domingo, 28 de março de 2010

Filho de Sarney pode ter repatriado US$ 1 mi

Para ex-doleiros e delegados, operação revelada pela Folha costuma ser usada por brasileiros que têm contas ilegais no exterior

Na Operação Faktor, PF captou conversas e e-mails de Fernando Sarney que tratavam de operações financeiras no exterior


O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), pode ter trazido US$ 1 milhão do exterior ao remeter esse mesmo valor, a partir de uma conta mantida por ele nas Bahamas, para uma empresa na China.

A interpretação é de dois ex-doleiros e de dois delegados da Polícia Federal, que aceitaram explicar o significado da operação sob a condição de que seus nomes não fossem divulgados.

Como a Folha revelou no início do mês, Fernando remeteu US$ 1 milhão no começo de 2008 para uma empresa chamada Prestige Cycle & Parts (aparentemente um fabricante ou revendedor de acessórios de bicicletas), em Qingdao, na China. O dinheiro saiu da conta em nome de uma "offshore" movimentada por Fernando.

A dúvida é: por que o filho mais velho do presidente do Senado enviaria US$ 1 milhão para uma empresa de bicicletas na China? Os dois ex-doleiros dizem que esse tipo de operação, em que a empresa que recebe o dinheiro não tem relações diretas com quem fez a remessa, é típica de internamento de recursos. É o chamado dólar-cabo, operação em que um brasileiro que tem conta ilegal no exterior recorre quando precisa dos recursos convertidos em reais aqui no país.

Segundo os ex-doleiros, Fernando deve ter feito a remessa para a China a pedido de algum doleiro brasileiro. O doleiro, por sua vez, tinha um cliente no Brasil que precisava fazer essa transferência para a China. Num exemplo hipotético, esse cliente havia importado US$ 2 milhões, mas só declarou US$ 1 milhão às autoridades brasileiras. A diferença de US$ 1 milhão é paga por fora, sem impostos, e precisa sair de uma conta no exterior.

O doleiro casa essas duas necessidades. Num outro exemplo, ele pediria a Fernando para enviar o dinheiro para a China e entregaria a ele no Brasil o mesmo valor. Para fazer esse tipo de operação, o doleiro ganha uma comissão, de 1% a 2%.

Na Operação Faktor (ex-Boi Barrica), a PF captou, com autorização da Justiça, uma série de conversas e e-mails entre Fernando Sarney, familiares seus e amigos tratando de operações financeiras no exterior.

Numa delas, Fernando fala na necessidade de levantar US$ 2 milhões, de acordo com o entendimento dos policiais. Pelo diálogo, os investigadores acreditam que ele precisava trazer o dinheiro para o Brasil.

O filho do senador conversa com o empresário e seu amigo Gianfranco Perasso, apontado pela PF como um dos operadores da família Sarney para transações financeiras fora do país. Fernando chama Perasso pelo apelido de "China".

Diz Fernando: "Muito bem, porque eu não vou esperar aquela outra solução, não, viu China? A pressão está muito grande, eu vou resolver isso daquela outra forma que você".
"Quantos quilos você precisa?", pergunta Perasso.

"[...] Eu falei em quase dois americanos, mas não cheguei a tanto, não, tá? Mas você sabe do que eu preciso, né?", responde Fernando. No entendimento da PF, "dois americanos" era uma referência a US$ 2 milhões. Num dos relatórios da Faktor, a PF afirma que nem Fernando, seus familiares diretos ou Perasso declararam à Receita contas no exterior.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Meu governador!
Estou passando apenas para reafirmar minha indubitável adimiração por vossa personalidade, sou fã de vossa coragem política e da hombridade com que aje. Sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco...um simples médico que acredita que a única distância que separa este profissional do eleitor é a mangueira do seu stetóscopio e munido dessa arma poderosíssima também tenho, eu e meu grupo, enfrentado leões na tentativa ainda solitária de mudar a realidade do meu município, a saber, DOM PEDRO. Nós acreditamos na mudança, na renovação que a chegada concienciosamente de Flavio Dino nos esperanceia. Eu e vossa exc. temos algums amigos em comum, líderes fundamentalmente importantes nesse processo de mudança que se avisinha, como o admiravel Dr TEMA, meu orientador político, meu padrinho e minha fonte de inspiração que por motivo de força ( sufocação ) maior está obrigado a nos assistir da arquibancada mas só eu sei como está seu coração, outra grande potência que comprou nossa camisa e está vestida nela, a maior liderança que temos nessa região, um colosso político, Dr Humbeto Coutinho, espirituoso, amigo e companheiro, amigo dos amigos....assim é classificado em Presidente Dutra e em minha querida Dom Pedro, por mim representado.
Quero dizer a vc professor, também queremos nos unir a possibilidade real de um futuro diferente, sonho em representar Dino em Dom pedro, trabalho árdua e incanssavelmente para ser digno de receber a autorização do meu povo, para ser seu gestor, não para fazer desta uma profissão, mas para dar minha contribuição, para alavancar a saúde daqueles que sofrem tanto por que como médico que sou conheço a intimidade da deficiência.
Trabalho em Barra do Corda, exerço a função de cardiologista do municipio.......olhe para nosso grupo!
Dr. Fabrício Abraão
fabricio.6909@hotmail.com