É preciso estar muito perdido, sem rumo e evidentemente e sem nada a dizer
para fazer esse tipo de campanha contra Flávio Dino. Acusam-no de ter recebido na
campanha passada apoio financeiro de uma empresa que teria uma subsidiária (que
não doou nada) acusada de ter mantido trabalhadores em situação equivalente ao
escravo. A empresa que realmente doou recursos para a campanha nunca foi
acusada de nada. Agora me expliquem de que está sendo acusado Flávio Dino. O
que ele cometeu de errado ou ilegal?
Eu respondo: nada!
Só o desespero pode levá-los a tal campanha. E Roseana, que recebeu
dinheiro grosso de Eike Batista - esse sim - com largos interesses em licenças
ambientais para seus empreendimentos fornecidas pelo governo e construindo uma
termoelétrica alimentada a carvão mineral altamente poluidor em plena ilha de
São Luís?
Isso é ético? Ele é um empresário ético? E daí?
E as construtoras que trabalham para o governo, que têm obras obtidas
através de vultuosas dispensas de licitação, contestadas pela Controladoria do
Estado, suspeitas de ilegalidade, e que (está provado!) recebiam pagamento do
estado em um dia e no outro depositavam na campanha de Roseana grandes e
suspeitas quantias? Adenausm conjetura-se que muitas dessas obras nem foram
construídas. Tudo isso é completamente ilegal. Se os órgãos de fiscalização
tomassem ânimo para investigar esses fatos - já denunciados largamente pela
oposição - tudo isso seria facilmente constatado.
Mas vamos mudar de assunto, pois os 72 hospitais que Roseana prometeu
fazer e entregar em 2010, e que alguns poucos que foram inaugurados em um dia
com muita festa, foram fechados no dia seguinte, correm o risco de, mesmo que
fiquem prontos, tornem-se todos obsoletos em pouco tempo. O melhor que esse
governo faria seria nunca ter iniciado a construção deles, o que foi feito sem
planejamento, com localização escolhida sem critério, com dispensa de
licitações, sem transparência e a preços exorbitantes. E, como mostrou o Globo
Repórter, a saúde pública se tornou um sofrimento terrível para as pessoas mais
necessitadas.
Ancoro esses argumentos na premissa de que está em curso uma
transformação sem precedentes na vida de qualquer cidadão do mundo.
Vejam o que está prestes a acontecer:
"Hospitais serão obsoletos em dez anos", diz cientista da
Intel.
Americano que coordenou pesquisa em oito países, incluindo o Brasil,
afirma que tecnologia permitirá a ampliação dos tratamentos domésticos.
A Intel divulgou nesta segunda-feira uma pesquisa sobre o papel da
tecnologia na inovação dos tratamentos de saúde. O estudo foi conduzido pelo
instituto Penn Schoen Berland, sob a coordenação do americano Eric Dishman,
gerente geral do grupo de Ciências da Saúde e Vida da Intel. Mais de 12.000
pessoas foram entrevistadas em oito países: Estados Unidos, Japão, França,
Itália, Brasil, China, Índia e Indonésia. Segundo o levantamento, mais de 80%
das pessoas disseram estar otimistas em relação ao uso da tecnologia na saúde.
Metade dos entrevistados acredita que os hospitais tradicionais se tornarão
obsoletos no futuro. Em entrevista exclusiva ao site de VEJA, Dishman diz que o
Brasil é simpático às novas tecnologias.
Confira parte da entrevista a seguir:
...O estudo prevê a capacidade de produzirmos um diagnóstico em casa,
de forma independente, por meio de dispositivos de uso doméstico. Por exemplo:
através de um smartphone ou tablet seria possível coletar dados sobre a saúde
de uma pessoa e compartilhar essas informações com o médico. Mais da metade dos
participantes da pesquisa afirmou que o hospital se tornará obsoleto. Isso
significa que, no futuro, muitos dos tratamentos poderão ser realizados em casa
e somente a tecnologia permitirá essa migração.”
...”O que deve acontecer com os hospitais nesse novo cenário? Os
hospitais serão utilizados apenas em casos extremos. Se você precisar fazer uma
cirurgia, então terá que ir a um hospital, é claro. Agora, se o problema de
saúde for uma gripe, por exemplo, não será necessário ir ao hospital. Alguns
países, como os da Escandinávia, estão fechando leitos hospitalares e
investindo em tratamento domiciliar. As consultas acontecem via
videoconferência. As visitas são virtuais e utilizam alguns softwares
inteligentes capazes de personalizar o tratamento para cada paciente, ainda que
o diagnóstico seja o mesmo. Esse é o futuro. Em dez anos, os tratamentos de
saúde acontecerão em casa, e não no hospital.”
Em países geograficamente extensos e populosos, como é o caso do
Brasil, há quem tenha que viajar horas para chegar até um hospital. As
consultas via videoconferência poderiam resolver esse problema.
Nosso estado está preparado para isso? É o caso de perguntar. O
Maranhão atual não está preparado para quase nada. Quase tudo terá que mudar. E
é isso que a população quer, exausta com tanto descaso.
E o estado piorou muito em desigualdade medida pelo Índice de Gini.
Agora é o pior do Brasil. Mas, também, em que indicador não somos os últimos ou
quase isso?
Um comentário:
Governador Zé Reinaldo em véspera de eleição líder político não dorme. Cadê o artigo de 24/12? deixe as férias para depois de desalojar a oligarquia novamente.
José Ribamar Gomes (Gojoba)
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