1) A necessidade de reativar a Frente de Libertação não é, basicamente, para vencer a eleição de São Luís, mas, para manter unido o grupo que a formou em 2006, com os mesmos ideais. O principal deles é o de não permitir, por meio de nossa união, que o grupo que esteve no poder durante 40 anos e dilapidou o estado, continue atrapalhando o desenvolvimento do Maranhão como faz até hoje. Por que Lula não vem ao Maranhão? Só ao vizinho estado do Piauí, já foi 6 vezes. Semana passada esteve lá, o Maranhão é pertinho, e ele de lá foi para Manaus, muitíssimo mais longe. Quem não deixa Lula vir? Sarney, é lógico! Pois é o único quer não quer o presidente aqui, pois vindo ele, poderá resolver ajudar o Maranhão. E isso Sarney não quer. Assim, fica cristalino que temos que estar unidos para melhor reagirmos a essa discriminação presidencial motivada pelo cacique-mor, supra-sumo do patrimonialismo e do atraso. Política só vai com pressão. Não é hora de dispersar.
É verdade que eles não têm como apresentar candidato competitivo em São Luís. Venceremos unidos ou não. O importante é que nossa união tem que continuar. O governador não pode se omitir em São Luis. Se ele se decide, junto com a frente por uma candidatura, seja qual for, tenho certeza que todos o acompanharão. Precisamos estar unidos enquanto o Sarney tiver força no governo federal. Não vamos deixar que posições e interesses pessoais resultem em desunião. A causa do Maranhão é maior que tudo isso.
O povo maranhense espera isso de todos nós.
2)Desenvolvimento exige educação:Economista mostra como mão-de-obra mal preparada reduz a competitividade do Brasil (Edilson Coelho, de São Paulo) O gaúcho Gustavo Ioschpe é um privilegiado num país em que maioria da população é pobre. Filho de família rica, não precisou enfrentar as péssimas escolas públicas. Estudou nas melhores escolas brasileiras e graduou-se nos Estados Unidos. Fez Ciência Política e Administração Estratégica pela Wharton School, na Universidade da Pensilvânia, e mestrado em Economia Internacional e Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Yale. Apesar dessa formação, o economista está longe ser um acomodado quando o assunto é educação. Faz críticas ao sistema educacional, colocando o dedo em assuntos espinhosos.
– Filhos de famílias com alto poder aquisitivo têm de pagar universidade pública – afirma. – É ridículo favorecer uma elite brasileira num país pobre como o Brasil.
Além disso, comenta, o número de matrículas na universidade brasileira é inferior ao de países como Chile, Venezuela, Peru e Uruguai, que não são modelos de desenvolvimento. Para Ioschpe, o fracasso do sistema educacional é de responsabilidade não só dos professores, mas também dos gestores públicos e da sociedade brasileira. Nesta entrevista, ele analisa os problemas da educação e sugere o que pode ser feito para resolvê-los.
É possível a educação brasileira sair desta letargia?
– Acho que não só é possível, como é obrigatório. A questão educacional brasileira hoje é fundamental para a sobrevivência nacional, para a competitividade econômica. Deixou de ser uma questão que importa apenas pela educação e passou a ser uma questão que tem uma série de outras ramificações econômicas, mas também de bem-estar social. A educação tem uma ligação direta com a diminuição de violência, melhorias de saúde, enfim, uma série de resultados positivos que o Brasil não pode se dar o luxo de ignorar. E o país está numa posição na área econômica de competitividade internacional em que a defasagem educacional ameaça, se não impede, as possibilidades de desenvolvimento.
Por quê?
– Nos últimos 25, 30 anos, a partir da década de 1980, a maioria dos países desenvolvidos entendeu que a sua competitividade na produção de bens de alto valor agregado, para os quais a formação, o capital humano da população, é a ferramenta definitiva, imprescindível. Partiu-se, então, para um movimento de massificação do conhecimento nos seus níveis mais altos, ou seja, até o ensino superior. O Brasil ficou para trás. Uma pesquisa do ano 2000, com dados um pouco defasados, mostra que, se se comparar o número de pessoas com diploma universitário da população adulta do Brasil em relação a vários outros países, a diferença é de 1, 2, 3 pontos percentuais. Com exceção da Inglaterra e dos Estados Unidos, que tinham 17% e 25%, respectivamente, enquanto o Brasil, 8%. Inglaterra e Estados Unidos já eram países que com público universitário um pouco maior. Mas, se compararmos com Tailândia, Malásia, Chile, Argentina, Itália e França, o Brasil tem 8% e esses países, 9%, 10%. Basicamente o mesmo patamar.
Então o Brasil está bem na área universitária?
– Quando se compara a taxa de matrícula universitária atual, a diferença deixou de ser 1 ou 2 pontos para ser uma, duas, três ordens de grandeza. A taxa de matrícula universitária no Brasil hoje está na casa de 20%. Nos países desenvolvidos já está perto de 60%, com alguns países caminhando rapidamente para a universalização do ensino superior, como EUA, Finlândia, Coréia. Mas, mesmo quando a comparação é feita com países que têm tradição cultural e nível de renda parecido com o brasileiro, a situação é muito perigosa. Chile, Venezuela, Peru, Uruguai, que estão longe de serem modelos de países em desenvolvimento, têm o dobro da taxa de matrícula em relação ao Brasil. Essa defasagem começa a refletir-se agora com a importação de mão-de-obra. Quando se olham dados de produtividade da Organização Internacional do Trabalho, nota-se que o Brasil tem uma das mais baixas taxas de produtividade por trabalhador e a série histórica em declínio.
O fazer com a defasagem brasileira nos três níveis de ensino?
– A defasagem no universitário é um sintoma da defasagem de todo o processo. O primeiro problema é na alfabetização, que é uma competência, vamos dizer assim, uma tecnologia que já foi dominada pelos outros países – em alguns casos há mais de 100 anos – e na qual o Brasil ainda patina. Só 28% da população adulta brasileira são plenamente alfabetizados. O resto está em níveis diferentes de analfabetismo. Quase três quartos da população brasileira são analfabetos. Quando se compara essa realidade à de alguns países em que três quartos da população estão na universidade, o Brasil fica numa situação bastante precária.
Há jeito para isto?
– Não só tem jeito, como acho obrigatório que tenha jeito. Mas o que tem que se fazer é o contrário do discurso normalmente ouvido na mídia. A questão de investimento na educação no Brasil não é muito relevante, o Brasil investe basicamente o mesmo que outros países, inclusive desenvolvidos – que é em torno de 4%, 5% do PIB – mas investe muito mal. Em termos de montante é um valor razoável. O problema começa na primeira série do ensino fundamental. Não se consegue alfabetizar as crianças e isso vai virando uma bola de neve. Essas crianças têm má formação. Por conta disso, a maioria delas acaba abandonando a escola. Daqueles que sobrevivem, poucos chegam ao ensino superior e, dos que chegam, muitos vêm com uma capacitação deficiente. É daí que são formados os professores da nova geração, que vão ser professores da geração seguinte e a coisa vai se perpetuando.
Comentário do blog: Não tem jeito, nada é mais importante que um educação de qualidade.
3 comentários:
Ilustríssimo José Reinaldo Tavares, conte com meu apoio para prefeito de São Luís, Infelizmente, não poderei votar no senhor, pois sou eleitor de Arari, mas enfim, conforme falei no início, conte comigo para desfraldar a bandeira da Libertação durante a campanha. Um grande abraço e boa sorte !!! Sandro Jardim (sandro_jardim@hotmail.com)
Dr. José Reinaldo
Indagava-me há dias sobre a razão pela qual o presidente Lula não vai a São Luís mas é assíduo visitante do vizinho Piauí e de lá salta alegremente para o distante Amazonas.
Está sempre evitando o Maranhão. Que triste sina a do nosso Estado!! Parece até que temos algum tipo de "sarna" contagiosa...
No Piauí esteve civilizadamente ao lado do José Serra, seu adversário político mais feroz e no Amazonas a oposição às vezes demolidora, movida pelo senador Artur Virgílio, também não influiu nos rumos da recente peregrinação presidencial pelo norte/ nordeste, inaugurando obras do Pac etc.
Estranho fenômeno pensava eu. Agora suas palavras acendem uma luz nas trevas de minha ignorância.
Há que convir, outrossim, que nossa representação em Brasília é pífia, pouco se destaca, especialmente a senatorial. Os nossos "representantes", são tão apagados, que em caso de abdução ninguém lhes notaria a ausência.
Quanto a esse "poder" do senador do Amapá, mencionado em seu artigo, alimento algumas dúvidas.
Como se sabe, a derrota é orfã, e o presidente Lula não há de apreciar muuuuita "intimidade" com perdedores, obviamente.
Também espertíssimo, fareja à distância um "mico" e sabe driblar como ninguém as "as saias justas" que tentam costurar para enredá-lo.
Seria trágico um "conselheiro" nada poder apresentar ao Chefe. Parcerias com vencidos, quem as quer divulgar??
Como ocultar a falta de realizações maravilhosas efetuadas durante 40 anos de mando imperial?
O mundo moderno apoia-se na tecnologia e as telecomunicações mudaram conceitos e valores.
"Caciques" anacrônicos não impressionam mentes mais exigentes. Tornaram-se peças exóticas de museus arqueológicos.
Já não existem compartimentos estanques neste universo em mutação constante, a partir da poderosa internet com os blogs e sites independentes, poderosos veículos transformadores movidos à força da informação.
Suas palavras em relação à política partidária maranhense são sábias.
DIVIDIR PARA CONQUISTAR é uma técnica antiga, empregada por hábeis estrategistas que colecionaram vitórias, do mesmo modo que assistimos aos exemplos palpáveis, bem recentes, de que a UNIÃO FAZ A FORÇA.
Oxalá os candidatos à sucessão municipal não se deixem conduzir pela vaidade pessoal e raciocinem com base na Lógica, pois contra esta não há argumentos.
Cordialmente a leitora
Magdala Domingues Costa
"Não vamos deixar que posições e interesses pessoais resultem em desunião. A causa do Maranhão é maior que tudo isso.O povo maranhense espera isso de todos nós" Essas frases resumem tudo, é realmente isso que milhões esperam de vcs. è comos sempre digo o seu governo foi rateado entre políticos, mas havia técnicos competentes tb e foi possível TRABALHAR de verdade e o melhor com um planejamento com uma meta-mor: por fim a pobreza e isso tb precisa continuar, não só a frente , mas esta meta!, não só por fim a oligarquia, mas esta meta, não perca isso de vista, por favor! Abraços Meire
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