segunda-feira, 31 de março de 2008

Espanha inaugura usina movida inteiramente a energia solar

Luz solar é refletida por 900 espelhos que se movimentam como girassóis. 
Tecnologia poderia ser aplicada no nordeste brasileiro, dizem espanhóis. Um projeto gigante, que gera tanto eletricidade quanto resultados positivos para o meio ambiente, foi inaugurado no sul da Espanha: a primeira usina do mundo movida inteiramente pela energia do Sol.

No meio do terreno árido da região, a usina se destaca pela magnitude e imponência. Do chão brotam os raios que convergem no topo da torre de 160 metros, mais alta que um prédio de 50 andares. É radiação solar em estado puro, concentrada em um único ponto. Calor natural que aquece a água que corre para dentro da torre até virar vapor a 400ºC, para mover as turbinas que produzem energia elétrica sem poluir o meio ambiente. 

Novecentos espelhos gigantes se movem lentamente como girassóis. Nem dá para perceber a mudança de posição, mas eles estão sempre alinhados com o Sol para refletir o máximo de luz, direto para a torre de captação.

É a maior usina solar com produção de energia em escala comercial do mundo. Daqui sai eletricidade para abastecer 180 mil casas, uma cidade do tamanho de Sevilha, que fica a 30km. 

A construção ocupa uma área do tamanho de 60 campos de futebol. E custou o equivalente a meio bilhão de reais. Cada centavo saiu da iniciativa privada, um consórcio de empresas espanholas que planeja recuperar o investimento em apenas dois anos. 

“Trocamos o gás, o carvão e o petróleo pelo Sol, que brilha 240 dias por ano na região sul da Espanha. E é de graça”, diz o engenheiro responsável pela produção de energia. 

A segunda usina, ainda maior, já está em construção. Outras sete completarão o projeto da plataforma solar de Sevilha até 2014.

O plano é fornecer eletricidade para todo o sul da Espanha. E o melhor de tudo: evitar que sejam despejadas 600 mil toneladas de dióxido de carbono por ano na atmosfera. 

“É um tecnologia que pode servir a sociedade, em qualquer parte do planeta”, diz o engenheiro. “Inclusive no nordeste do Brasil, onde o que não falta é Sol”. Trata-se da fonte de energia mais antiga do mundo, mas ainda considerada por muita gente um negócio do futuro. Não na Espanha, onde já é, claramente, um sucesso.

Link para a notícia na Globo.com

Comentário do Blog: A matriz energética mundial vai mudar rapidamente por força das pesquisas e das aplicações delas por países desenvolvidos, que vão se conscientizando dos males do aquecimento global e sabem da abundância de capitais para serem aplicados em projetos viáveis de produção de energia limpa, como a eólica e solar.

A notícia informa que os acionistas já vão começar projetos maiores, pois a tecnologia desenvolvida é realmente fantástica e certamente rentável. O Nordeste brasileiro tem excepcionais condições para a produção de energia limpa, tanto eólica quanto solar, e o governo brasileiro não reconhece essa grande oportunidade de desenvolvimento para a região e para o Brasil. Já vendemos o sol do nordeste para os turistas europeus, mas poderemos aproveitar muito mais os nossos recursos naturais e a grande exposição do sol em nossa região.

Estamos perdendo um tempo precioso e vamos ficar sem o domínio das novas tecnologias para produção de energia limpa, e o pior é que temos instituições e engenheiros que podem participar desse desenvolvimento. Vamos acabar tendo que pagar mais caro por elas.


É um país sem prioridades.


Um comentário:

GUSTAVO LOPES disse...

Sempre que vou as margens do Rio Pericumã aqui em Pinheiro, fico a contemplar a grandeza do rio e a dos nossos campos onde o sol permanece a maior parte do tempo mesmo no periodo invernoso já o vento esse é vinte e quatro horas 365 dias por ano. Um disperdicio de energia. jápoliticos como o senhor são raros.
abraços Gustavo.