A reação de Romeu Tuma Júnior à pressão para deixar a Secretaria Nacional de Justiça mostrou seu poder de fogo. Em dois anos e meio, ele esvaziou o poder de servidores de carreira, privilegiou apadrinhados e concentrou informações sigilosas em suas mãos. Por meio de uma portaria, aparelhou o poderoso DRCI, que combate lavagem de dinheiro.
Cobrado a deixar o cargo, ele mandou um recado: "Estão mexendo com a válvula do botijão de gás". Acusado de ligação com a máfia chinesa, ele encarou o governo, não pediu demissão e anunciou um afastamento de 30 dias, dizendo apenas estar "saindo de férias".
O "botijão" de Tuma Júnior que amedronta o governo está no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Trata-se de um órgão técnico, subordinado ao secretário nacional de Justiça, que faz a ponte com outros países nas investigações do Judiciário e do Ministério Público sobre lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro nacional e repatriação de ativos. Já passaram por ali nomes como Paulo Maluf, Duda Mendonça, Fernando Sarney e Daniel Dantas. (Leandro Colon em O Estado de S.Paulo) Leia mais.
Comentário: Sarney, não por acaso, foi o primeiro a defendê-lo...
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