terça-feira, 3 de junho de 2008

Pequenas Grandes Obras

Li no jornal Estado do Maranhão do grupo Sarney que estou brigando com o João Castelo. Que reinaldistas falam mal de Castelo e castelistas falam mal de mim. Como não conheço nenhum reinaldista, peço que me apresentem pelo menos um.

Bem, se eles falaram, então deve ser verdade. Castelo, me lembre que quando nos encontrarmos, não poderemos falar um com o outro. Aliás, quero agradecer a maneira simpática com que me receberam no porto sexta-feira. E parabéns pelo trabalho que fizeram lá e pelo que me mostraram.

Sarney não descansa da tentativa de tomar o porto para que ele possa fazer um governo paralelo no Maranhão. Há grandes empresas que querem monopolizar e tomar conta do porto de maior futuro do Brasil. Um filé para uma empresa privada. Cobrariam o preço que quisessem para quem usasse o porto. Além de usá-lo de graça. Se Roseana Sarney ganhasse a eleição era muito provável que isso viesse a acontecer, pois a família tem muitos amigos e parceiros em algumas delas. Era o comentário da época. Vale tudo para Sarney.

E eu soube, na visita, que o porto está equilibrado, não deve nada, e que este ano não recebeu nenhum real do governo federal. Bloqueio total. Por ordens de quem?

O presidente da Assembléia, João Evangelista, acompanhado de Eduardo Castelo Branco, que no meu governo foi responsável pelo setor de pesca, um dia foi falar comigo. Propôs fazermos uma obra de baixo custo que iria proporcionar alimento abundante e barato para a população de Anajatuba. Era um canal de 6,6 Km de extensão com 10m de largura e 2 de profundidade, sem revestimento, que seria executado no campo com uma escavadeira. A obra seria feita em poucos dias e o custo estimado era de R$ 280 mil. Quase nada para os benefícios que seriam oferecidos à população. João Evangelista era um entusiasmo só pela obra. Vimos ali uma boa solução para grande parte da baixada. Autorizei as providências que eram necessárias para a execução do canal e torci para que tudo fosse feito com rapidez, por causa das chuvas que estavam para chegar.

Mal a iniciamos e o prefeito do lugar denunciou ao Ministério Público que a obra traria danos ambientais irreversíveis e o Ministério Público solicitou a paralisação da mesma. Levamos 5 preciosos dias para provar que a obra não traria nenhum prejuízo ambiental a Anajatuba, pelo contrário. E a obra pôde então prosseguir e ser concluída a tempo.

O Prefeito é sarneysista até nos métodos. É um aprendiz das malvadezas do Sarney. Quanto mais benefícios a obra proporcionar para a comunidade, mais ela deve ser impedida de ser feita. A não ser que possam tirar grande vantagem política e nenhum mérito couber a um adversário no governo. Se não puderem se beneficiar, é melhor não vir. Vide siderurgias e refinarias que estavam destinadas para cá e foram para outro lugar.

O prefeito, como bom sarneysista e mau prefeito, primeiro tentou impedir a execução. Como não conseguiu, começou, após algum tempo a dizer que ele é que tinha conseguido com o governo. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Hoje já foram executados vários outros canais, tanto em Anajatuba como em outros municípios. A população é que se beneficiou. Estão sendo produzidas 200 toneladas de peixes nativos da região sem ninguém ter colocado nenhum quilo de alevinos ou de ração. E, dependendo da época do ano, não se gastam nem 5 minutos para pegar o almoço ou jantar. Quem vai comprar, gasta R$ 0,30 por quilo de peixe.

Hoje, famoso, o canal é conhecido como Canal do Troitá. Uma beleza que está ajudando um município que nada produzia a ser fornecedor para os municípios vizinhos.

Outro pequeno grande projeto é o do Campo Agrícola de Fomento no Bairro São Benedito, zona urbana de Codó. É um projeto tocado pelos lavradores da Associação dos Pequenos Produtores. O projeto foi estruturado pela Prefeitura de Codó. O Prefeito, Biné Figueiredo, faz uma grande administração e Codó é hoje uma cidade bonita e renovada. Foram entregues às 28 famílias oito tanques para criação de peixes e um laboratório. São alevinos e reprodutores. Os lavradores estão experimentando trabalhar com piscicultura, aprendendo a fazer a manutenção do projeto. No futuro tocarão, sozinhos, o empreendimento, mas já agora se preparam como cooperativa para vender a produção e dividir o resultado entre todos. Ao lado da estação de piscicultura estão cultivando milho e arroz, além de verduras e legumes em um campo de fomento. Estão muito esperançosos de que a vida mudará muito e para melhor.

Estive acompanhando o Prefeito Biné e o deputado Camilo Figueiredo em uma visita ao projeto. Gostei demais do que vi e do que ouvi. A presidente da associação, Maria Raimunda, me disse cheia de felicidade: “Nunca fui tão feliz como agora. A felicidade é geral. Vamos aprender nós mesmos a manejar os tanques e a cuidar de tudo”. O governo fornecia as sementes de arroz e milho e a prefeitura, os alevinos e a assistência técnica inicial.

É um projeto que pode ser multiplicado a vontade em várias regiões do estado, levando a muitos outros a mesma felicidade expressada por Dona Maria Raimunda.

2 comentários:

Ricardo Santos disse...

Ricardo Santos:

Muito bom! Projetos, os políticos do grupo Sarney, só têm um: o próprio umbigo!
O Maranhão tem pressa!

Ricardo Santos disse...

Ricardo Santos:


A imaginação de alguns "jornalistas" da Mirante/Sarney, deixa corado de vergonha uma classe inteira de profissionais, que tentam zelar por sua conduta... Coisas da políticalha.
Vejam o Manifesto da Mídia Livre

http://www.sivuca.com/manifesto-da-midia-livre