
como conseguir um mandato de senadora e, caso possível, eleger seu candidato ao
governo. Esse último projeto evidentemente com muito menor prioridade, já que
seu candidato patina na aprovação.
Então vamos aos números da proposta:
A Caema perde 79 milhões. Perde! A Secretaria da
Educação perde 23 milhões e 400 mil; a Erradicação do Analfabetismo, que tinha
em 2013 sete milhões e quatrocentos mil, fica com apenas duzentos e cinquenta
mil! Educação com ela é mesmo grande prioridade...
O Combate ao Analfabetismo Absoluto, que teve em
2013 novecentos mil, fica só com cem mil. E olhe lá. A Secretaria de Segurança Pública,
que tinha trezentos e dez milhões, neste ano vai ter que se virar com míseros
cento e trinta e um milhões. Como vai ser? Só Roseana sabe... Que
irresponsabilidade!
Já a Secretaria de Comunicação, grande prioridade
dos donos da Mirante, essa vai ter mais seis milhões e vinte e três mil no ano
que vem.
O Planejamento terá um enorme acréscimo, afinal, é
preciso planejar sei lá o quê... Terá mais setecentos e dezenove milhões. Passará
de duzentos e quatorze milhões para novecentos e trinta e três milhões. Com
certeza o que nos parece é que funcionará na verdade como caixa reserva
eleitoral...
Continuando, o Turismo perderá três milhões e
oitocentos, o Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar perderá nove milhões
e trezentos mil, a Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano perderá
setenta e um milhões, a Ciência e Tecnologia, seiscentos e vinte mil e Indústria
e Comercio perderá um milhão trezentos e cinquenta mil reais. Por fim, a Fapema
perderá oito milhões e oitenta mil reais.
Agora pensem comigo: Se praticamente todas as áreas
tiveram seu quinhão diminuido e o orçamento é bem maior do que o do ano passado,
para onde então vai o dinheiro? Ora, meus amigos, vai para o candidato Luís
Fernando. Ou seja, para a Secretaria de Infraestrutura, naturalmente.
Essa secretaria passará de duzentos e cinquenta e
nove milhões para seiscentos e noventa e três milhões. Um acréscimo eleitoral
de quatrocentos e trinta e três milhões e quinhentos mil reais.
Desta maneira, desenha-se nitidamente como se dará
a inevitável tentativa de abuso de poder econômico da oligarquia. Temos que
estar muito atentos às licitações que serão feitas para obras, estradas,
asfaltos, para que não se embutam nos preços um sobrepreço gigantesco que poderá
ir para a eleição. Os parâmetros que nós
da oposição utilizaremos serão os preços do DNIT, órgão federal que constrói
estradas de classificação de primeira classe, enquanto que aqui são de terceira.
O preço por quilometro terá que ser bem menor ou então haverá sobrepreço na
contratação. A oposição está preparada e pronta para denunciar qualquer ocorrência
nesse sentido e escandalizar nacionalmente a tentativa. Não ficará barato.
Depois não digam que não foram avisados.
O Maranhão precisa fazer eleições limpas. Será
que isso só virá quando a oposição eleger Flávio Dino? Vejam que prejuízo para
a população, pois esse dinheiro deixará de ser usado em benefício dela...
O dinheiro público não pode ser usado financiar a
eleição do candidato da oligarquia! Por essas e por outras posturas que adotam é
que a população do Maranhão é a mais pobre e desassistida do país...
Um comentário:
Parabens pela postagem, isso é para alertar a população do MARANHÃO.!!!!!!!!!!
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