Amigos e leitores, parece que a oposição, essa praga que Sarney
abomina, que só vive no pé dele, que - sem ter o que fazer - fica mostrando
esses indicadores sociais tão ruins, recebeu mais um “aliado”. Isso para
comprovar que o que eles tentam argumentar como sendo uma invenção nossa e que,
perdidos e sem rumo, ao invés nos enredarmos em invencionices, deveríamos na
verdade é abaixar a cabeça e nos curvarmos à “realidade da sua propaganda” que
mostra um Maranhão idilicamente desenvolvido... Pois bem, que chega agora é a
Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância e Juventude- a fim de declarar sua ajuda ao estado com os
piores indicadores sociais na área da infância e juventude. Até parece uma
conspiração. E tudo isso só começou, já disse Sarney diversas vezes, por causa
de um outdoor colocado por mim em Brasília, ao tentar fazer o Senado aprovar um
empréstimo do Banco Mundial que “dormia” há três anos na gaveta do mandachuva.
Enfim, vamos pensar no futuro do Maranhão que é melhor. O presidente
Lula tentou fazer um projeto muito interessante, ideal para estados como o
nosso, que tem indicadores semelhantes aos mais atrasados países africanos, na
nossa área rural. A verdade é que os governos da oligarquia nunca olharam para
o setor rural, com quase metade da população do estado, região que de fato foi
a que mais sofreu com a irresponsabilidade e o abandono com que a que foi
submetida. A escolaridade média ali não passa de três anos, por exemplo, e
todos os indicadores sociais nessa região são ruins e bem abaixo da média do
estado que, diga-se de passagem, já são os piores do país.
Refiro-me à ideia de uso da mamona para produção de biodiesel que Lula
lançou com muita pompa e chegou a patrocinar projetos, inclusive no Maranhão, sendo
os principais, contudo, no Ceará e no Piauí. Uma grande empresa chegou a se
formar e até a construir uma grande refinaria no porto do Itaqui. A empresa,
que faliu com o fracasso do projeto em que o então presidente da República tanto
acreditou, chegou a ter ações negociadas na Bolsa de Valores. Era a Brasil
Ecodiesel.
E como era o projeto? O governo cedia as áreas agrícolas e a gleba era
dividida em lotes para cada família de agricultores familiares. Eram dezenas de
lotes. Uma vila era construída e cada família tinha uma casa, assim com postos
de saúde, escolas, centros comunitários etc. O governo dava assistência técnica
e sementes e a empresa comprava toda a produção e extraia o óleo da mamona,
produzindo o biodiesel que vendia para a Petrobras, que por sua vez o misturava
ao óleo diesel. Mas o projeto faliu e foi abandonado depois de algum tempo. Por
que um projeto aparentemente tão bom não deu certo?
Porque foi feito de maneira açodada e não consultaram a Embrapa. A
regional do Piauí já havia pesquisado o óleo da mamona e já havia chegado à
conclusão de que o óleo obtido era um produto muito ácido que não poderia ser
introduzido nos motores, devido ao fato da corrosão resultante ser muito
prejudicial a vida útil daqueles. Para corrigir essa acidez e possibilitar o
seu uso, o preço resultante seria muito alto, impedindo o seu uso.
Hoje, porém, pesquisas foram realizadas com outras espécies, inclusive
também por empresas internacionais e já identificaram as que produzem óleo com
grande produtividade e sem esse nível de acidez. De modos que esse projeto, em
outras bases, poderia fazer do estado um grande produtor de “energia verde”, já
que um gigantesco mercado se abre agora para o bioquerosene (para ser misturado
ao querosene de aviação), isto tudo baseado em motivos econômicos e ambientais,
pois as empresas têm curto prazo para se
adaptarem às novas regulamentações globais de redução de emissões que podem
alterar o clima. Todas as grandes companhias aéreas no mundo já experimentaram
o novo combustível com grande sucesso. Empresas gigantescas estão envolvidas
nessa cadeia de produção e têm grande interesse nesse produto. Um mercado de
bilhões de dólares.
Feita com critério e fiscalização, seria uma maneira relativamente
rápida de aumentar a renda da agricultura familiar, com consequência imediata
na melhoria da renda familiar e de outros indicadores sociais, além de criar um
grande parque industrial no estado com amplos reflexos econômicos. É uma cadeia
produtiva completa que poderia caber toda no estado, com um dos portos mais
próximos do Hemisfério Norte, o grande mercado para o produto.
O antigo projeto que Lula tentou fazer poderia voltar forte e
definitivo em novas bases. Existe um grupo estudando todos os ângulos desse
projeto para uso em curto prazo.
Voltando à política, definitivamente são claros os sinais de que a
candidatura de Luís Fernando chegou ao fim. A governadora, em reunião com
deputados de sua base de apoio, disse que aquele perdeu 4 pontos em pesquisas
que mandou realizar, mas que mesmo assim ela iria elegê-lo como governador na
Assembleia, para que, como governador, pudesse ser reeleito em eleição geral.
Mas ela (aliás, como sempre) diz uma coisa hoje e outra diferente para outro
grupo. Pois bem, um dia antes desse episódio, quando um grupo de deputados foi
reclamar da interferência de Luís Fernando na votação das regras da eleição
indireta e estava atrapalhando a votação, ela pegou o celular e ligou para ele.
Então - no viva voz, para todos escutarem a conversa por inteiro - desautorizou
o seu próprio candidato.
Perdida, sem saber o que fazer, além de prometer emendas e ajudas, ela
vai tentando manter o controle aos tropeções. E, apertados pelas pesquisas
ruins, sempre tentam animar a sua tropa dizendo que o palácio nunca perdeu a
eleição.
Mas eles não estarão lá. Quem estará é o deputado Arnaldo Melo, que só
não estará se não quiser. Então, pelo andar da “carruagem” o candidato será este
último, dificilmente será Luís Fernando.
Parece-me que em verdade Luís Fernando não é o candidato de José
Sarney, nem de Lobão, nem de João Alberto, tampouco do grupo. Ele é o candidato
de Jorge Murad, um estranho no ninho.
Enquanto isso, fatos novos ocorrem em São Luís. Com as últimas medidas
e atitudes do prefeito, e com a nomeação de Geraldo Castro para a Educação e
Helena Duailibe na Saúde, Holanda já melhorou seus índices de aprovação, Flávio
subiu, Eliziane caiu e Luís Fernando já não chega aos 10 por cento.
A mudança vem aí...
2 comentários:
Adorei o Post, Parabéns!!!
Excelente análise , como tem sido do seu feitio. O Maranhão agradece o seu desempenho e conta consigo durante o processo eleitoral e na colaboração do futuro governo que romperá as amarras do nosso Estado. Faço votos que você tenha sucesso no seu pleito à câmara federal
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