segunda-feira, 12 de maio de 2008

Alimentos fazem inflação oficial superar 5% em 12 meses

Folha: Pela primeira vez desde março de 2006, o indicador oficial de inflação no país superou 5% em um período de 12 meses. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) apontou que os preços nos 12 meses encerrados em abril aumentaram 5,04%. A meta do governo é que o índice marque 4,5% em todo o ano de 2008, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Nos 12 meses imediatamente anteriores, a alta dos preços havia sido de 4,73%. A inflação em abril foi de 0,55%, acima do 0,48% registrado em março e do 0,25% de abril do ano passado. No acumulado de 2008, o indicador registrou alta de 2,08%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).A inflação em abril ficou em linha com a previsão de analistas consultados pela agência Reuters.

Eles esperavam inflação de exatamente 0,55% no mês, de acordo com a mediana e a média de 32 estimativas, que ficaram entre 0,53% e 0,65%. Pão francês sobe 7,33%Os preços de alimentos subiram 1,29% em abril; em março, haviam aumentado 0,89%. Os produtos não alimentícios tiveram aumento de 0,34%, ligeiramente abaixo do 0,36% verificado no mês anterior. A alta da comida contribuiu com metade (0,28 ponto percentual) da taxa de inflação de abril. O pão francês subiu 7,33%, sendo o item que mais ajudou a puxar a inflação. Outros produtos derivados do trigo também tiveram forte aumento: farinha (6,8%), pão doce (3,02%), macarrão (2,34%), e pão de forma (1,12%). Ainda na área de alimentos, encareceram expressivamente em abril a cebola (15,87%), o leite pasteurizado (3,56%), o óleo de soja (3,18%), o arroz (1,96%) e as carnes (1,35%). Além da comida, outros produtos também contribuíram com o aumento da inflação. O preço das roupas subiu 1,53%; o de artigos de limpeza (água sanitária, sabão em barra etc) avançou 1,41%; o de remédios aumentou 1,18% e os artigos de higiene pessoal (xampu, sabonete etc) ficaram 0,8% mais caros.


Comentário do Blog: Infelizmente as condições da economia brasileira e mundial começam a mudar para pior. Já não existe o céu de brigadeiro que tivemos até agora e que ajudou muito Lula a receber tanto apoio da população brasileira. Além do preço crescente dos alimentos em escala mundial, com grandes reflexos internos, o petróleo continua na sua escalada de preços já chegando a US$ 124,00 o barril. E a esperança de que a gasolina não subisse para o consumidor brasileiro vai sendo atropelada pelos fatos.

Já existem indícios fortes de que o consumo da classe C está caindo, por causa do peso dos alimentos em seu orçamento doméstico. Nada ainda para abalar, mas para preocupar as autoridades brasileiras.

E os altos juros existentes aqui, visto que o governo não admite cortar seus custos correntes, vão nos deixando altamente endividados, com a dívida já beirando US$ 1 trilhão!

Vamos fazer a coisa certa enquanto há tempo.

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