A história registra que, na França do século XVIII, quando o Duque de Orleans vendeu metade dos cavalos das estrebarias reais, o jovem François Marie Arouet, o Voltaire, comentou que teria sido mais sensato desfazer-se de metade dos asnos que enchiam a corte real.
Depois de dois anos, exercendo o cargo de Secretária de Comunicação do Governo do Maranhão, não me tornei fazendeira, nem dona de cavalos de raças: preferi combater a asnice, submetendo-me a uma seleção para pós-graduação na USP, Universidade de São Paulo. Sou jornalista profissional, nunca exerci outra atividade em minha vida. Assim como Voltaire, após o comentário sobre o Duque de Orleans, passei a ser culpada por tudo de ruim que acontecia no reino.
De Bezerra no sobrenome, passei a Boi de Piranha, embora, paradoxalmente, tenham me atribuído adjetivos mais próximos de uma feroz predadora que atacava os pobres indefesos veículos de comunicação do Estado, obrigando-os a criticar a família Sarney. Fui chamada de mensaleira, acusada de responsável pela desconstrução da imagem da então senadora Roseana Sarney, quase um gênio do mal, uma espécie de Joseph Goebbels do Governo José Reinaldo Tavares. Houve um jornalista que chegou a pedir minha prisão, com base em pedaços de papel sem nenhuma legitimidade - o mesmo, por sinal, que mandava recados me intimidando a enviar contratos publicitários para seu jornal.
Fui vítima de uma farsa montada, com documentos adulterados, não oficiais, misturados a fotos com exposição pública de minha vida pessoal, inclusive de uma de minhas sobrinhas, à época com apenas 3 anos de idade, exibida nas páginas de um jornaleco chamado Veja Agora, em uma escandalosa infração do Estatuto da Criança e do Adolescente. O tal CD, contendo supostos arquivos com textos atribuídos a mim, não por acaso chegou a constar no rol de denúncias apresentadas ao STF para a cassação do ex-governador Jackson Lago.
Virei assunto nacional, sendo criticada até pelo portal Comunique-se. Somente em 2008, a mais respeitada revista semanal brasileira, a Carta Capital, no artigo, Oligarquia resiste, publicado em 20/12/2008, reconhece, por intermédio do jornalista Mauricio Dias: “Há um argumento na acusação que é pura fantasia: o uso indevido dos meios de comunicação para favorecer Lago. Só que 95% da imprensa maranhense está sob controle do Sistema Mirante, pertencente ao clã Sarney. O argumento, por absurdo, nem foi encampado pela Justiça.”
Agora, o assunto da vez são os gastos com verbas publicitárias, tanto do Governo Roseana Sarney (44 milhões em um ano), quanto do Governo Jackson Lago (cerca de 21 milhões em 43 dias). Nenhuma citação aos recursos do período em que respondi pela Comunicação do Governo José Reinaldo, pelo simples fato de que os processos de pagamento, dos quais fui a ordenadora de despesa, referem-se a verbas inferiores aos citados governos - recursos que foram democratizados e pagos a dezenas de pequenas emissoras de rádio e TV do interior do Estado, sem que a maior parte deles fosse drenados a apenas um Sistema de Comunicação. Recentemente, e de forma sorrateira, ventríloquos de certos políticos ainda estiveram debruçados sobre os processos de pagamento, dos quais foi a ordenadora de despesa.
Informo aos interessados que, em dois anos recebemos prêmios, como a medalha da campanha Eu & Você na Luta contra a Aids, na categoria Produtos e Serviços do Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2005 e outra na categoria Mídia Exterior, com um outdoor feito com máscaras de fofão. Recebemos ainda um reconhecimento do TCU, Tribunal de Contas da União, que considerou a comunicação como fundamental para que o Maranhão saísse da situação de alto risco em febre aftosa.
Produzimos o primeiro programa de rádio popular do Governo do Maranhão, o Marrapá, que incomodava os mais oficiosos, tornado-se um case de sucesso entre as classe B e C. Trabalhamos muito e convertemos a verba pública destinada à comunicação em informações de interesse da população. Indubitavelmente, sem informação não há cidadania. O Maranhão há de chegar à época em que Comunicação Pública signifique, exclusivamente, ressonância popular e via de acesso aos serviços de Saúde, Educação, Emprego e Renda, em suma, desenvolvimento.
Continuo sobrevivendo da minha profissão, escrevendo matérias, produzindo releases, gerenciando processos de comunicação, com a cabeça erguida e a dignidade que aprendi com os professores Elenice e Alexandre Botão, pais e mestres em minha existência.
Depois de dois anos, exercendo o cargo de Secretária de Comunicação do Governo do Maranhão, não me tornei fazendeira, nem dona de cavalos de raças: preferi combater a asnice, submetendo-me a uma seleção para pós-graduação na USP, Universidade de São Paulo. Sou jornalista profissional, nunca exerci outra atividade em minha vida. Assim como Voltaire, após o comentário sobre o Duque de Orleans, passei a ser culpada por tudo de ruim que acontecia no reino.
De Bezerra no sobrenome, passei a Boi de Piranha, embora, paradoxalmente, tenham me atribuído adjetivos mais próximos de uma feroz predadora que atacava os pobres indefesos veículos de comunicação do Estado, obrigando-os a criticar a família Sarney. Fui chamada de mensaleira, acusada de responsável pela desconstrução da imagem da então senadora Roseana Sarney, quase um gênio do mal, uma espécie de Joseph Goebbels do Governo José Reinaldo Tavares. Houve um jornalista que chegou a pedir minha prisão, com base em pedaços de papel sem nenhuma legitimidade - o mesmo, por sinal, que mandava recados me intimidando a enviar contratos publicitários para seu jornal.
Fui vítima de uma farsa montada, com documentos adulterados, não oficiais, misturados a fotos com exposição pública de minha vida pessoal, inclusive de uma de minhas sobrinhas, à época com apenas 3 anos de idade, exibida nas páginas de um jornaleco chamado Veja Agora, em uma escandalosa infração do Estatuto da Criança e do Adolescente. O tal CD, contendo supostos arquivos com textos atribuídos a mim, não por acaso chegou a constar no rol de denúncias apresentadas ao STF para a cassação do ex-governador Jackson Lago.
Virei assunto nacional, sendo criticada até pelo portal Comunique-se. Somente em 2008, a mais respeitada revista semanal brasileira, a Carta Capital, no artigo, Oligarquia resiste, publicado em 20/12/2008, reconhece, por intermédio do jornalista Mauricio Dias: “Há um argumento na acusação que é pura fantasia: o uso indevido dos meios de comunicação para favorecer Lago. Só que 95% da imprensa maranhense está sob controle do Sistema Mirante, pertencente ao clã Sarney. O argumento, por absurdo, nem foi encampado pela Justiça.”
Agora, o assunto da vez são os gastos com verbas publicitárias, tanto do Governo Roseana Sarney (44 milhões em um ano), quanto do Governo Jackson Lago (cerca de 21 milhões em 43 dias). Nenhuma citação aos recursos do período em que respondi pela Comunicação do Governo José Reinaldo, pelo simples fato de que os processos de pagamento, dos quais fui a ordenadora de despesa, referem-se a verbas inferiores aos citados governos - recursos que foram democratizados e pagos a dezenas de pequenas emissoras de rádio e TV do interior do Estado, sem que a maior parte deles fosse drenados a apenas um Sistema de Comunicação. Recentemente, e de forma sorrateira, ventríloquos de certos políticos ainda estiveram debruçados sobre os processos de pagamento, dos quais foi a ordenadora de despesa.
Informo aos interessados que, em dois anos recebemos prêmios, como a medalha da campanha Eu & Você na Luta contra a Aids, na categoria Produtos e Serviços do Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2005 e outra na categoria Mídia Exterior, com um outdoor feito com máscaras de fofão. Recebemos ainda um reconhecimento do TCU, Tribunal de Contas da União, que considerou a comunicação como fundamental para que o Maranhão saísse da situação de alto risco em febre aftosa.
Produzimos o primeiro programa de rádio popular do Governo do Maranhão, o Marrapá, que incomodava os mais oficiosos, tornado-se um case de sucesso entre as classe B e C. Trabalhamos muito e convertemos a verba pública destinada à comunicação em informações de interesse da população. Indubitavelmente, sem informação não há cidadania. O Maranhão há de chegar à época em que Comunicação Pública signifique, exclusivamente, ressonância popular e via de acesso aos serviços de Saúde, Educação, Emprego e Renda, em suma, desenvolvimento.
Continuo sobrevivendo da minha profissão, escrevendo matérias, produzindo releases, gerenciando processos de comunicação, com a cabeça erguida e a dignidade que aprendi com os professores Elenice e Alexandre Botão, pais e mestres em minha existência.
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Um comentário:
Na verdade, depois que Edivaldo Holanda criticou, deve ter pego uma prensa pesada de seus comparsas... Mexeu justamente onde não deveria...Sobrou pra o tartarujackson do lago!
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