terça-feira, 13 de maio de 2014

OPOSIÇÃO UNIDA PARA VENCER

Com a ajuda de Eduardo Campos e de Aécio Neves a oposição fechou a chapa majoritária em torno da candidatura de Flávio Dino ao governo do Maranhão. Nesse sentido, coube ao PSB indicar o candidato ao senado, que é Roberto Rocha, e coube ao PSDB indicar o candidato a vice-governador, cujo escolhido foi Carlos Brandão.

Com efeito, democraticamente a oposição completa a fase de formação da sua chapa em inédita aliança e se prepara, unida e forte,  para a disputa eleitoral.

Enquanto isso, do lado da família Sarney, a confusão – aquela mesma que culminou com a desistência de Roseana Sarney em se candidatar ao senado e o consequente sepultamento da candidatura de Luís Fernando ao governo - continua. Para tentar dar um mínimo de estabilidade política e tentar evitar o fim prematuro do grupo - em caráter emergencial - já sem nomes disponíveis, apresentaram  um dos filhos do ministro Edison Lobão como candidato ao governo. O novel candidato, porém, nunca disputou uma eleição e se mostra, nesses primeiros momentos, extremamente despreparado. Nunca vimos uma candidatura mais incipiente para a disputa democrática como esta.

Edinho Lobão começou a campanha com uma reunião que ficou notabilizada pelos insultos à familiares dos candidatos da oposição, utilizando palavras de baixo calão, passando por tentativas de publicar falsas pesquisas (que foram, diga-se de passagem, rapidamente coibidas pela justiça eleitoral) e indo até ao disparate do oferecimento de dinheiro para que alguém apresentasse alguma coisa contra Flávio Dino... Enfim, percebam que esse último fato por si só mostra como é limpo o candidato da oposição, e como é destrambelhada a candidatura governista.

Agora me digam: o que esperar de uma pessoa que se apresenta dessa maneira? Como o candidato parece não se importar com as regras legais, é importante que a oposição se prepare para coibir qualquer tentativa de fraude e fazer como fizemos em 2006.

Mudando de assunto, as coisas não estão boas para a presidente Dilma. As pesquisas estão mostrando uma queda contínua de popularidade e da aprovação do governo, o que é muito ruim para quem é candidato a reeleição. O segundo turno já está se tornando uma certeza e o discurso desconexo da presidente não ajuda em nada o seu projeto. Nesse ínterim, Eduardo Campos, segundo o Data Folha, continua tendo o maior potencial de crescimento. A pesquisa realizada entre 7 e 8 de maio mostra que Campos continua o líder, ao considerarmos esse critério. Dessa forma, sabe-se que quase 90 por cento dos eleitores não votam nele, mas conforme os cálculos do instituto, Eduardo tem potencial de abocanhar 64 por cento de seus atuais não eleitores.

Com Dilma a situação é inversa. Ela tem 37 por cento das intenções de voto, 63 por cento de não eleitores, portanto. Mas, devido a alta rejeição – na casa dos 35 por cento – e outros fatores, seu potencial de obtenção de novos votos é o mais baixo, em torno de 20 por cento, o mesmo índice de abril. O problema de presidente é o alto contingente de eleitores que em hipótese nenhuma migrariam para ela: número que chega a 43 por cento, segundo o instituto. Aécio fica em posição intermediária. Seu potencial é de 49 por cento. Mas há 31 por cento do eleitorado que ele pode considerar uma causa perdida. Portanto, Eduardo Campos, o candidato do PSB, o mesmo que disse a José Sarney que este iria para a oposição, tem condições reais de vencer a eleição.

E a coisa não para por aí... O TCU apontou falhas na condução da política de energia comandada pelo Ministério das Minas e Energia, comandado por Edison Lobão. Segundo o acórdão que resultou de sessão ocorrida na quinta-feira passada, são quatro os pontos críticos apontados pelo tribunal: falhas no planejamento da expansão da capacidade de geração, supervalorização da garantia física das usinas, indisponibilidade de parte do parque de geração termelétrica e atraso na entrega de obras de geração e transmissão de energia elétrica. Ou seja, está tudo errado no setor elétrico e isso já está paralisando grandes investimentos do setor industrial, que não tem ideia de quanto custará a tarifa de energia a partir do próximo ano. 

A crise causada pela má gestão do ministério também chegou ao Maranhão e à Alumar, devido ao alto custo da energia elétrica atual e das incertezas no futuro, o que ameaça desempregar grande número de funcionários, muito ruim para um estado de pouco emprego. Ademais, o ministério continua com as providências para levar o gás natural do Maranhão para Barcarena, no Pará, deixando o porto e as indústrias maranhenses sem o gás, fundamental para baixar o custo de energia. Uma irresponsabilidade que silenciosamente vai se tornando realidade. E o ministro é maranhense. Imaginem se não fosse.

Por fim, foi com muita tristeza que vimos uma filmagem que mostrava o Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana destruído, com chuva forte caindo copiosamente dentro do auditório principal, sobre as cadeiras, o teto praticamente todo mofado, inabitável. Vejam que há apenas 8 anos entreguei o Centro novinho em folha, elogiado em todo o Brasil. Mas nunca fizeram a licitação para escolher uma empresa especializada em operar esses empreendimentos e em atrair empresas e conferências para manter a finalidade do local, que é a de manter um fluxo permanente de turismo de negócios fundamental para manter ocupados ao quartos dos hotéis e criar empregos.

Roseana destruiu tudo em poucos anos. Mas isso já se sabe. Eles são especialistas em destruir o que foi construído com muito sacrifício.

Leitores amigos, tenham isso em mente no próximo mês de outubro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pior do que destruir um auditório, é destruir nossa antiga boa reputação de gente nascida nessa terra, que se chama Maranhão. Quando viajamos para fora há uma tentativa de nos identificar como gente do Sarney, sinônimo este de malversação da coisa pública e representante dileto do antirrepublicanismo. Em síntese, o sarneysismo conseguiu uma proeza: tornar-se um adjetivo igual a malufismo. Eu, hein!

Fernando Coelho disse...

Passei a admirar o Sr. José Reinaldo Tavares, a partir do momento em que decidiu romper com o grupo sarney. No ano de 2006, eu morava na cidade de Urbano Santos e nesse período, a maior humilhação para o povo daquela região, era a triste realidade da estrada que ligava o município de Urbano Santos ao Povoado Placas, na BR 222, próximo à Vargem Grande. Naquela época, eu e minha família apoiamos a candidatura do Sr. Edson Vidigal, ao governo do Maranhão e ajudamos assim, a derrotar a filha do sarney.