quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Zimbabwe era aqui

Felizmente não é mais. Isto digo, olhando as estatísticas do Zimbabwe com o legado de Robert Mungabe, “presidente”, ditador sanguinário, que nas últimas “eleições” assassinou os adversários e pelo temor fez os remanescentes desistirem de concorrer. Concorreu sozinho.

Em 1999, o IDH de lá era 0,513, parecido com o que Roseana Sarney nos legou naquele ano. O PIB per capita de US$ 2.450,00 por ano, pouco melhor que o do Maranhão de então. Esperança de vida ao nascer de 37 anos. Dos 177 países para os quais a ONU estimava IDH, o Zimbabwe ficava em 151ª posição. 28 anos de Mugabe, 40 anos de mandonismo da família Sarney no Maranhão produziram homens e mulheres com mania de grandeza. Mugabe por lá e Sarney por cá. E famílias riquíssimas, as do déspota de lá e a do ex-presidente de cá. E também produziram algumas das mais pobres populações do planeta.

Apenas com uma sutil diferença: o Zimbabwe não dispõe dos recursos naturais e os potenciais do Maranhão. Nisso o Robert Mugabe, pasmem, consegue ser menos pior para sua gente do que do que o nosso ex-presidente.

Toda essa parte, acima, foi mandada por um leitor do meu blog “josereinaldotavares.blogspot.com” que, com dados estatísticos na mão, fez essa comparação mais que pertinente. E diz: “Fiz questão de fazer essa análise para elucidar de forma comparativa como essa gente foi maléfica para o nosso povo sofrido”.

Quando estava em campanha para o governo em 2002, fazia grandes comícios no interior. E me intrigava ao ver aquela multidão, com muita gente da minha idade ou mais velha do que eu, sem óculos. E cheguei a dizer no palanque que: ou aquilo era mostra de um fenômeno, ou era prova de abandono. Pois a mãe natureza obriga a todos os que chegam a faixa dos 40 anos a usar óculos. E como quase ninguém por ali usava, era apenas porque a pobreza e o abandono obrigavam àquela situação. Nesse momento resolvi criar o Mutirão da Cidadania, programa vitorioso, importantíssimo, que nos finais de semana atende, no interior e na capital, milhares de pessoas com exames médicos dos mais variados, às gestantes, às crianças, idosos, fornece o registro civil, ensina crianças a escovar os dentes, uma gama imensa de serviços de grande utilidade para a população mais desassistida e, sobretudo, cirurgias de catarata, exames oftalmológios e, principalmente, fornece óculos de graça e a armação escolhida pelo examinado.

O grau de satisfação entre os usuários do programa é altíssimo e o governador Jackson Lago continua-o com muito empenho. Eu, sempre que podia, me deslocava para os locais onde acontecia o Mutirão da Cidadania e me misturava com as pessoas que estavam sendo atendidas e procurava saber o que elas estavam achando e normalmente gostavam muito e estavam muito satisfeitas. Quando ia até o local em que as pessoas estavam sendo fazendo exames oftalmológicos, então o papo era maior. Geralmente eu perguntava quantos óculos eles já haviam tido e a resposta mais comum era que aquele era o primeiro. Perguntava a idade e a grande maioria tinha mais de 60 anos. Eu, brincando, dizia então que era por isso que tinham votado tanto na família Sarney já que, sem enxergar direito, não podiam escolher direito. Mas sem dúvidas eles eram a prova maior do abandono que o poder público tinha relegado a população pobre do estado. Um poder oligárquico que despreza o povo e que nunca lhes havia assistido e amparado, nem com educação, saúde ou apoio para que pudessem melhorar de vida.
Esse programa se sustenta porque existem profissionais dedicados e que deixam de bom grado os seus lares em finais de semana para assistir pessoas pobres que precisam de seus serviços profissionais. E pela existência de funcionários igualmente dedicados no governo que se empenham para que o programa dê certo.

Outro programa maravilhoso do meu governo nasceu na mesma linha. A constatação que muitos alunos não conseguiam acompanhar os cursos em que estavam matriculados por problemas de acuidade visual ou deficiência auditiva ou por problemas outros de saúde. Depois de muito debate interno, resolvemos criar o programa Saúde na Escola, destinado a assistir as crianças das escolas públicas do primeiro grau, na própria escola.

O primeiro colégio a ser contemplado foi a Escola Modelo Benedito Leite, o excelente colégio em que eu estudei no primário, como se dizia naquela época. Foram vários gabinetes odontológicos com profissionais competentes, aulas para os alunos aprenderem a escovar perfeitamente os dentes, exames em geral e de audição. Em pouco tempo, o índice de cáries tinha caído a níveis de primeiro mundo. O programa expandido rapidamente logo alcançou centenas de escolas e muitos municípios. O governador Jackson Lago também resolveu continuar esse programa tão importante para crianças e famílias das nossas escolas públicas.

O grupo Mirante, legítimo representante do grupo oligárquico dirigido por José Sarney, que tanto atraso e pobreza produziu no nosso estado, e que só existe para defender os patrões, continua invariavelmente com as mesmas táticas. Ainda está na memória que até às vésperas das eleições de 2006, eles publicavam “pesquisas” dando grande vantagem para a proprietária do jornal, Roseana Sarney, que inclusive, ganharia no primeiro turno. Nunca se recuperaram da derrota, mas continuam usando os mesmos métodos, como se fossem detentores de grande credibilidade. Pesquisas de vocês, todos conhecem e sabem a que se destinam. É perda de tempo. O grupo não tem credibilidade para embasar nenhuma pesquisa. Dito isso, será que querem usar meu nome para fazer propaganda do Jornal? Pois é escreveram que eu teria dito que a coluna Estado Maior era uma das mais lidas da cidade. Menos, amigos, menos. O que eu escrevi e vocês demonstraram ter é que essa coluna é uma das mais lidas do jornal. Muito diferente, portanto.

Sabem qual é o município mais pobre e de menor renda per capita do Brasil? Parece brincadeira. Muito sintomático. É Mirante e fica na Bahia!

2 comentários:

Ricardo Santos disse...

Ricardo Santos:


CÚMULO DA COINCIDÊNCIA:

O Grupo Sarney deveria além de solicitar pesquisas eleitorais a Escutec, deveria encomendar um mapeamento gemátrico, ou seja, um estudo completo de seu nome e data de nascimento junto com uma sugestão de mudança de nome para uso profissional ou artístico, um nome melhor para o Sistema Mirante.

A marca está associada a todos os 40 anos de miséria do povo maranhense, além disso, num cúmulo de coincidência, o ex-governador José Reinaldo Tavares revelou, em seu último artigo, que Mirante é hoje o município mais pobre e de menor renda per capita do Brasil localizada na Bahia.

Além disso, um pequeno trocadilho com o nome e em letras garrafais se lê MENTIRA!!

Eita carma negativo esse, hein, tá amarrado!

http://ricardosantoscontraponto.blogspot.com/2008_07_15_archive.html

GUSTAVO LOPES disse...

Sou Prova do sucesso do mutirão da cidadania, pois fiz parte da equipe do Viva Cidadão (Unidades Movéis. Hoje enfeita a minha parede ao lado da foto oficial do governador Ze Reinaldo um certificado de Honra ao Merito concedido pelo governo do Estado atraves da Secretaria Extraordinaria de Solidariedade Humana a minha pessao por ter contribuido com o premio Iso 9001 conquistado pelo Viva Cidadão.
Pena que esse projeto hoje não tenha a mesma força que teve em seu governo, aqui ficaram 18 servidores treinados e qualificados largados a propia sorte. A sua luta é a nossa luta.