sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Maranhão Foi Bem sem Oligarquia

O IBGE divulgou na semana passada dados comprobatórios de que o PIB maranhense foi o que mais cresceu no Nordeste e o estado do Maranhão apresentou o segundo maior crescimento entre todos os estados brasileiros no período de 2002 a 2007, exatamente o intervalo de tempo em que a oligarquia ficou fora do governo do estado.

Roseana Sarney foi a última governadora do Maranhão no período de influência do governo Sarney, dirigindo o estado durante quase 8 anos - desde 1995 a início de 2002- e quando saiu, o PIB do estado era raquítico e não passava de R$ 15,45 bilhões. Na verdade, esse valor era mais um indicador de pobreza e não de riqueza.

Não podia ser diferente... Nesse período, um dos mais importantes setores da economia, a agricultura - que apóia as atividades no campo, como o agronegócio, a agricultura familiar, a pecuária, o combate a aftosa etc - nem sequer possuía uma Secretaria de Estado para cuidar do de seus assuntos. O mesmo acontecia com a Indústria e Comércio, o Meio Ambiente, a Ciência e Tecnologia, a Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa), o DER (Depto. De Estradas de Rodagem), Fazenda e outras. Isso, naturalmente, sem comentar a destruição do sistema educacional do estado, cuja maior conseqüência foi a ausência de oferta para o segundo grau em 159 municípios maranhenses e o pífio índice de escolaridade média da ordem de 4,5 anos. Amarras vigorosas que impediam o estado de crescer e conferiam com pompa indicadores vergonhosos, como o menor PIB e a menor renda anual por individuo no país.

Entretanto, a partir de 2002, no meu governo, tudo isso foi modificado. Figurando como o início do período de crescimento do qual o IBGE é garantia fidedigna, o governo do estado trocou a agenda de investimentos. Foi uma mudança radical que começou por uma grande reforma administrativa e muitas outras ações estruturantes. E os resultados vieram.

Um exemplo muito forte é o Pronaf, que nós configuramos para criar canais de aproximação entre os agricultores e os bancos oficiais, o que foi conseguido com muito êxito através da Casas da Agricultura Familiar. O êxito foi total. A agricultura familiar arrecadava por ano, em 2002, cerca de R$ 25 milhões para todo o estado e chegou a receber R$ 380 milhões em um ano só. Um salto que nos levou de último para primeiro lugar no Nordeste. Chegaram diretamente às mãos dos pequenos agricultores mais de R$ 1 bilhão no meu período de governo. Lamentavelmente, hoje despencou novamente...

Não bastasse o Pronaf, o Prodim e o combate a aftosa irrigaram financeiramente a economia do campo. Antes, um rebanho que chegou, ao final do governo de Roseana, a menos de quatro milhões de cabeças - recorde negativo, porque a atividade agonizava, sem apoio no estado, hoje está próximo de 8 milhões de cabeças. Construímos também estradas vicinais para o agronegócio no sul do estado, e favorecemos a vinda de grandes esmagadoras de soja para Porto Franco etc.

O Maranhão, estado quase falido, que arrecadava por mês 68 milhões e pagava por empréstimos antigos cerca de R$ 50 milhões mês, teve que continuar a pagar durante todo o meu governo valores como esse. No entanto, com muita eficiência, passamos a arrecadar 230 milhões/mês, o que nos permitiu retomarmos a capacidade de investimento. Esta, que era quase zero, passou a mais de R$ 1 bilhão. Dinheiro que circulou na economia do próprio estado, e não entregue a empreiteiros, como é a praxe tradicional da oligarquia, sempre em busca de apoio nas eleições. E que acaba circulando fora do estado...

Pois bem, todas essas ações culminaram com (mais) este resultado positivo, endossado pelas mais sólidas e idôneas instituições estatísticas do Brasil. E vejam que chegamos a esses bons números, mesmo com a ostensiva dedicação do grupo Sarney em impedir, com muito afinco, que chegassem ao estado quaisquer grandes empreendimentos empresariais e qualquer ajuda, ou investimento, do governo federal.

Passamos aqui a pão e água por parte do governo Lula, que virou as costas para o Maranhão a pedido do Senador José Sarney.

Imaginem se tivéssemos tido o mesmo tratamento que o Piauí recebeu do mesmo governo? Iríamos às alturas...

Sim, porque o resultado do esforço do meu governo e o estabelecimento de uma agenda social e econômica para estado levou aos seguintes aumentos anuais no PIB(em bilhões de reais), que compartilho agora com vocês: em 2002, era de 15.449; 2003 foi a 18.483; 2004 passou a 21.605; 2005 alcançou 25.335; 2006, final do meu governo, fomos a 28.620 e em 2007 ascendemos a 31.606. Foi um crescimento espetacular da economia do Maranhão, mais do que dobrando de tamanho em apenas 5 anos!

O mesmo aconteceu com a renda por pessoa/ano de R$ 1.600 em 2001 para R$ 5. 165 em 2007, o triplo do número apurado quando Roseana estava no governo. No período 2002-2007, esse indicador cresceu 57,8% no Brasil, 58,3% no Nordeste. Já no Maranhão, para tirar qualquer dúvida do esforço do estado, o crescimento foi de 72,1%!

O ano de 2007 foi o único do período que o PIB/por pessoa do estado (11,6%) foi menor que o do Nordeste (12,0%) e o do Brasil (14,0%). E o recorde da participação relativa do PIB do Maranhão comparado ao do Brasil chegou a 1,21 em 2006. Já em 2007, recuou para 1,19. Mesmo assim, esses indicadores refletem um avanço muito maior do que em qualquer ano do período Roseana Sarney.

Os números do IBGE derrubam por terra qualquer critica às duas gestões anteriores. Em um período sem corrupção e melhor distribuição de renda”.

Essa foi inquestionável e inequivocamente uma das principais razões para o enorme crescimento relativo do estado. Até a ponte sobre o rio Tocantins em Imperatriz nós fizemos sem nenhuma ajuda do governo federal. O dinheiro do estado passou a ser suficiente.

E agora Roseana Sarney ainda se aproveita disso, pois tomou na marra o governo de Jackson com o cofre do estado cheio. É com esse dinheiro que inunda o Maranhão de propaganda enganosa, de projetos de duvidosa eficácia e faz campanha com dinheiro público.

Agora, em sua destrutiva insaciedade e prodigiosa irresponsabilidade, tenta autorizar junto à Assembléia Legislativa um novo empréstimo, agora de R$ 466 milhões. Já havia conseguido um de R$ 270 milhões, logo que assumiu. Como podem constatar, a governadora está tomando empréstimos bancários que somam mais de R$ 700 milhões em apenas pouco meses de “governo”! Não se satisfez em tomar um dinheirão das prefeituras e da reversão de movimentos da gestão de Jackson Lago. Isso mostra claramente que Roseana Sarney não se importa com o futuro do estado, que hoje já paga mais de R$ 50 milhões/mês. Irresponsável!

E vejam mais essa: Nunca antes nesse estado a Secretaria de Saúde alugou aviões e helicópteros. E sem nenhuma justificativa. Alegam que é para trazer doentes do interior. Que brincadeira de mau gosto! É um atestado de que são os primeiros a não acreditar nos seus próprios hospitais do interior. Não será melhor dizer que é para fazer campanha política à custa do erário?

Por fim, recomendo a leitura do livro Honoráveis Bandidos, o livro mais vendido do Brasil, chegando ao topo do ranking da revista Veja desta semana. Leitura esclarecedora e estarrecedora!

Um abraço aos familiares do grande maranhense e querido amigo, o general Gomes, falecido semana passada. Grande perda para os seus familiares e amigos, para o Maranhão e para Viana.

2 comentários:

Julio Cesar disse...

Um absurdo dizerem que Sarney faz mal para o Maranhão... Isso é uma afronta a todas as benfeitorias que ele fez pelo estado...

Casanova disse...

Engraçado

Coincidentemente a cidade de Imperatriz teve queda no PIB quando um aliado do Sarney assumiu o poder.

vaje em: http://blogdocasa.blogspot.com/2009/10/pib-de-imperatriz.html