sábado, 3 de maio de 2008

Luz para Todos, que se apaga



Folha: Para CLAUDIO J. D. SALES, 61, engenheiro mecânico industrial, presidente do Instituto Acende Brasil, entidade que promove a transparência e a sustentabilidade no setor elétrico brasileiro: “O programa precisa de maior transparência. Poucos sabem que 90% do Luz para Todos é financiado pelos consumidores de energia “
Recentemente foi anunciada a prorrogação do programa Luz para Todos de 2008 para, pelo menos, até 2010. Essa medida seria louvável se não fossem a falta de transparência na comunicação do governo e os elevados prejuízos em que o programa tem incorrido, que comprometem a sua expansão e, principalmente, a manutenção dos resultados já obtidos. Segundo o IBGE, atualmente, 97,5% dos domicílios brasileiros têm acesso à energia elétrica, valor elevado se comparado a outros serviços públicos, como esgoto (69,7%) ou água tratada (82,3%). Esse resultado se deve principalmente a diversos programas de universalização de energia adotados no país desde os anos 70 e intensificados na última década. A universalização da energia é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico das regiões menos favorecidas do país. A chegada da eletricidade possibilita o aprimoramento da agricultura, a industrialização e o acesso da população a novos produtos e serviços que melhoram a sua qualidade de vida. Entretanto, a universalização é por natureza deficitária, o que se deve a diversos fatores: 1) altos investimentos para conectar as localidades distantes das redes de energia existentes; 2) elevados custos de operação e manutenção de redes, normalmente instaladas em regiões com consumidores dispersos e de difícil acesso (sem estradas, saneamento básico e outros itens de infra-estrutura); 3) população com baixo consumo e baixa capacidade de pagamento pelos serviços prestados. Esses motivos fazem com que a conta de luz dos clientes atendidos seja insuficiente para cobrir as despesas do programa, cabendo ao governo definir fontes de recursos e subsídios para garantir a sua condução. As atuais dificuldades do Luz para Todos se devem justamente ao desequilíbrio entre as metas de universalização estabelecidas e a disponibilidade de recursos para sua implementação e manutenção. Quando foi lançado, em 2003, o Luz para Todos antecipou para 2008 as metas então existentes, que previam a eletrificação de todos os domicílios brasileiros até 2015. Naquele momento, definiu-se que os investimentos necessários (da ordem de R$ 8,7 bilhões) seriam financiados pelos Estados, com aproximadamente 10% dos recursos requeridos, e, principalmente, pelos consumidores, que pagariam os 90% restantes por meio de taxas na conta de luz. O problema é que, embora tenha previsto os recursos para a fase de investimentos, o Luz para Todos não definiu como cobrir os altos custos de manutenção e operação das novas instalações. Cálculos do governo mostram que essa cobertura exigiria um aumento nas tarifas, que, em Estados mais carentes (e, conseqüentemente, mais favorecidos pelo programa), superaria 30%. A saída encontrada pelo governo foi limitar esse impacto a 8% do valor das tarifas, transferindo então o ônus do programa às empresas distribuidoras de energia, que se vêem obrigadas a implementá-lo sem garantia da cobertura dos custos incorridos em sua manutenção. A solução de um problema dessa natureza não se faz por decreto, mas pelo adequado equacionamento dos custos e das metas da universalização. Essa situação configura um dilema no campo das políticas públicas: se, por um lado, aumentar a tarifa de Estados carentes é indesejável, por outro, a não-compensação dos crescentes déficits compromete a capacidade de investimento do setor e a própria continuidade da iniciativa. Antes de propor a prorrogação do Luz para Todos, o governo deveria garantir o equilíbrio de seus custos e benefícios para a sociedade e compatibilizá-lo com a capacidade de pagamento dos consumidores. Um diagnóstico detalhado dessa distorção pode ser acessado em www.acendebrasil. com.br, "Regulação e Política Tarifária", caderno 2. Outra medida seria dar maior transparência ao programa, para que os consumidores consigam avaliar as dificuldades e reais custos da iniciativa. Poucos sabem que 90% do Luz para Todos é financiado pelos próprios consumidores de energia e que o governo federal não realiza nenhuma contribuição, ao contrário da percepção gerada pelas manifestações oficiais sobre o assunto e pelas propagandas de estatais federais. O governo federal, nos palanques e nas propagandas, valoriza muito o Luz para Todos. Mas precisa, agora, alinhar discurso com ações e dar a sua contribuição para que a manutenção desse importante programa possa ser feita de forma transparente, sustentável e sem encarecer a energia para os consumidores brasileiros.


Comentário do blog: O governo federal em seu marketing induz as pessoas a pensarem que o Luz Para Todos é um programa que corre às expensas do governo federal quando não é. Quem o sustenta são os consumidores que não sabiam disso. Os estados é que entram com 10%. Como o programa não previu recursos nem para sua manutenção nem para o pagamento das contas de luz está na hora do governo federal colocar a sua parte porque senão teremos muitos problemas pela frente. Como se vê na matéria acima nada disso está equacionado e nem planejada uma solução. E o ministro já anunciou a sua expansão sem resolver os problemas advindos de sua formulação mal feita. Como o Maranhão era, como tudo o mais, o último estado do país em número de ligações na área rural está correndo o risco de ter tarifas aumentadas para pagar o custo do Luz Para Todos o que seria um completo absurdo.

2 comentários:

Anônimo disse...

ARROUBOS DE QUE ??????????



SEXTA-FEIRA É DIA DE COLUNA DO ODORICO NA FOLHA DE SÃO PAULO E NO JORNAL DO BRASIL E COMO NÃO PODIA DEIXAR SER ELE NÃO SE CONTEVE SOLTOU DUAS PÉROLAS IMPAGÁVEIS:






1- DISSE QUE A ALTERNÂNCIA NO PODER É UM APROFUNDAMENTO DA DEMOCRACIA. SERIA LINDO ISSO, NÃO VIESSE DA BOCA QUEM TENTA TIRAR O GOVERNADOR JACKSON LAGO DO PODER NA UNHA E DE QUEM MANDOU NO MARANHÃO COM MÃO DE FERRO DURANTE 40 ANOS E AINDA NÃO SE DEU CONTA DE QUE O SEU TEMPO JÁ PASSOU. ELE ACHA QUE TODOS NÓS SOMOS IDIOTAS E OLHA QUE ESTE ARTIGO DELE É O PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO E NO JORNAL DO BRASIL. MAS O MELHOR MESMO AINDA ESTAVA POR VIR....






2- E VEIO QUANDO ELE DISSE QUE OS EXAGROS DE CAMPANHA SÃO ARROUBOS DE LUTA, PASMÉM MEUS AMIGOS, QUER DIZER ENTÃO QUE OS ATAQUES A JOSÉ REINALDO, JACKSON, VIDIGAL, CASTELO, ADERSON LAGO, EURIDICE SÃO ARROUBOS DE LUTA. QUER DIZER ENTÃO QUE OS ATAQUES AOS FAMILIARES DE JACKSON, JOSÉ REINALDO, CASTELO E ADERSON LAGO SÃO ARROUBOS DE LUTA, QUE OS ARTIGOS VIRULENTOS CONTRA JOSE REINALDO FORAM ARROUBOS DE LUTA. NA MINHA TERRA, CARO SENADOR SARNEY ISTO TEM OUTRO NOME:





B A I X A R I A !!!!!!!!!!!!!!!!!




TROFÉU ÓLEO DE PEROBA PARA O SENADOR SARNEY!





LEIA A INTEGRA DO ARTIGO:










JOSÉ SARNEY - Itaipu: solução ou problema





TORCI PELA vitória do ex-bispo Lugo. A alternância de poder é um aprofundamento da democracia. Seus exageros de campanha são arroubos de luta. O governo lida com realidades, na famosa concepção de Bismarck. Lugo está certo quando cobra de Itaipu maior transparência e resultados para o seu país, mas está errado em atribuir a falta deles ao Brasil, quando são uma posição política do Paraguai, cujo governo até hoje mantém um inaceitável segredo para o seu povo de quanto e como é empregado o que recebe e como funciona a binacional de Itaipu.
Estava no Senado quando o Tratado de Itaipu foi aprovado, em 1973. Antes, uma grande discussão, técnica e política, se estabeleceu no país sobre o aproveitamento energético do rio Paraná. Se deveria ser numa usina toda em território nacional ou num projeto conjunto com o Paraguai.
Desde a década de 50 o Brasil começou a estudar o potencial energético daquelas águas. O engenheiro Marcondes Ferraz, construtor de Paulo Afonso, foi chamado por Gabriel Passos, nacionalista e grande defensor da soberania brasileira, então Ministro de Minas e Energia, para que expusesse ao presidente Jango a sua solução para o problema. Ele apresentou um projeto que, localizado a 50 quilômetros de Sete Quedas, seria totalmente em território brasileiro, com capacidade de dez mil megawatts e preservando as cachoeiras.
Foi um crime inundá-las. Jango mandou que ele tocasse o projeto "a caneladas". O presidente caiu, e o assunto parou. A Escola Superior de Guerra estudava o assunto sob o aspecto estratégico e optou, para unir mais o Paraguai e o Brasil, por uma obra binacional, que teria a vantagem de sepultar uma questão de fronteira -demarcada em 1874 e nunca contestada- inventada pelo chanceler Pastor.
O Brasil abdicou do protejo de Marcondes Ferraz para ajudar o Paraguai, país ao qual dávamos um tratamento diferenciado desde a "maldita guerra" na expressão de Doratioto e no desejo de Nabuco de Araújo, Pimenta Bueno, Saraiva e outros.
A construção de Itaipu foi toda bancada pelo Brasil. O Paraguai não entrou com um tostão e tem um patrimônio de US$ 30 bilhões, metade do que vale a usina. Compramos a energia a US$ 37 o MW/ h, enquanto eles pagam US$ 24. O Paraguai já recebeu de Itaipu US$ 4,5 bilhões, líquidos. Receberá até 2023 mais US$ 7,5 bilhões.
Assim, o ex-bispo Lugo está certo quando defende o seu país e deseja melhor aproveitamento de Itaipu por sua pátria. Mas está errado quando nos chama de imperialistas e espoliadores. Itaipu não pode ser uma dor de cabeça. Ela é um exemplo de solidariedade continental.


SEUJOCA.BLOGSPOT.COM

Anônimo disse...

BONECONA:JORNALISTA DEVERÁ SAIR DO "ARMÁRIO"

Quem é o jornalista que compõe o sistema mirante que foi visto saindo de um Motel com um jovem.Uma dica ele também trabalha como editor em um outro veiculo, mas está doidinho para sair do "armario", ele já avisou inclusive a sua ex-namorada que não iria aguentar muito tempo preso dentro do guarda roupas.

JHON CUTRIM UM BLOGUEIRO DOIDO POR DINHEIRO

Não é que Jhon Cutrim resolveu deixar suas edições do blog de lado. Fiquei sabendo que o blogeuiro na verdade está doido para Zeca Pinheiro Chama-lo para receber uma "pontinha", o chamado faz me "rir". Pelo jeito o blogueiro vai acabar não postando mais nada em seu blog, pois se ele estiver esperando receber alguma coisa de Zeca, ele que esepere sentado. Os da radio Timbira já estão a 8 meses sem receber. Imagine Jhon!

WALTER RODRIGUES UM JORNALISTA APENAS DE PAPEL

Sabe aqueles profissionais, que existem apenas no papel? Ou seja ele não é profissional por que gosta.Assim é o WR,ele não gosta muito de leitura.o negocio dele é atacar e receber do gabinete da deputada petista Helena.

Blogue: http://mostrareiaverdade.blogspot.com/