sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sarney opera para barrar ação do PV que pede eleições na PB

Mais uma vez, o senador José Sarney (PMDB), presidente do Congresso Nacional, volta a interferir nos assuntos políticos da Paraíba. Depois do estrago feito com a decisão do TSE que cassou o governador Cássio Cunha Lima (PSDB), agora Sarney mete a mão na ação movida pelo Partido Verde pedindo a realização de eleições indiretas no Estado, conforme Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental – APDF 155, que está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Envolvido em diversos escândalos, o senador José Sarney não se contentou apenas em trabalhar politicamente para cassar Cássio, mas segue ‘azucrinando’ os paraibanos, desta vez interferindo junto ao Partido Verde, em nível nacional, a fim que oriente a direção paraibana a retirar a ação. A notícia foi confirmada pelo presidente do PV paraibano, ex-deputado estadual Dênis Soares.

Dênis confessou-se surpreso com o pedido que recebeu da direção nacional, principalmente com a interferência do senador José Sarney no caso. O presidente do Congresso Nacional solicitou a retirada da ação, sob a alegação que não lhe interessava contrariar o PMDB da Paraíba, partido do governador José Maranhão, sucessor do ex-governador Cássio Cunha Lima.

Sob o número 110229, o pedido do PV foi encaminhado nesta quarta-feira, 9, e já está para analise do ministro Ricardo Lewandovisk, relator da APDF de autoria do PSDB nacional que, além de pedir novas eleições, questiona a posse do segundo colocado nas eleições de 2006 na Paraíba.

Dênis não esconde que está desconfiado da articulação do PMDB, “o maior interessado que não passe a tese de novas eleições no Estado”. A movimentação de Sarney é fácil de entender: o presidente nacional do PV é o vereador paulista Zé Luiz Pena, mas o líder do partido na Câmara Federal é o deputado federal Zequinha Sarney, filho do senador José Sarney.

Comentário: Nesse caso Sarney pouco liga para o PMDB. Ele apenas quer evitar que o tribunal julgue a lambança que fizeram, dando o governo para o segundo colocado, que volta a ser questionado. Ele quer evitar o julgamento da Paraíba, porque sabe que isso poderia virar jurisprudência contraria a malfadada decisão. Forçosamente uma reviravolta na Paraíba terá que ser estendida ao Maranhão, tirando Roseana do governo.

É por isso que lutou para que na reforma eleitoral não fosse votada a emenda moralizadora de Tasso Jereissati que manda fazer eleições em todos os casos de vacância do cargo de governador. Ele só luta pelos seus interesses pessoais e da família!

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