O governo de Roseana Sarney faz sempre uma leitura muito particular
dos dados e indicadores sociais do Maranhão. Para eles o Maranhão está
melhorando e vai muito bem. Acontece que para a população e para o Mapa da
Violência 2014 – que não por acaso é uma entidade especialista nos indicadores
de violência no país - o quadro é muito ruim e reflete de fato um descontrole.
Com o Maranhão envolvido em uma onda de violência como nunca se supôs
acontecer no antes pacato estado, dentro ou fora das cadeias, nas ruas ou nas
prisões, nos tornamos conhecidos como uma terra violenta e carente de
segurança. Essa é a realidade sentida pelo povo do Maranhão e pelos
especialistas.
O efeito disso é terrível, social ou economicamente, pois além de
afetar o dia a dia dos moradores, também os turistas evitam vir para cá. Óbvio
que não só a insegurança latente faz esse papel, mas também há outros fatores,
como a poluição das praias, que refletem de maneira direta no baixo nível de
empregos e no baixo retorno financeiro para quem investiu na construção de
hotéis e outros equipamentos típicos da indústria do turismo. O que antes
parecia uma vocação nata do estado - por causa das praias, dos Lençóis
Maranhenses, das quedas d’agua, dos chapadões, do casario colonial, da ‘São
Luís Patrimônio Cultural da Humanidade’, da culinária, do povo alegre e
receptivo, perfil que atraía tanta gente para cá, ávida por conhecer as belezas
maranhenses – tudo isso ficou no passado e nem o famoso carnaval e as festas de
São João conseguem fazer com que as pessoas se animem a vir para cá. Os hotéis
vazios testemunham o que digo.
Enquanto isso, ansiosos por divulgarem qualquer fato que possa parecer
positivo, os meios noticiosos da família Sarney deram grandes manchetes sobre o
Mapa da Violência 2014, pois ao pegarem o número isolado da taxa de homicídios
por mil habitantes no Maranhão, tentaram mais uma vez enganar a população,
“informando” que o estado apresentava a sexta
taxa do país e que, portanto, éramos um estado razoavelmente seguro, com
apenas 26 homicídios por 100 mil habitantes.
Já diz o velho adágio popular que mentiras têm perna curta e - mais
uma vez - basta a leitura do Mapa da Violência de 2014 (os dados vão até 2012,
e não incluem ainda o ‘recorde’ macabro de 2013 e dos primeiros meses do ano de
2014, que trazem dados muito piores que os divulgados) para observar que temos
a terceira maior taxa de crescimento de homicídios por 100 mil habitantes do
país (162%) no período entre 2002 e 2012. Ou seja, são 9,9 assassinatos a cada
100 mil em 2002 e assustadores 26 assassinatos por 100 mil em 2012. A taxa
maranhense só cresceu menos do que a da Bahia (221,6%) e a do Rio Grande do
Norte (229,1%). E a capital, São Luís, é a sétima mais violenta de todas,
contando com 55,4 assassinatos por 100 mil habitantes. Só perde para Manaus,
Vitória, Recife, Salvador, João Pessoa, e Maceió. Dentro do estado, só
Presidente Dutra e Imperatriz apresentam resultado piores do que São Luís.
Pois bem, flagrados na mentira, disseram que entre 2002 e 2012, o
período mais violento ocorreu no meu governo e que no governo de Roseana teria
melhorado. Contudo, é fácil ver na publicação as mentiras que apregoam. Em 2006,
quando saí do governo, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes era de 15,0 (quase
metade da taxa do Brasil, que era de 26,3) e em 2012 - em 2013 piorou ainda
mais - a taxa do maranhão já estava em 26,0 (quase igual a do Brasil, que é de
29,0). Isto prova indubitavelmente o crescimento descontrolado da violência no
governo de Roseana Sarney, muito maior do que o crescimento da média nacional,
evidenciando de forma escancarada que o governo dela perdeu o controle da
violência no estado. Na capital então é inacreditável o que aconteceu.
Infelizmente essa é uma realidade brutal, resultado de tanta
indolência e indiferença da parte de um governo omisso e irresponsável para com
a população maranhense.
Para finalizar, comento o artigo da semana passada, sobre o qual um
leitor atento lembrou ainda da luta que tivemos para trazer a Embrapa para o Maranhão.
Esta é uma iniciativa que precisa ser completada, tal a importância para o
nosso desenvolvimento, particularmente da agricultura em geral e principalmente
para a modernização da agricultura familiar do estado. O leitou salientou que
com todo o poder do senador José Sarney, com a ressalva de ter sido presidente
da República por cinco anos, nunca decidiu trazer esse órgão e o deixou ir para
o Piauí.
Como sempre, o Maranhão ficou privado dos benefícios que decorrem em
sediar um órgão com singular importância de pesquisa e desenvolvimento, razão
pela qual é desejado por vários países pobres espalhados pelo planeta.
Um comentário:
Caro JOSÉ Reinaldo.somos eternamente agradecidos pela sua atitude quando governador.
Primeiro , deixou de ser Senador da Republica por amor ao nosso Querido Maranhão.Como governador o senhor deu o pontapé inicial para loberdade do nosso povo.Jacsom Lago foi eleito Governador, infelismente logo depois os homens de toga tiraram nosso direito de escolhermos nosso Governante, cassando o mandato de Jakson Lago, eleito pela livre vontade da maioria do povo Maranhese.Na eleição seginte, seria sua vez de ser o nososo Senador, aparecram mais duas candidaturas os votoso foram divididos e a oposição perdeu a vaga do Senado e com isso, perdeu o povo pobre do Maranhão, este ano seria mais por grstidão por tudo que o senhor já fizera a sua vez d eser nosso senador. \mais, em nome da liberdade o senhor aceitou pacificamente ser candidato a Dep federal , e, se os maranhenses tiveraem a grandeza de reconhecer sua luta pela nossa liberdade, seguramente o senhor será o Dep Federal mais votado na s próximas eleições, conte com meu apoio e de muitos amigos. um abraçõ Batista Barros
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