Nas últimas semanas, o tom das especulações e das críticas na
demora da minha filiação a algum partido político foi aumentando, com o objetivo
de enfraquecer o projeto de uma temida terceira via para as eleições no
Maranhão. O prazo para troca de partido - a chamada janela partidária - encerra
nesta semana. Além disso, todos precisam estar filiados a um partido político 6
meses antes da eleição e eu estava sem partido desde dezembro, quando saí do
PSB.
A terceira via no Maranhão é um anseio de muitos que não
estão satisfeitos com os candidatos mais consolidados na disputa. Há um espaço
enorme para uma candidatura que traga ideias novas com potencial para resolver o
que o povo sintetiza como “um estado rico com um povo muito pobre”, frase que
se impõe nas pesquisas qualitativas que cobrem todo o estado.
Afinal, se o quadro de pobreza do estado permaneceu
inalterado ou crescente nesses governos, por que então repetir?
O povo não quer um estado rico com um povo pobre. Não tem
nenhum sentido para ninguém. O que o povo quer mesmo é um estado rico com um
povo rico ou pelo menos uma vida digna, sem desigualdade social e com
oportunidades iguais para todos.
Para quem está no governo, então, isso é um perigo muito
grande. Daí decorre a tentativa clara de impedir que eu conseguisse uma solução
partidária para materializar o projeto da terceira via, cujo objetivo maior é
mudar os rumos e as prioridades do governo e atacar com eficiência as causas
primárias de nossa pobreza.
Para isso se expuseram até ao ridículo, para que eu não fosse
para o DEM. Porém, eu tenho amigos, não só no Maranhão, mas em todo o Brasil.
Assim é que estamos no jogo e vamos firmes para a luta por um
Maranhão melhor. Para que tudo fique bem claro, vou repetir trechos do
comunicado que fiz para a imprensa.
“Tenho uma antiga e sólida ligação com o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin. Fomos colegas na Câmara dos Deputados, fomos
vice-governadores e, em seguida, governadores de nossos estados, na mesma
época. Possuo muito respeito pelo homem e pelo político Alckmin. Conservo
também uma amizade muito antiga e forte com o coordenador da campanha do
governador Alckmin à Presidência, senador Tasso Jereissati, pois vivemos juntos
grandes episódios da história política brasileira e isso permitiu que, por
diversas vezes, conversássemos sobre o Maranhão.
Na terça-feira, dia 27, à noite, recebi uma ligação do
governador me convidando para ir a São Paulo conversarmos, convite que eu
prontamente atendi na quarta-feira passada (28).
Tivemos um longo e produtivo diálogo. O governador pediu
apenas que eu aguardasse uma conversa sua com o senador Roberto Rocha,
presidente do partido no Maranhão. Queria ouvi-lo sobre o que discutimos. Ontem
(30), sexta-feira, logo cedo pela manhã, ele me ligou para dizer que tinha
conversado com Roberto Rocha que, por sua vez, teceu elogios à minha pessoa, o
qual agradeço agora, publicamente. Roberto afirmou que não havia impedimento da
parte dele para que esse entendimento pudesse se concretizar. Com essa
compreensão, esclareço o que ficou decidido:
O governador Alckmin terá, como em São Paulo, dois palanques
no Maranhão. Um, do seu partido, o PSDB, que terá como candidato a governador
Roberto Rocha e outro palanque com Eduardo Braide, candidato ao governo do
Maranhão, pelo PMN, também com o apoio de Alckmin.
Eu, portanto, me filiarei ao PSDB, serei candidato ao Senado
e apoiarei Alckmin nos dois palanques. Além do apoio que recebi do governador
paulista, discutimos muito a sua campanha no estado e fiz um acordo com ele.
Se eleito presidente do Brasil, Geraldo Alckmin apoiará os
projetos estruturantes do Maranhão, bem como viabilizará o programa proposto
pelo Nobel de Economia, James Heckman, a ser transformado em projeto social por
mim e outros, com objetivo de diminuir a desigualdade e a pobreza, preparando
melhor as novas gerações de maranhenses.
Consegui ainda o compromisso de Alckmin com a nossa refinaria
e com o polo petroquímico, que trará milhares de empregos e empresas para o
Maranhão. Firmamos compromisso também com o Centro Espacial Brasileiro de
Alcântara, com o Programa Espacial Brasileiro, com o apoio à vinda de um parque
da indústria espacial para Alcântara e com o Fundo de Desenvolvimento das
Comunidades Quilombolas de Alcântara, que estou propondo.
O governador prometeu uma Cooperativa de Microcrédito para
homens e mulheres pobres poderem ter acesso a dinheiro barato e, assim, abrirem
seus pequenos negócios, além de apoio técnico de São Paulo para qualificar
professores, capacitar trabalhadores maranhenses para o trabalho, além do apoio
firme para o nosso Sistema de Saúde e nossa Segurança.
Dessa forma, meus amigos, entraremos firmes na campanha, não
apenas a eleitoral, mas na mais importante de todas, a de combater as causas
ainda intocadas da pobreza em nosso Estado – a minha maior aspiração como homem
público. Vamos juntos colocar o Maranhão em novo patamar de desenvolvimento”.
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