O discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmando que sofre uma "campanha nazista" para se afastar do cargo foi duramente criticado por senadores. Diante de um plenário vazio, parlamentares que defendem o afastamento do peemedebista o acusaram de temer investigação e disseram que o Senado vive um "momento pior do que o inferno".
Sem os tradicionais aliados que integram a tropa de choque do presidente do Senado, o tucano Papaléo Paes (PSDB-AP) fez as vozes de sua defesa e reforçou as declarações de Sarney de que as acusações fazem parte de perseguição política.
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Segundo o senador Pedro Simon (PMDB-RS), é preciso deixar que se investigue a denúncia de que dois apartamentos utilizados pela sua família de Sarney, no bairro dos Jardins, em São Paulo, teriam sido adquiridos e registrados em nome da empreiteira Aracati. Para o peemedebista, o Senado está vivendo "um momento que é pior do que o inferno" com senadores sendo chantageados.
"Essa Casa nunca foi santa, mas está vivendo um momento que é pior do que o inferno, pela ridicularização, e outras razões. Eu nunca vi essa Casa se rebaixar ao ponto que ela está. Eu nunca vi nada igual. Querem ganhar no grito, sem debater, sem investigar. Dizem, eu não sei quem, que a tropa de elite está organizando levantamentos contra parlamentares dessa Casa. Ouço as pessoas falando: fulano cuidado com isso, mas aonde nos estamos? Isso não é possível", disse.
Simon afirmou ainda que as denúncias contra o presidente da Casa foram levantadas pela Polícia Federal. "O fato é que as denúncias que surgem são fatos investigados pela Polícia Federal. O levantamento e todo esse dossiê veio da Polícia Federal, do presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva]", disse.
O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), disse que falava em nome do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e saiu em defesa do correligionário, que foi criticado por Sarney.
Dias afirmou que a cobrança de investigações das denúncias é um pedido natural. "Neste caso, não fez nenhum prejulgamento. Eu discordo do presidente Sarney, já que o senador Sérgio Guerra apenas pediu que se investigue, que se esclareça. Não vejo mal nisso. As denúncias formuladas devem ser esclarecidas", afirmou.
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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que, ao pedir que não se investigue as acusações, Sarney reforça as suspeitas contra ele. "Eu não entendo por que o presidente pede que não se investigue o assunto. Não estou prejulgando, mas é interesse da Casa que se esclareça. Não é uma denúncia simples. Algum tipo de investigação é preciso ser feita para quem aqui cometeu algum deslize pague por isso", disse.
Para Paes --que é aliado regional de Sarney--, as acusações fazem parte de uma perseguição política. "Esta Casa não receberá de mim aperitivo para tumultuar ainda mais esse ambiente. Quero lamentar a sistematização de uma verdadeira perseguição política, isso eu considero, ao senador Sarney. Para mim, eu caracterizo isso. Com essa agora está traçado: é perseguição política. Querem fazer a cassação política dele. Essa Casa não é de golpe, Excelência. Já recebeu muitos golpes, mas não é Casa de dar golpes", disse.
Sem os tradicionais aliados que integram a tropa de choque do presidente do Senado, o tucano Papaléo Paes (PSDB-AP) fez as vozes de sua defesa e reforçou as declarações de Sarney de que as acusações fazem parte de perseguição política.
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Segundo o senador Pedro Simon (PMDB-RS), é preciso deixar que se investigue a denúncia de que dois apartamentos utilizados pela sua família de Sarney, no bairro dos Jardins, em São Paulo, teriam sido adquiridos e registrados em nome da empreiteira Aracati. Para o peemedebista, o Senado está vivendo "um momento que é pior do que o inferno" com senadores sendo chantageados.
"Essa Casa nunca foi santa, mas está vivendo um momento que é pior do que o inferno, pela ridicularização, e outras razões. Eu nunca vi essa Casa se rebaixar ao ponto que ela está. Eu nunca vi nada igual. Querem ganhar no grito, sem debater, sem investigar. Dizem, eu não sei quem, que a tropa de elite está organizando levantamentos contra parlamentares dessa Casa. Ouço as pessoas falando: fulano cuidado com isso, mas aonde nos estamos? Isso não é possível", disse.
Simon afirmou ainda que as denúncias contra o presidente da Casa foram levantadas pela Polícia Federal. "O fato é que as denúncias que surgem são fatos investigados pela Polícia Federal. O levantamento e todo esse dossiê veio da Polícia Federal, do presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva]", disse.
O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), disse que falava em nome do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e saiu em defesa do correligionário, que foi criticado por Sarney.
Dias afirmou que a cobrança de investigações das denúncias é um pedido natural. "Neste caso, não fez nenhum prejulgamento. Eu discordo do presidente Sarney, já que o senador Sérgio Guerra apenas pediu que se investigue, que se esclareça. Não vejo mal nisso. As denúncias formuladas devem ser esclarecidas", afirmou.
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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que, ao pedir que não se investigue as acusações, Sarney reforça as suspeitas contra ele. "Eu não entendo por que o presidente pede que não se investigue o assunto. Não estou prejulgando, mas é interesse da Casa que se esclareça. Não é uma denúncia simples. Algum tipo de investigação é preciso ser feita para quem aqui cometeu algum deslize pague por isso", disse.
Para Paes --que é aliado regional de Sarney--, as acusações fazem parte de uma perseguição política. "Esta Casa não receberá de mim aperitivo para tumultuar ainda mais esse ambiente. Quero lamentar a sistematização de uma verdadeira perseguição política, isso eu considero, ao senador Sarney. Para mim, eu caracterizo isso. Com essa agora está traçado: é perseguição política. Querem fazer a cassação política dele. Essa Casa não é de golpe, Excelência. Já recebeu muitos golpes, mas não é Casa de dar golpes", disse.
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