José Sarney subiu à tribuna nesta segunda (24). Discursou sobre um tema ameno: o centenário da morte de Euclides da Cunha.
O senador escolheu um dia de Casa vazia. Ouviam-no cinco colegas. Para desassessego de Sarney, um deles era Eduardo suplicy (PT-SP).
Com a voz mansa que o caracteriza, Suplicy pediu um aparte. Sorridente, Sarney concedeu. Imaginava que o petista fosse discurrer sobre o autor de “Os Sertões”.
Qual nada! O objetivo de Suplicy era bem outro. Queria esfregar a crise na cara de Sarney. Desejava mostrar a ele que as brasas do Senado não foram extintas.
A certa altura, Suplicy elevou o timbre: "A situação do Senado não está tranquila, não está resolvida...”
“...As pessoas desejam um esclarecimento mais cabal, que as dúvidas sobre os conteúdos das representações sejam dirimidas...”
“...Eu ouvi discursos de Vossa Excelência, fiquei com muitas dúvidas, gostaria de vê-las esclarecidas, o povo brasileiro deseja vê-las esclarecidas".
Mão Santa, que presidia a sessão, lembrou a Suplicy que os apartes não podem exceder a dois minutos. O petista deu de ombros.
Suplicy disse a Mão Santa que Sarney também extrapolava o regimento, excedendo-se no tempo. E coontinuou, impassível, a sua peroração.
Quando a palavra lhe foi restituída, Sarney, algo contrafeito, acusou Suplicy de descortesia. Um desrespeito “às regras de educação e convivência parlamentar”.
E voltou à cantilena inicial: “Não quero toldar a memória de Euclides da Cunha”. Pronunciou mais algumas poucas palavras. E abandonou o microfone.
Sucedeu-o na tribuna o suplente Roberto Cavalcanti (PRB-PB). Sem mencionar o nome de Suplicy, fustigou-o:
“É uma vergonha o que se passa com certos colegas. Vêm aqui para posar de bons moços perante opinião publica...”
“...Para ficar de bem com a opinião pública, se posicionam de forma indelicada, como ocorreu há pouco”.
Sarney, que rumava para o gabinete, deu meia-volta. Aparteou Cavalcanti. Agradeceu a solidariedade.
Sarney tenta impor ao Senado uma normalidade anormal. Alguns poucos senadores, Suplicy entre eles, se esforçam para impedir.
Grosseria? Não. Absolutamente. É reação legítima à grosseria maior de mandar ao arquivo, sem apuração, as acusações que assediam Sarney.
O senador escolheu um dia de Casa vazia. Ouviam-no cinco colegas. Para desassessego de Sarney, um deles era Eduardo suplicy (PT-SP).
Com a voz mansa que o caracteriza, Suplicy pediu um aparte. Sorridente, Sarney concedeu. Imaginava que o petista fosse discurrer sobre o autor de “Os Sertões”.
Qual nada! O objetivo de Suplicy era bem outro. Queria esfregar a crise na cara de Sarney. Desejava mostrar a ele que as brasas do Senado não foram extintas.
A certa altura, Suplicy elevou o timbre: "A situação do Senado não está tranquila, não está resolvida...”
“...As pessoas desejam um esclarecimento mais cabal, que as dúvidas sobre os conteúdos das representações sejam dirimidas...”
“...Eu ouvi discursos de Vossa Excelência, fiquei com muitas dúvidas, gostaria de vê-las esclarecidas, o povo brasileiro deseja vê-las esclarecidas".
Mão Santa, que presidia a sessão, lembrou a Suplicy que os apartes não podem exceder a dois minutos. O petista deu de ombros.
Suplicy disse a Mão Santa que Sarney também extrapolava o regimento, excedendo-se no tempo. E coontinuou, impassível, a sua peroração.
Quando a palavra lhe foi restituída, Sarney, algo contrafeito, acusou Suplicy de descortesia. Um desrespeito “às regras de educação e convivência parlamentar”.
E voltou à cantilena inicial: “Não quero toldar a memória de Euclides da Cunha”. Pronunciou mais algumas poucas palavras. E abandonou o microfone.
Sucedeu-o na tribuna o suplente Roberto Cavalcanti (PRB-PB). Sem mencionar o nome de Suplicy, fustigou-o:
“É uma vergonha o que se passa com certos colegas. Vêm aqui para posar de bons moços perante opinião publica...”
“...Para ficar de bem com a opinião pública, se posicionam de forma indelicada, como ocorreu há pouco”.
Sarney, que rumava para o gabinete, deu meia-volta. Aparteou Cavalcanti. Agradeceu a solidariedade.
Sarney tenta impor ao Senado uma normalidade anormal. Alguns poucos senadores, Suplicy entre eles, se esforçam para impedir.
Grosseria? Não. Absolutamente. É reação legítima à grosseria maior de mandar ao arquivo, sem apuração, as acusações que assediam Sarney.
Link Original
Nenhum comentário:
Postar um comentário