segunda-feira, 14 de abril de 2008

Armação muito Limitada

A trama armada pelo senador José Sarney para tirar o governador Jackson Lago do governo começa a enfrentar a realidade. Isso ficou muito claro na oitiva das testemunhas de acusação arroladas por Sarney. Segundo o advogado de Jackson Lago, o experiente e competente Flavio Dino, o processo é inconsistente e o depoimento das testemunhas de acusação foi pífio.

Cai assim mais uma tentativa de tornar juridicamente consistente o processo para cassar, na marra, o diploma do governador. Até um poste sabe no Maranhão que Sarney nenhum ganha mais eleição majoritária no estado. Talvez, se fizerem como José Sarney, que se mandou para o Amapá, ainda consigam alguma coisa. Mas aqui no Maranhão não!

A medida que a educação avança e melhora no estado, e o povo vai tomando consciência do que aconteceu aqui nestes 40 anos de domínio absoluto dos Sarney, e não gosta do que vai conhecendo da oligarquia, o voto em alguém da família vai definhando. Só se mantiveram no poder, nesses anos todos, pelo medo que despertavam nos políticos, empresários e muitos pais de família que eram funcionários públicos, além, é claro, do bombardeio da mídia miranteana, deturpando, criando factóides, mentindo, caluniando. A televisão mantinha manietados os que precisavam de publicidade, como alguns artistas, alguns intelectuais, empresários em geral. Não queriam entrar no livro negro da família.

Como se não bastasse todo esse poder, desfrutam de muita força em todos os poderes institucionais, o que sempre foi usado como chantagem, intimidando todos aqueles que tivessem problemas a resolver nessas instituições. Isso sempre foi ampliado nas eleições e são inúmeros os casos de políticos que tiveram que se submeter para não perderem os mandatos e outras “cositas mas”.

Era poder demais concentrado em uma família, mais precisamente em José Sarney, que, como presidente do Senado duas vezes, e presidente da República, gerou forças poderosas a seu favor também no cenário nacional. A tal ponto de hipnotizar o presidente da República, a quem também chantageou, ameaçando tirar licença do Senado junto com a filha e amigos se o Lula não nomeasse o presidente da Eletrobrás, que ele impusera, como noticiou Dora Kramer, colunista do jornal “O Estado de São Paulo”. Inesperadamente, o presidente aceitou a afronta e o indicado foi nomeado.

Toda essa força foi causadora da tentativa desesperada de tirar Jackson Lago do governo, de qualquer maneira, com provas ou não, com razão ou não. Achava que podia quase tudo, só uma coisa ele já tinha certeza que não podia mais: ganhar eleições aqui. Daí foi um pulo juntar advogados dispostos a montar dossiês que, sob as ordens de Chiquinho Escórcio, passaram a percorrer o interior do Maranhão, tentando montar histórias com alguma aparência de coerência e aí atropelar prazos em uma corrida maluca para tirar o governador. São muitos os advogados contratados para a empreitada, os custos são imensos, com passagens aéreas, estadias, deslocamento por dias e dias consecutivos. Uma pequena fortuna! Cabe a pergunta: quem banca tudo isso?

A única coisa que José Sarney não aceita é a afronta que teve que engolir. A derrota nas urnas, mesmo chamando Lula para lhe ajudar a conseguir votos para Roseana. Só que ele não viu que a vida do povo estava melhorando e que no meu governo a população teve escolas à disposição, casas de alvenaria cobertas com telha, água encanada, fossas sanitárias, saúde da família e hospitais regionais, Pronaf, Casas da Agricultura Familiar, combate a febre aftosa, recursos para atividades produtivas com recursos do Banco Mundial etc e programas como o Mutirão da Cidadania, Saúde na Escola e tantos outros. O povo viu que havia alternativas políticas com pessoas que sempre pautaram sua atuação em programas que melhoravam a sua vida. Pela primeira vez sentiram isso e aí votaram em quem lhes ajudava. E Sarney nunca ajudou o povo do Maranhão.

O processo montado nessas condições tinha furos para todos os lados. Os advogados e Chiquinho foram descobertos em Goiânia quando foram dar uma mãozinha para o aliado Renan Calheiros em uma desastrada operação descoberta pela revista Veja, em forte matéria publicada meses atrás. Isso faria qualquer um desistir, menos Sarney, certo de que seu imenso poder prevaleceria sobre o desejo do povo, cego que está pelo desejo de vingança e poder.

Aqui no Maranhão, ficava-se sabendo, quando Chiquinho e os seus advogados chegavam e viajavam para o interior com a missão de montar depoimentos, dossiês e atrás de testemunhas “idôneas” para dar um aspecto de veracidade ao processo. Ao mesmo tempo, jornalistas que trabalham com o senador recebiam a missão de informar aos meios de comunicação que o processo contra o governador Jackson revelava provas tão substanciais que era apenas questão de tempo a cassação de seu diploma, para espanto dos que conheciam o processo e sabiam que era inconsistente. Tentavam preparar o ambiente para dificultar a defesa de Jackson. Ao mesmo tempo, à boca miúda, espalhavam que Jackson Lago era um bandido. Em suas palavras, qualquer semelhança com Fernandinho Beira-Mar, era mera coincidência.

Agora, depois de tanto suspense e tanta noticia falsa, chegou a hora das testemunhas adestradas previamente na mansão do próprio comandante, com lição individual e treinamento ministrado pelos advogados, com o fim de impressionar os julgadores. Mas o resultado foi o que sabíamos que iria acontecer. Nada adianta se tudo é mentira ou inconsistência e as próprias testemunhas de acusação, sabendo como todo o processo foi montado, não tinham a segurança necessária para conseguirem um mínimo de credibilidade no que diziam. Um desastre.

A verdade sempre prevalece. Vantagem inicial conseguida por meios escusos, nada garante.

Vão perder mais uma vez. Grande escolha, governador, a de Flavio Dino para seu advogado. Antes tarde do que nunca.

Um grande abraço, Lourival!

5 comentários:

Anônimo disse...

O GOVERNADOR JACKSON LAGO DEVERIA OUVIR MAIS O EX GOVERNADOR JOSÉ REINALDO,ESTE SIM SABE DE TODAS AS TRAMOIAS UTILIZADAS PELA FAMILIA SARNEY.
GRAÇAS A DEUS TEMOS UMA PESSOA COMO JOSÉ REINALDO DO LADO DO POVO DO MARANHÃO E SERVINDO COM UM ORIENTADOR,AFASTANDO ASSIM AS TOCAIAS DESSA FAMILIA SEM MORAL QUE SÓ FEZ MAL PRO MARANHÃO ESSES 40 ANOS DE DESMANDOS.
NÓS MARANHENSES SABEMOS O QUE FIZEMOS VOTANDO EM JACKSON LAGO E SABEMOS QUE ESSE PROCESSO NÃO DARÁ EM NADA POIS É UM PROCESSO "FAJUTO" MONTADO EM CIMA DE MENTIRAS,E SABEMOS TAMBÉM QUE A VERDADE SEMPRE PREVALECE...FICO FELIZ POR SABER QUE EXISTE UMA PESSOA COMO JOSÉ REINALDO QUE ESTÁ NA LINHA DE FRENTE PARA COMBATER AS IDÉIAS NEFASTAS DESSA SARNEYZADA.
CONTE COMIGO NESSA LUTA !!

Anônimo disse...

a história política do maranhão mtem que ser contada em duas etapas: ates e depois de zé reinaldo. parabéns governador pelas sábias palavras.

Anônimo disse...

FALANDO NISSO...

Por conta de tamanha lealdade, o blogueiro Ricardo Santos foi demitido de seu emprego, sendo o mesmo vergonhosamente despejado de uma ora pra outra por um simples telefonema onde, até hoje, a empresa OI não deu sequer os motivos reais de sua demissão. Talvez por essas e outras os blogueiros estejam desestimulados a continuar defendendo um governo que libertou apenas interesses pessoais de pouquíssimos de seus fiéis escudeiros. libertou apenas interesses pessoais de alguns libertadores.

LEALDADE

Se existe uma pessoa que defende o governo do Estado com unhas e dentes, esta pessoa se chama John Cutrim. Mas o blogueiro que ficou conhecido depois de ter textos (contra Sarney) seus publicados no JP dos Bogéa, deixou de escrever em seu blog. O fato é que o Jonh, sempre manteve uma postura leal diante do que defendia, mas por conta de perseguições contra sua postura política, resolveu repensar e, por isso, parou de publicar notas em seu diário na internet. John está em maus lençóis, mas por conta de sua lealdade nunca recebeu nem um "oi" da equipe de comunicação do "Governo da esperança".

Fonte: Jornal O 4 Poder

Anônimo disse...

ELEIÇÕES 2008:

TSE MUDA OS HORORÁRIOS DE PROPAGANDA PARA AS ELEIÇÕES DESTE ANO.

A NOVA NORMA DO TSE DIZ QUE OS COMÍCIOS PODERÃO SER FEITOS ATÉ O DIA 02 DE OUTUBRO, OS COMITÊS POLÍTICOS, AGORA PODEM SE UTILIZAR INCLUSIVE DE APARELHAGEM DE SOM INSTALADAS EM SUAS SEDES DAS 08 AS 24HS, MESMO HORÁRIO EM PODERÃO SER FEITOS COMÍCIOS, VALENDO PARA ISSO A MESMA DATA LIMITE DE 02 DE OUTUBRO. ALÉM DISSO O TSE AUMENTOU O HORÁRIO DE UTILIZAÇÃO DOS CARROS DE SOM QUE AGORA PODERÃO CIRCULAR 08 ÀS 22HS ATÉ O DIA 04 DE OUTUBRO, VÉSPERA DO PLEITO ELEITORAL. AS MESMAS REGRAS SE APLICARÃO NAS PRAÇAS ONDE HOUVEREM A REALIZAÇÃO DE SEGUNDO TURNO DO PLEITO ELEITORAL.

Brasília, 16 de abril de 2008 - 09h32

TSE aprova mudanças no horário de propaganda eleitoral para eleições de 2008
15 de abril de 2008 - 22h23
Centro de Divulgação da Justiça Eleitoral

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aprovou, de acordo com o voto do relator, ministro Ari Pargendler (foto), a alteração da data e do horário permitido para a propaganda eleitoral nas eleições de outubro de 2008, regulamentada na Resolução 22.579.

A mudança se deu por ter sido verificada divergência na aplicação dos horários para a utilização de equipamentos de sonorização nos casos de propaganda em geral e no caso de realização de comícios, de acordo com o disposto nos parágrafos 3º e 4º do artigo 39, da Lei 9.504/97.

O que diz a lei

No seu parágrafo 3º, que trata de propaganda em geral, a Lei 9.504/97 permite o uso de som amplificado entre as 8 e 22 horas. Já no parágrafo 4º, que trata da realização de comícios, a utilização de aparelhagem de som é permitida no horário compreendido entre as 8 e as 24 horas (meia-noite).

O que diz a Resolução sobre propaganda eleitoral

No inciso II, do artigo 12, da Resolução 22.718 está prevista autorização para que os partidos políticos possam instalar e fazer funcionar, no período compreendido entre o início da propaganda eleitoral e a véspera da eleição, das 8 horas às 22 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, em sua sede, dependências e veículos seus ou à sua disposição. A ressalva à utilização desse tipo de sonorização consta do parágrafo 2º do mesmo artigo 12, que prevê a sua utilização durante a realização de comícios entre as 8 e 24 horas, de acordo com o parágrafo 4º, do artigo 39, da Lei 9504/97.

O que muda na Resolução 22.579

O ministro explicou que a alteração se deu para manter o dia 2 de outubro de 2008 (quinta-feira) como último dia para propaganda política por meio de comício ou reuniões públicas com utilização de aparelhagem de som até a meia- noite. Já a propaganda feita por meio de auto-falantes em veículos e nos comitês, que se estende até o dia 4 de outubro, véspera do primeiro turno das eleições, poderá ser realizada somente até as 22 horas. Nos locais onde ocorrer o 2º turno a norma também será aplicada de forma idêntica no respectivo período.

Assim, será promovida a supressão da expressão “bem como para a promoção de comício ou utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre as 8 horas e as 24 horas” constante do item 3, na data de 4 de outubro, do calendário das eleições de 2008, previsto pela Resolução/TSE 22.579/2007.

IN/AM

http://www.tse.gov.br/sadAdmAgencia/index.jsp?pageDown=noticiaSearch.do%3Facao%3Dget%26id%3D1012494

RN disse...

A Sarneyzada está é no desespero! Espalhando em Rosário e nas outras cidades do interior que Rosengana voltará até Junho. Querem ganhar no grito kkk!! Abraços e parabéns pelo sucesso do blogue.

Renato Waquim