quinta-feira, 15 de abril de 2010

João Alberto é vaiado em Imperatriz e o povo faz protesto contra Roseana

“1, 2, 3, foi Jackson quem fez”, gritaram torcedores na inauguração do Estádio Frei Epifânio D’Abadia

O vice-governador do Estado, João Alberto, foi vaiado, terça-feira, à noite, durante o jogo do Imperial (Combinado Imperatriz/JV Lideral) contra o Peñarol, do Uruguai, que marcou a reabertura do estádio Municipal Frei Epifânio D’Abadia, em Imperatriz. Além das vaias a João Alberto, torcedores levantaram faixas com mensagens de protesto contra a governadora Roseana Sarney.

De acordo com o relato de jornalistas da região tocantina, João Alberto foi vaiado quando, antes da partida inaugural, afirmou em seu pronunciamento que, graças e somente à governadora Roseana Sarney (que não compareceu ao evento já temendo manifestações de protesto por parte da população) ocorreu a reforma do estádio Frei Epifânio. A multidão reconheceu a importância da obra e gritou em coro: “1, 2, 3, Foi Jackson quem fez!”.

O novo Frei Epifânio foi inaugurado oficialmente durante a manhã, com a presença apenas de políticos, secretários de estado e do município e alunos de uma escola estadual local, a Nascimento de Moraes, localizada no Bairro Santa Rita. Porém, o teste de fogo seria à noite com o torcedor.

A festa começou com o Hino Nacional. Aplausos da galera para a execução do Hino Nacional que ficou a cargo da dupla imperatrizense César e Mateus. Em seguida, o Hino de Imperatriz, de autoria do ex-prefeito e ex-governador José de Ribamar Fiquene; palmas para Erasmo Dibel, que cantou e encantou. Depois, a vez do Hino do Uruguai, a alegria era geral e palmas para o Hino dos “Hermanos”. Antes, a torcida tinha aplaudido a entrada do Combinado JV-Imperatriz e os próprios uruguaios. Agora, quando o locutor oficial do governo do Estado, o ex-superintendente de Esportes, Giovani Di Pinho, anunciou que o vice-governador João Alberto, acompanhado de um secretário de estado, daria o pontapé inicial para começar a partida, irrompeu então uma estrepitosa vaia. O barulho foi ensurdecedor e desistiram do pontapé. E quando aconteceu o tal pontapé, o torcedor gritou: Jackson, Jackson, Jackson. O pré-candidato a deputado federal e ex-senador Chiquinho Escórcio (PMDB) ficou atordoado enquanto perguntava atônito para o presidente da Aclem, Tércio Dominici, e outros: o que eles estão gritando?

“As vaias deveriam ser para Roseana Sarney, mas ela não teve coragem de aparecer, pois inaugurou o estádio pela manhã e nem deu o ar da graça à noite já temendo o pior. Mas além da vaia que o João Alberto levou, que na verdade não era para ele, houve outro momento de vaia. Foi quando o locutor falou da substituição do jogador e disse: “Governo do Estado informa a substituição”. Pense numa vaia. Mas também, foi a primeira e última vez que ele falou em nome do governo”, afirmou João Guimarães, morador de Imperatriz, em e-mail enviado à redação do Jornal Pequeno.

Segundo ele, alguns torcedores levaram faixas de protesto com os seguintes dizeres: “Roseana covarde, tem medo de enfrentar o povo de Imperatriz”. E outra: “Obrigado Jackson”.

A polícia entrou em campo para tentar tomar as faixas e a torcida reagiu gritando: “Jackson, Jackson...”. Os policiais acabaram deixando o protesto acontecer sem nenhuma repressão.

O jornalista Marcos Franco diz em seu blog que a governadora Roseana Sarney não compareceu à inauguração do estádio porque teve medo do povo. Segundo Franco, ao saber que Roseana Sarney seria recebida sob vaias, a cúpula do governo desfez a agenda e marcou a inauguração para a manhã de terça-feira, fazendo a partida inaugural, à noite, ser apenas coadjuvante na solenidade de entrega da obra.
(Com informações dos blogs do Isnande, de Marcos Franco e de Frederico Luiz)

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