sábado, 14 de junho de 2008

Contraponto

1) Atos, Fatos & Baratos (Data de Publicação: 13 de junho de 2008) “Rei da Mordaça ataca de novo”. O jornalista Corrêa Neto recebeu, terça-feira, mais uma citação do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá para pagar R$ 29.900,35. Com isso, Corrêa ultrapassa os R$ 900 mil em dívidas referentes às ações movidas pelo advogado do senador José Sarney (PMDB-AP), nas quais o jornalista foi condenado pelo TRE. Corrêa jura que não tem recursos nem bens, nem expostos nem escondidos, como muitos políticos têm. Com o título “Sarney não perde uma”, Corrêa Neto comenta o seguinte em seu blog:

‘Recebi hoje mais uma citação do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, essa para pagar R$ 29.900,35 (vinte e nove mil novecentos reais e trinta e cinco centavos). Com isso ultrapasso os R$ 900 mil em dívidas referentes às ações movidas pelo advogado do senador José Sarney, nas quais fui condenado pelo próprio TRE. Juro que não tenho dinheiro nem bens, nem expostos nem escondidos, como muitos políticos têm. Vou ficar devendo. Só quero lembrar da situação dos juizes que condenam com tanta facilidade, quando o interessado na condenação é um político que nem o Sarney. Ainda bem que eles têm muito tempo para pensar no assunto’, disse Corrêa Neto.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, o senador José Sarney tentou de todas as formas calar os jornalistas amapaenses. Moveu mais de cem ações contra jornalistas, blogs, jornais e programas de rádio no Amapá. E ganhou todas no TRE. As multas que o TRE-AP aplicou à jornalista Alcinéia Cavalcante por causa de Sarney, acrescidos os juros, já chegam a dois milhões de reais. Mais recentemente, o ex-presidente da República ingressou na Justiça de Brasília com uma ação por danos morais contra o Jornal Pequeno pedindo uma indenização no valor de R$ 220 mil. Enquanto isso, há 139 dias um processo de cassação contra Sarney está retido na Procuradoria Geral Eleitoral (PGR). Impetrado pelo candidato derrotado a vice-governador no Amapá, Joel Cilião, já foi duas vezes para a PGE. Chegou dia 19 de outubro e foi despachado no dia 07 de novembro do ano passado e desde então permanece ali parado. (Por John Cutrim www.johncutrim.zip.net)

Link:http://www.jornalpequeno.com.br/2008/6/13/Pagina80501.htm

Comentário do Blog: A atitude do Senador José Sarney é dúbia como sempre. Como proprietário de uma poderosa rede de mídia, que usa, como disse à Revista Carta Capital, para fazer política e ele permite e orienta os seus jornalistas clones a caluniar e insultar seus adversários políticos. Como político no Amapá e no Maranhão, ele processa jornalistas que lhe criticam tentando intimidar e calar. É um exemplo de coerência e de práticas democráticas.

2) O jornalista Clovis Rossi, articulista da Folha de São Paulo, comentando a entrevista que Sergio Dávila fez com o sociólogo Immanuel Wallerstein, destaca um trecho em que ele diz:”Não acho que as ações do presidente dos EUA nesse momento histórico importem muito para a economia mundial. Essa já tem uma dinâmica própria que passa ao largo da Casa Branca”. E Rossi deduz:”Se passa ao largo da Casa Branca passa muito mais ao largo de qualquer outra casa de governo do planeta”.

Restam aos políticos, continua Clovis Rossi, o papel de “contadores de histórias”diz o também francês Christian Salmon para quem contar histórias é “a nova arma de distração de massas” dos políticos, segundo afirmou em entrevista para a “Foreign Policy”, edição espanhola. Trecho que lhe parece essencial:”Quando um político se convence de que não tem poder de influir na história, só lhe resta dedicar-se a relatá-la.(...)Se a política se torna cada vez mais um espetáculo, um cenário ou uma narração, é porque os políticos não tem nada de transcedente a contar”. Olhe ao redor, ouça os sons da política brasileira e decida-se.
Salmon está certo ou errado?

Comentário do Blog: Essa teoria pode até está certa no mundo estruturado e desenvolvido da Europa, mas aqui no Maranhão estamos muito longe disso. Basta observar o que aconteceu com o nosso estado, que sem ter nenhum problema climático, dotado de natureza generosa, era até 2002 o estado mais pobre e atrasado do país. Por culpa do grupo político que dominava o estado e que privou dos maranhenses uma educação de qualidade quando deixou 159 dos 213 municípios do estado sem ensino médio além de outras barbaridades.

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