terça-feira, 3 de abril de 2018

ESTADO RICO COM POVO MUITO POBRE


Nas últimas semanas, o tom das especulações e das críticas na demora da minha filiação a algum partido político foi aumentando, com o objetivo de enfraquecer o projeto de uma temida terceira via para as eleições no Maranhão. O prazo para troca de partido - a chamada janela partidária - encerra nesta semana. Além disso, todos precisam estar filiados a um partido político 6 meses antes da eleição e eu estava sem partido desde dezembro, quando saí do PSB.
A terceira via no Maranhão é um anseio de muitos que não estão satisfeitos com os candidatos mais consolidados na disputa. Há um espaço enorme para uma candidatura que traga ideias novas com potencial para resolver o que o povo sintetiza como “um estado rico com um povo muito pobre”, frase que se impõe nas pesquisas qualitativas que cobrem todo o estado.

Afinal, se o quadro de pobreza do estado permaneceu inalterado ou crescente nesses governos, por que então repetir?

O povo não quer um estado rico com um povo pobre. Não tem nenhum sentido para ninguém. O que o povo quer mesmo é um estado rico com um povo rico ou pelo menos uma vida digna, sem desigualdade social e com oportunidades iguais para todos.

Para quem está no governo, então, isso é um perigo muito grande. Daí decorre a tentativa clara de impedir que eu conseguisse uma solução partidária para materializar o projeto da terceira via, cujo objetivo maior é mudar os rumos e as prioridades do governo e atacar com eficiência as causas primárias de nossa pobreza.

Para isso se expuseram até ao ridículo, para que eu não fosse para o DEM. Porém, eu tenho amigos, não só no Maranhão, mas em todo o Brasil.

Assim é que estamos no jogo e vamos firmes para a luta por um Maranhão melhor. Para que tudo fique bem claro, vou repetir trechos do comunicado que fiz para a imprensa.

“Tenho uma antiga e sólida ligação com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Fomos colegas na Câmara dos Deputados, fomos vice-governadores e, em seguida, governadores de nossos estados, na mesma época. Possuo muito respeito pelo homem e pelo político Alckmin. Conservo também uma amizade muito antiga e forte com o coordenador da campanha do governador Alckmin à Presidência, senador Tasso Jereissati, pois vivemos juntos grandes episódios da história política brasileira e isso permitiu que, por diversas vezes, conversássemos sobre o Maranhão. 

Na terça-feira, dia 27, à noite, recebi uma ligação do governador me convidando para ir a São Paulo conversarmos, convite que eu prontamente atendi na quarta-feira passada (28).

Tivemos um longo e produtivo diálogo. O governador pediu apenas que eu aguardasse uma conversa sua com o senador Roberto Rocha, presidente do partido no Maranhão. Queria ouvi-lo sobre o que discutimos. Ontem (30), sexta-feira, logo cedo pela manhã, ele me ligou para dizer que tinha conversado com Roberto Rocha que, por sua vez, teceu elogios à minha pessoa, o qual agradeço agora, publicamente. Roberto afirmou que não havia impedimento da parte dele para que esse entendimento pudesse se concretizar. Com essa compreensão, esclareço o que ficou decidido:

O governador Alckmin terá, como em São Paulo, dois palanques no Maranhão. Um, do seu partido, o PSDB, que terá como candidato a governador Roberto Rocha e outro palanque com Eduardo Braide, candidato ao governo do Maranhão, pelo PMN, também com o apoio de Alckmin.

Eu, portanto, me filiarei ao PSDB, serei candidato ao Senado e apoiarei Alckmin nos dois palanques. Além do apoio que recebi do governador paulista, discutimos muito a sua campanha no estado e fiz um acordo com ele. 

Se eleito presidente do Brasil, Geraldo Alckmin apoiará os projetos estruturantes do Maranhão, bem como viabilizará o programa proposto pelo Nobel de Economia, James Heckman, a ser transformado em projeto social por mim e outros, com objetivo de diminuir a desigualdade e a pobreza, preparando melhor as novas gerações de maranhenses. 

Consegui ainda o compromisso de Alckmin com a nossa refinaria e com o polo petroquímico, que trará milhares de empregos e empresas para o Maranhão. Firmamos compromisso também com o Centro Espacial Brasileiro de Alcântara, com o Programa Espacial Brasileiro, com o apoio à vinda de um parque da indústria espacial para Alcântara e com o Fundo de Desenvolvimento das Comunidades Quilombolas de Alcântara, que estou propondo. 

O governador prometeu uma Cooperativa de Microcrédito para homens e mulheres pobres poderem ter acesso a dinheiro barato e, assim, abrirem seus pequenos negócios, além de apoio técnico de São Paulo para qualificar professores, capacitar trabalhadores maranhenses para o trabalho, além do apoio firme para o nosso Sistema de Saúde e nossa Segurança.

Dessa forma, meus amigos, entraremos firmes na campanha, não apenas a eleitoral, mas na mais importante de todas, a de combater as causas ainda intocadas da pobreza em nosso Estado – a minha maior aspiração como homem público. Vamos juntos colocar o Maranhão em novo patamar de desenvolvimento”.

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