terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Decolando e Descolando

A semana que passou trouxe aos maranhenses uma grande notícia. Mereceu, até mesmo, destaque do Jornal Nacional da Rede Globo. Só que desta vez foi um destaque altamente positivo: o Maranhão teve em 2005, no meu governo, o segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre todas as 27 unidades federativas.

O Maranhão, durante três anos do meu governo, quase dobrou tudo o que produzia no estado, inclusive nos anos da oligarquia. O PIB, que era de R$ 15,449 bilhões em 2002 passou para R$ 25,326 bilhões em 2005. E devido a esse enorme crescimento, decolamos do ultimo lugar em renda por pessoa do país e deixamos o Piauí no lugar que ocupávamos, com um dos maiores aumentos de renda pessoal em 2005. Chegamos a R$ 4.150 acima do dobro em relação a 2002.

Um feito e tanto, principalmente para um governo assomado por acusações feitas nos meios de comunicação da oligarquia como um governo em que não se fez nada e que teria sido o pior da história do Maranhão. Certamente pior para eles, que perderam as regalias, mordomias e o comando do estado e de sua economia. Mas, sem dúvidas, muito bom para o povo maranhense, que viu o estado mudar sua agenda e sua imagem, deixando de ser portador de más noticias nacionalmente, e, ao mesmo tempo, que melhorava substancialmente as condições de vida da população.

Qual o maranhense que não ficaria orgulhoso com tal notícia? Só eles, já que colocam seu ódio político acima de todos os legítimos interesses do povo maranhense. Imagino a raiva e a depressão que ficaram ao ouvir a notícia em sua própria emissora de televisão e não poder fazer nada. O império de comunicações da família não deu uma linha sequer sobre o assunto, mostrando mais uma vez o péssimo “jornalismo” que fazem e o desapreço profundo ao Maranhão, que tratam com arrogância como fossem seres superiores.

Isso é jornalismo? Isso é seriedade para tratar com a informação e os interesses do estado? Já disse aqui nesta coluna que eles devem ter pavor do IBGE, do IPEA e de órgãos que elaboram e interpretam estatísticas, pois que estes desnudam a parolagem que aqueles usam todos os dias.
Como foi possível conseguirmos isso? Mudando totalmente a atitude do governo. Mudando a agenda de prioridades e os programas que passaram a ter como objetivo o aumento do IDH no estado. Mudamos a agenda de investimentos e passamos a investir fortemente na educação, saneamento básico, capacitação para o emprego, no turismo, na cultura popular, na agricultura familiar, no Pronaf, no combate a pobreza, na atração de empresas e no estudo de nossas oportunidades na produção de etanol, no zoneamento costeiro, na produção de biodiesel, na construção de habitações, em estradas e pontes, na construção de escolas, na interiorização da ação do governo etc.

Chamamos a classe política, afastada das ações do governo, para sermos parceiros na tarefa de desenvolver o estado. Os Convênios tão combatidos pela oligarquia foram fundamentais para a realização das obras e a descentralização das ações e também foram muito importantes para a rápida execução dos programas.

Mas, dentre todas, uma das mais importantes ações foi termos conseguido o equilíbrio fiscal do estado, atestado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Com isso, aumentamos a arrecadação do estado, que era de 980 milhões de reais por ano, quando assumi, e foi para mais de 2 bilhões, quando deixei o governo. O estado então se tornou grande investidor e, conforme o IBGE, sua ação foi muito importante para o crescimento do PIB.

O Maranhão foi o que mais cresceu no Nordeste e o nosso crescimento foi bem maior que a média nordestina. O crescimento foi tão vigoroso que conseguimos aumentar a nossa participação relativa no PIB brasileiro. Apenas os estados do Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso tiveram esse avanço. Os setores que mais se destacaram foram o do comércio (de 7% para 14%), transportes (de 5% para 8%) e agricultura (4%). E o setor público, muito importante no Nordeste, participa com 20% da economia do estado.

Pedindo emprestado ao Presidente Lula sua frase predileta, poderíamos dizer que “nunca antes na história deste país (estado) aconteceu fato tão importante”.

Tudo isso cresce de significado quando se sabe que o Maranhão é um dos estados brasileiros com renda menos desigual entre ricos e pobres. É evidente que tudo isso é dito sabendo que temos que percorrer um longo caminho até conseguirmos ser um estado que dê oportunidade e um nível de vida melhor aos seus filhos. Mas conseguimos demonstrar que o rompimento com a oligarquia que foi muito bom para todos, pois trouxe consigo a mudança dos métodos e a aplicação correta dos recursos disponíveis no orçamento do estado.

No próximo ano, os dados do IBGE mostrarão que deixamos para trás Alagoas na renda per capita e também que o nosso IDH será de 0,706, igual ao do Egito. Com esses resultados, do IDH e o também do IES (Índice de Exclusão Social), e também com a taxa de analfabetismo e a escolaridade média, deixaremos Piauí e Alagoas ocupando os últimos lugares (éramos os últimos do país em 2002). Na aplicação do Pronaf, só ficaremos atrás da Bahia, no Nordeste (também éramos os últimos em 2002). Romper fez bem ao estado!

O Maranhão só perdeu para o Amazonas, mas este tem a zona franca de Manaus e é muito ajudado pelo governo federal. No Maranhão, o grupo Sarney não permitiu que os recursos federais chegassem até nós. Nem Ministros podiam vir aqui, como de fato não vieram. Esse mesmo grupo impediu grandes investimentos no estado como a siderurgia e a refinaria.
Logo, todo esse desenvolvimento foi feito às nossas próprias custas, pelo suor do povo, pela união da classe política e pela dedicação dos técnicos.

Imaginem se fôssemos ajudados!

Mas só se consegue esses resultados quando todos os recursos disponíveis são aplicados em benefício do povo maranhense. O que não acontecia no passado.

Vamos todos trilhar esse caminho e acreditar que “um novo Maranhão é possível”!

Ele está se tornando real!

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