Conversas telefônicas gravadas mostram que servidor cedido pelo Planalto ao presidente do Senado usava contatos na Polícia Federal para municiar grupo liderado pelo filho do peemedebista no Maranhão
De Lúcio Vaz :
Cedido pelo Palácio do Planalto ao senador José Sarney (PMDB-AP) na cota de funcionários de ex-presidentes, o agente de Polícia Federal Aluizio Guimarães Filho passava informações privilegiadas da PF ao grupo comandado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.
Conversas gravadas na Operação Boi Barrica mostram que o policial utilizou seus contatos na polícia para repassar os detalhes de uma diligência solicitada à Superintendência de São Paulo em julho do ano passado. Homem de confiança da família Sarney, Aluizio ocupa hoje o cargo de chefe da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do governo de Roseana Sarney, no Maranhão.
O inquérito da PF que resultou no indiciamento de Fernando Sarney e de integrantes do seu grupo mostra que, em pleno sábado, Aluizio teria colocado um policial dentro da superintendência para receber informações em tempo real. Cada detalhe era imediatamente repassado a Fernando, que tinha o telefone monitorado pela polícia.
A diligência citada no relatório era o acompanhamento do investigado Marco Antônio Bogea na capital paulista. Preposto do grupo, Bogea deslocou-se de Brasília em 19 de julho daquele ano portando uma mala “em atitude bastante suspeita”. Assim que foi abordado por policiais federais na portaria de um prédio, já em São Paulo, Bogea acionou e mobilizou o grupo em questão de minutos.
Fernando telefonou para Aluizio e perguntou o que estaria acontecendo. Eram 9h55. Aluizio informou logo que os policiais que abordaram Bogea não tinham mandado de prisão. Fernando disse que o seu comandado estava “entocado” no prédio, mas que poderia sair num carro.
O policial aliado procurou tranquilizar o empresário: “A gente vai se falando. Eu não comento nada com seu pai (José Sarney), fique tranquilo”. Minutos depois, Aluizio informou que os policias paulistas estavam de campana num carro preto estacionado na porta do prédio. E acrescentou que já havia passado o número da placa do carro para um amigo verificar se era mesmo do Departamento de Polícia Federal.
Após 20 minutos, em nova ligação, Aluizio informa: “Já bateu, já confirmou, é nosso o carro mesmo”. Quando falava em “nosso”, ele se referia à PF. Somente às 13h05 o policial infiltrado conseguiu uma informação mais precisa sobre o que estava ocorrendo: “É uma solicitação da Diretoria-Geral de Investigação de Crime Financeiro”.
“Então, isso, Aluizinho(2), é comigo mesmo, né?”, perguntou Fernando. Aluizio disse que achava que não e informou que essa diretoria investigava “qualquer fato relacionado a dinheiro”. Fernando teve certeza de que era com ele mesmo: “A investigação em cima de mim é conduzida por esse pessoal”. Mas o policial informou o número do inquérito e reafirmou: “Não tem nada a ver com aquele assunto”.
Comentário: É este moço que hoje é o homem da inteligência do governo de Roseana, manipula um aparelho Guardião da Secretaria de Segurança e grava Deus e o mundo, de acordo com as conveniências da oligarquia. E ainda reclamam de gravações...
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Cedido pelo Palácio do Planalto ao senador José Sarney (PMDB-AP) na cota de funcionários de ex-presidentes, o agente de Polícia Federal Aluizio Guimarães Filho passava informações privilegiadas da PF ao grupo comandado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.
Conversas gravadas na Operação Boi Barrica mostram que o policial utilizou seus contatos na polícia para repassar os detalhes de uma diligência solicitada à Superintendência de São Paulo em julho do ano passado. Homem de confiança da família Sarney, Aluizio ocupa hoje o cargo de chefe da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do governo de Roseana Sarney, no Maranhão.
O inquérito da PF que resultou no indiciamento de Fernando Sarney e de integrantes do seu grupo mostra que, em pleno sábado, Aluizio teria colocado um policial dentro da superintendência para receber informações em tempo real. Cada detalhe era imediatamente repassado a Fernando, que tinha o telefone monitorado pela polícia.
A diligência citada no relatório era o acompanhamento do investigado Marco Antônio Bogea na capital paulista. Preposto do grupo, Bogea deslocou-se de Brasília em 19 de julho daquele ano portando uma mala “em atitude bastante suspeita”. Assim que foi abordado por policiais federais na portaria de um prédio, já em São Paulo, Bogea acionou e mobilizou o grupo em questão de minutos.
Fernando telefonou para Aluizio e perguntou o que estaria acontecendo. Eram 9h55. Aluizio informou logo que os policiais que abordaram Bogea não tinham mandado de prisão. Fernando disse que o seu comandado estava “entocado” no prédio, mas que poderia sair num carro.
O policial aliado procurou tranquilizar o empresário: “A gente vai se falando. Eu não comento nada com seu pai (José Sarney), fique tranquilo”. Minutos depois, Aluizio informou que os policias paulistas estavam de campana num carro preto estacionado na porta do prédio. E acrescentou que já havia passado o número da placa do carro para um amigo verificar se era mesmo do Departamento de Polícia Federal.
Após 20 minutos, em nova ligação, Aluizio informa: “Já bateu, já confirmou, é nosso o carro mesmo”. Quando falava em “nosso”, ele se referia à PF. Somente às 13h05 o policial infiltrado conseguiu uma informação mais precisa sobre o que estava ocorrendo: “É uma solicitação da Diretoria-Geral de Investigação de Crime Financeiro”.
“Então, isso, Aluizinho(2), é comigo mesmo, né?”, perguntou Fernando. Aluizio disse que achava que não e informou que essa diretoria investigava “qualquer fato relacionado a dinheiro”. Fernando teve certeza de que era com ele mesmo: “A investigação em cima de mim é conduzida por esse pessoal”. Mas o policial informou o número do inquérito e reafirmou: “Não tem nada a ver com aquele assunto”.
Comentário: É este moço que hoje é o homem da inteligência do governo de Roseana, manipula um aparelho Guardião da Secretaria de Segurança e grava Deus e o mundo, de acordo com as conveniências da oligarquia. E ainda reclamam de gravações...
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