quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reunião reforça divergência entre PT e PMDB em MG

A duas semanas das convenções que oficializarão a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, PT e PMDB não conseguem chegar a um acordo em Minas Gerais.

Representantes das duas legendas reuniram-se por mais de três horas, em Belo Horizonte. Não produziram senão desavenças.

Estava entendido, diziam as cúpulas nacionais dos sócios majoritários da aliança governista, que Dilma teria um único palanque em Minas.

Pois bem, no encontro belorizontino, a divergência começou já no tópico que antecede a escolha do candidato.

O PMDB invoca a liderança de Hélio Costa nas pesquisas (mais de 50%), para exigir que o PT o apóie.

O PT de Fernando Pimentel diz que a coisa não é bem assim. Quer que sejam levadas em conta não as pesquisas quantitativas, mas as qualitativas.

De resto, o petismo alega que deve pesar a opinião dos outros partidos. Participaram da reunião, aliás, prepostos do PCdoB, do PRB e do PR.

Terminada a arenga, o ex-prefeito Juiz de Fora, Tarcísio Delgado (PMDB), a voz de Hélio Costa na reunião, saiu cuspindo fogo:

“Precisamos saber até quando a posição desses membros do PT de Minas pode se sobrepor à vontade do presidente Lula. É uma avaliação que precisa ser feita, para saber até onde vai isso".

Procurador de Fernando Pimentel, o presidente do PT mineiro, deputado Reginaldo Lopes, também soltou a língua:

“Não admitimos escolha por pesquisa quantitativa. Queremos fazer um processo democrático para escolha do candidato...”

“...Se não for assim, na política, parece que a comissão é ‘do faz-de-conta’. E eu não participo de teatro”.

Sempre se disse que, em Minas, PT e PMDB estavam condenados a brigar. Bobagem. As duas legendas, em verdade, já nem se falam. A decisão terá que vir de cima.

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