O governador achou que estava na hora de reunir os componentes da Frente de Libertação, movimento histórico que derrotou a rainha da oligarquia, Roseana Sarney, que queria muito voltar ao poder. José Sarney, ajudado por sua passagem pela presidência da República, consolidou um poderoso grupo de comunicações, que pretendia ser hegemônico, com o único objetivo de manter o poder político no Maranhão.
Essa reunião, fato de grande relevância política, foi uma resposta a uma ação típica do grupo Sarney que tenta sempre jogar uns contra os outros, publicando falsos diálogos e declarações mentirosas como, aliás, denunciou o deputado Roberto Rocha, um dos principais alvos do grupo. Ora incensam alguns e escolhem candidatos que acham melhor enfrentar, e demonizam outros de quem têm pavor. Esses são caluniados e insultados, pensam que assim amedrontam os menos decididos.
A reunião mostrou claramente que perderam tempo precioso. Todos estavam lá e o espírito público prevaleceu mais uma vez. Quem já está em campanha, vai continuar tentando ampliar o seu espaço. Mas nos reuniremos com certa freqüência e a próxima já está marcada para o dia 21 de maio.
O consenso alcançado no final da reunião, depois que todos usaram da palavra, foi resumido em três pontos: a coordenação é do governador; vai ser feita pesquisa qualitativa, como a que fiz em 2006 e que acabou por nos indicar o caminho da vitória; e não existe candidatura irremovível, ou seja, a decisão final poderá ser por uma só candidatura ou por mais de uma. Nada decidido até agora.
O grupo Sarney vai com uma candidatura só, se tivermos uma candidatura fraca eleitoralmente, e concorrerá com vários candidatos, se tivermos um só muito forte.
Penso que o resultado do encontro só não agradou ao grupo do senador. Eles pensavam que tinham conseguido criar problemas intransponíveis entre nós, mas ficou demonstrado que já não influenciam ninguém com um mínimo de instrução e de experiência na vida. A cada dia, embora desfrutem ainda de considerável poder no governo federal, perdem credibilidade.
O governador, homem e político muito experiente, via tudo com muita paciência. Já conhecia e já havia sentido na pele as calúnias e o modo de fazer política do grupo Sarney. Quando lhe pareceu que havia chegado o momento, não se omitiu e convocou a todos para a reunião de sábado passado. Acertou em cheio. Não se colocou como coordenador, mas aceitou a missão com o apelo unânime que recebeu. O processo está em boas mãos, a decisão final terá o apoio de todos. Tenho certeza que não haverá briga nem dissensões. Mesmo porque a pesquisa qualitativa vai ajudar muito na decisão a ser tomada sob a liderança de Jackson.
O maior temor de Sarney era a formação da frente. Se ele conseguisse impedi-la, o decorrer da campanha traria seqüelas difíceis de arrumar a tempo para 2010. Foi assim que ele conseguiu manter o poder em suas mãos durante 40 anos. A oposição brigava, uns contra os outros, em todas as eleições e na hora mais importante não conseguia se unir. Era esse o ambiente em 2005, mas eu conhecia o processo pela visão do grupo Sarney e conseguimos chegar a 2006 unidos.
A frente não é apenas um movimento para ganhar eleições. Sua importância é muito maior. Ela pode ajudar a equilibrar o jogo de poder no governo federal. Unida, ela tem 10 deputados, maior que muitos estados brasileiros ou que muitas bancadas partidárias no congresso. Dirão alguns que entre os dez temos 4 deputados federais do PSDB, oposição a Lula no Congresso. Mas esse é justamente um ponto forte para o governador. Os deputados do PSDB, cientes do momento, já se colocaram a disposição do governador, que poderá dizer ao presidente que votarão com o governador. O governo federal terá, assim, mais 4 votos e como esses votos não serão contra o governo, valerão, na verdade, 8. Portanto é uma bancada nominal de 14 votos. Poucas são maiores que ela. Um trunfo muito importante nesse jogo de poder junto ao presidente Lula.
E é preciso denunciar à imprensa nacional o que o ex-presidente faz contra o Maranhão. Ele teme muito isso por causa da sua dupla personalidade. Lá fora é uma, do ex-presidente, do intelectual, do homem frágil que não faz mal a ninguém. Aqui todos o conhecem. Raivoso e vingativo, na vanguarda do atraso, poderoso e arrogante, temido não só pelos métodos que usa, mas pelas tramas que arma, sempre com o objetivo de massacrar adversários. Ele passa a imagem, lá fora, de defensor do Maranhão, quando na verdade se empenha, com dedicação, a não deixar o estado se desenvolver. Um exemplo óbvio que precisamos denunciar é o impedimento político que faz, desde o meu governo, para o presidente Lula não visitar São Luis. Em todo o seu governo, é a única capital que não recebeu o presidente desde o inicio de seu primeiro mandato. É possível ou explicável uma coisa assim? Em Teresina já foi seis vezes, um vizinho nosso. Na semana passada esteve lá e em seguida foi para Manaus, quase tão distante de lá quanto o Rio de Janeiro. E não veio aqui, tão perto...
A visita do presidente puxa investimentos para o estado. É nesse momento que o governador torna-se interlocutor privilegiado. E tem uma oportunidade de ouro para solicitar investimentos. É por isso que o Sarney encrenca e puxa mil fantasmas para impedir o presidente de vir. As fotos do governador com o presidente lhe enchem de ciúmes. E a não vinda acaba criando a impressão de que Lula evita estar com Jackson e Sarney usa esse argumento no convencimento de ministros para a pretendida cassação do governador. Já é tempo demais que isso vem acontecendo e isto precisa ser denunciado na imprensa do sul. Isso já é uma espécie de doença. Não existem precedentes.
Agora, para culminar, Sarney move ação contra o Jornal Pequeno. Isto é possível? Em toda eleição ele tenta intimidar a imprensa com processos como esse. Já repararam?
E foi fazer isso em Brasília. Sabem por quê? Porque em Brasília poucos conhecem o Jornal sério que é o Jornal Pequeno e também porque ninguém lê as sandices dos seus jornais. É preciso reação da nossa bancada mostrando no parlamento o que Sarney tenta fazer aqui. Dessa vez não vai funcionar, senador.
Grande democrata que não agüenta crítica séria!
5 comentários:
Ex-governador lance sua candidatura a prefeito de São Luís para consolidar a VITÓRIA de 29 de outubro. E para desarmar os candidatos do senador Sarney, comece colocando no ar a armação que foi a Operação Navalha, que o prendeu e o algemou para satisfazer o ego de Roseana, por tê-la derrotado. Com isso colocará por água abaixo a estratégia do Grupo Sarney, que certamente colocará estas imagens para prejudicar sua campanha. Um abraço.
Governador fico feliz que isso esteja acontecendo, o Maranhão merece e vou ficar mais feliz ainda se o senhor for o candidato.
CUNHADO DE SARNEY É INDICADO PELA POLÍCIA FEDERAL POR PECULATO E EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS PÚBLICAS
O EX SECRETÁRIO DE SAÚDE DO MARANHÃO NO GOVERNO ROSEANA SARNEY, TIO DA HOJE SENADORA E CUNHADO DO PAI DELA O SENADOR JOSÉ SARNEY, O MÉDICO MARIVAL LOBÃO FOI INDICIADO ONTEM PELA POLÍCIA FEDERAL POR PECULATO E EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS PÚBLICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. AS INFORMAÇÕES SÃO DO JORNAL PEQUENO E DO JORNAL O IMPARCIAL.
A SEGUIR A INTEGRA DA MÁTÉRIA DO JORNAL PEQUENO COM O LINK PARA ELA E O LINK PARA A MATÉRIA DE O IMPARCIAL:
Secretário de Saúde de Roseana é indiciado em operação da PF
Data de Publicação: 13 de maio de 2008 POR JULLY CAMILO
OUTRA VEZ...
Marival Lobão foi denunciado, em 2005, como membro da organização “Vampiros da Mala Preta” que drenou R$ 2 bi do Ministério da SaúdeNo início da manhã de ontem, 12, a Polícia Federal indiciou por crime de peculato, o secretário de Saúde do governo Roseana Sarney e chefe do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (NEMS), Marival Pinheiro Lobão. Ele é acusado de participar da quadrilha responsável pelo desvio de mais de R$ 1,5 milhão do órgão, que começou a ser desmontada na sexta-feira, 9, com a prisão de cinco pessoas pela Operação Nêmesis.A PF chegou a pedir a prisão temporária de Marival Lobão ao juiz federal José Magno Linhares Moares, da 2ª Vara Criminal, mas o magistrado concedeu apenas mandado de busca e apreensão. A busca foi feita na residência de Marival, na Ponta do Farol, onde foram apreendidos somente documentos que ainda serão analisados pela polícia.Vazamento – De acordo com o superintendente da PF no Maranhão, Gustavo Gominho, a informação das prisões temporárias e das investigações teria vazado. Com isso, segundo Gominho, Marival promoveu reuniões para avisar aos servidores sobre os mandados de prisões, e que eles não precisariam se preocupar, pois já havia um advogado à disposição de todos. O superintendente também afirmou, inclusive, que o discurso já estava preparado com as respostas que os acusados deveriam dar à polícia. Para a PF, o vazamento das informações prejudicou o andamento das investigações, pois o acusado teve tempo suficiente para omitir documentos e provas. Por isso será aberta uma sindicância para apurar de onde saíram as informações para Marival sobre os procedimentos da Operação Nêmesis”, que investiga o esquema de desvios de suprimentos no NEMS, obtidos por meio de fraude ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).Dos cinco presos na última sexta-feira, apenas a chefe do setor financeiro do NEMS, Rosângela Ramos Santos, e seu marido, Jorge Edidio de Moraes Rodrigues, continuam em prisão temporária por terem colaborado com as investigações. José Umberto Câmara, José Ribamar Arouche e Luzmarina Moraes não precisaram cumprir os cinco dias de prisão por cooperar com a polícia.O golpe – De acordo com o chefe da Controladoria Geral da União (CGU) no Maranhão, Aldimar Gregorini, as investigações começaram em fevereiro de 2007, quando seriam analisadas as prestações de conta do exercício de 2006. O NEMS passou a ser investigado por conta dos números sempre redondos e da ausência de notas fiscais em muitos procedimentos. “Começamos a pedi-las para o setor financeiro do NEMS e a única coisa que tínhamos eram informações difusas a respeito do paradeiro das notas fiscais. Também começamos a notar que os valores disponibilizados pelo Siafi eram gastos integralmente, algo que não é muito rotineiro”, explicou Gregorini.O superintendente Gustavo Gominho explicou que não existia o procedimento de Suprimento de Fundos necessário para a liberação do recurso, mas Rosângela Ramos fazia solicitação no Siafi que disponibilizaria a verba em uma conta do Banco do Brasil (Conta de Unidade Gestora). A transação culminou em uma ação forjada, tendo em vista que não existiria o procedimento para requisição do recurso, muito menos a indicação do suprido e a liberação pelo ordenador de despesas e pelo setor financeiro.Para conseguir a liberação do dinheiro, como informou Gominho, a líder da quadrilha contava com a participação de um gerente do Banco do Brasil que autorizava os saques das ordens bancárias sem a presença dos titulares das assinaturas e sem o documento de identidade para a confrontação de assinaturas. Rosângela destacava funcionários do NEMS para receber o recurso, alguns recebiam quantias em dinheiro como forma de pagamento pela participação nas fraudes. Outros funcionários, no entanto, tinham suas assinaturas falsificadas pela chefe do departamento financeiro.Com o esquema, estima-se que tenha sido desviado dos cofres públicos aproximadamente o valor de R$ 1,5 milhão, se forem levados em consideração os valores de diárias desviadas. Marivaldo Lobão foi intimado a depor e prestou esclarecimentos sobre a fraude no final da manhã de ontem, na Superintendência da PF, no Anil. A organização criminosa investigada praticou os crimes de falsificação de documento público e particular; falsidade ideológica e uso de documento falso; peculato e emprego irregular de verbas públicas; estelionato e formação de quadrilha.Vampiro da saúde no governo Roseana SarneyA expressão “Vampiros da Mala Preta” foi usada pela Corregedoria Geral do Estado, em 2005, para identificar uma organização criminosa que drenou recursos do Ministério da Saúde da ordem de R$ 2 bilhões. Marival Pinheiro Lobão foi denunciado ao Ministério Público Federal por desvio de R$ 1 milhão dos cofres públicos, no período de 1996 a 1999, época em que foi secretário de Saúde do Estado, no governo de Roseana Sarney.O golpe começou a ser arquitetado em 1996, por meio da assinatura de contratos e de comodatos fajutos, envolvendo a Secretaria de Saúde, na época dirigida por Marival. Os contratos de comodatos que seriam assinados de 1996 a 1999, constituíram uma montagem para burlar a Lei n°8.666/93, que determina uma série de exigências nas relações entre poder público e empresas privadas.Das análises feita pela Corregedoria salta à vista a lógica de que a opção pelo contrato de comodato foi uma forma de burlar a legislação, abrindo caminho para a prática de uma série de atos suspeitos, em que se destacavam desvio de dinheiro público; enriquecimento ilícito; improbidade; apropriação indébita; grave lesão ao patrimônio público e dilapidação de bens.
http://www.jornalpequeno.com.br/2008/5/13/Pagina78440.htm
http://oimparcial.site.br.com/site/content/view/468/126/
SEUJOCA.BLOGSPOT.COM
Transcrito do blog do Chico Bruno, do Amapá, também vítima da cordialidade do "Grande Democrata"
Sarney x Jornal Pequeno
Golias contra Davi
O senador, ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP) ingressou na Justiça de Brasília com uma ação por danos morais contra o Jornal Pequeno, de São Luiz, pedindo uma indenização no valor de R$ 220 mil, através de dois advogados inscritos na OAB do Piauí – Marcus Vinicius Furtado Coelho e Flávio Aurélio Nogueira Júnior, alegando que o jornal publicou e divulgou por meio de material impresso e internet matérias cujo objetivo é a difamação, a injúria e a calúnia.
O senador José Sarney, que vive se insurgindo contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em nome das liberdades democráticas é um santo de pau-oco. Até pouco tempo, ele se gabava de nunca ter acionado na Justiça um jornalista sequer.
Mas, desde a eleição de 2006, quando por pouco não se reelegeu senador pelo Amapá e viu sua filha derrotada no Maranhão, o “buana” Sarney processa jornalistas e veículos de comunicação que não rezam pela sua cartilha.
Portanto, a ação contra o Jornal Pequeno não é novidade. Sarney está mal acostumado, haja vista, que conseguiu que o TRE do Amapá condenasse todos os que o criticaram durante as eleições de 2006 com o pagamento de pesadas multas por danos morais.
Até quem repercutiu um artigo de minha lavra “Depois de 16 anos de mandato, Sarney não conhece o Amapá" foi condenado, como é o caso dos jornalistas amapaenses Humberto Moreira e Domiciano Gomes.
Na campanha eleitoral de 2006, o “buana” Sarney mobilizou a Justiça para censurar todos os blogs do Amapá que divulgaram o movimento “Xô Sarney”, fruto de uma charge de autoria do artista plástico Ronaldo Roni.
Por exemplo, os jornalistas Alcinéa Cavalcante e Corrêa Neto, nem que vendam todo o patrimônio, conseguirão pagar o que a Justiça determinou.
Pelo que sempre fez no Maranhão e em 2006 no Amapá o “buana” demonstra que é um lobo travestido em pele de cordeiro. Sarney nunca foi o democrata que tenta fazer crer fora do Maranhão e do Amapá.
Na ação contra o Jornal Pequeno, os advogados de Sarney tentam provar que todas as matérias publicadas têm o intuito de “destruir uma reputação criada por anos de sofrimento e construir uma imagem denegrida e fora da conjuntura de um homem político, sério e que sempre buscou ajudar o povo brasileiro e principalmente seus conterrâneos maranhenses”.
Os advogados alegam ainda que, no dia 3 de abril, na coluna Atos, Fatos & Baratos, com o título de “A prostituta das provas”, o jornal tenta impor a idéia de fracasso e desespero, não só ao senador, mas a toda a sua família, “relatando também fatos inverídicos sobre seus filhos”.
O estranho é que somente agora, quando sua família foi apeada do poder no Maranhão, o senador Sarney se insurja contra o Jornal Pequeno.
Afinal, durante os anos em que a família Sarney esteve no poder o Jornal Pequeno sempre denunciou os mal feitos do grupo e nunca Sarney se importou.
A explicação é fácil, tão fácil como tirar pirulito da boca de menino:
No poder ele estaria massacrando um pequeno adversário, o que mancharia a biografia de democrata que ele “vende” ao país.
Agora, fora do poder, ele não tem nada a perder, muito pelo contrário, só tem a ganhar com a mordaça que pretende impor a um dos poucos veículos de comunicação do Maranhão que sempre ousou enfrentá-lo, haja vista, que os demais pertencem a sua família.
Publicado ou Escrito por Chico Bruno
A eleição deste ano além de uma prévia da de 2010 pode ser tambem a pá de cal na moribunda Oligarquia quarentona, o que me deixa meio preocupado é que seja o Governador a coordenar, porque vejo que ele não tem pulso e não sabe se impor, mas sinceramente estou torcendo pra que eu esteja errado. A LUTA CONTINUA!
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