sábado, 25 de julho de 2009

Contas de Sarney no Amapá tem notas suspeitas

De Chico de Gois:

Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do então candidato José Sarney (PMDB-AP) ao Senado, em 2006, três notas, que somam R$ 174.660, estão entre aqueles documentos cuja prestação de serviço é questionável.

O trabalho executado, de acordo com dados disponíveis no site do TSE, teria sido "publicidade por carro de som".

Acontece que a empresa que teria sido contratada fica em São Luís, distante 1.776 km do Amapá, por onde o senador se reelegeu.

A Job Eventos e Locação, cujo nome comercial é Marazul Produções, funciona no mesmo endereço que uma distribuidora de medicamentos e de uma empresa de pesquisas eleitorais, na rodovia BR 135, no Km 5. Seu proprietário, Carlos Cavalcanti, que conversou com O GLOBO nesta quinta, negou que tenha trabalhado para a campanha de Sarney ao Senado.

A empresa constrói trios elétricos e aluga, inclusive, palcos.

- Trabalhei para a Roseana - disse, referindo-se à campanha da filha do senador, Roseana Sarney, que, em 2006, disputou - e perdeu - o governo do Maranhão.

Na prestação de contas de Roseana - que assumiu o governo com a cassação de Jackson Lago (PDT), acusado de compra de votos - há cinco notas da Job Eventos, de publicidade por meio de carros de som.

Ela gastou R$ 520 mil nesse tipo de propaganda. No total, segundo o TSE, a campanha de Roseana custou R$ 6,935 milhões. Cavalcanti disse que a candidata alugou carros pequenos, caminhonetes.

O GLOBO perguntou de novo se ele prestara serviços à campanha de Sarney. E a resposta, pela segunda vez, foi:

- Não, não prestei. Certeza!

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