Sarney teve acesso a inquérito da PF
Segundo gravação, o Presidente do Senado avisou que o filho estava sendo investigado
Num dos diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Boi Barrica, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), telefona para avisar o filho Fernando Sarney sobre o andamento de um dos recursos apresentados pelos advogados da família ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para ter acesso aos autos da investigação. O parlamentar orienta o filho a procurar um "amigo", que poderia ajudar. Em várias conversas interceptadas pela PF com autorização judicial, os Sarney demonstram intimidade com integrantes do Poder Judiciário.
Segundo gravação, o Presidente do Senado avisou que o filho estava sendo investigado
Num dos diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Boi Barrica, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), telefona para avisar o filho Fernando Sarney sobre o andamento de um dos recursos apresentados pelos advogados da família ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para ter acesso aos autos da investigação. O parlamentar orienta o filho a procurar um "amigo", que poderia ajudar. Em várias conversas interceptadas pela PF com autorização judicial, os Sarney demonstram intimidade com integrantes do Poder Judiciário.
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Transcrição do áudio:
"O processo foi distribuído, o novo, para o Gallotti (ministro Paulo Gallotti, então relator do processo)", diz Sarney a Fernando. Em seguida, o pai manda que o filho procure o tal "amigo" para tratar do assunto: "Se pudesse falar com o teu amigo pra dar uma palavrinha, tá?" Precavido, o filho sugere um encontro pessoal. "É, mas isso eu tenho que fazer pessoalmente. Pegar um avião e ir aí (a Brasília) segunda, né?" Sarney manda Fernando resolver por telefone mesmo.
A conversa ocorreu em 28 de março de 2008. Na data, um dos advogados da família, Eduardo Ferrão, dera entrada, no STJ, com o segundo recurso para tentar ter acesso ao inquérito que deu origem à Operação Boi Barrica. Obteve êxito. Em 9 de abril, o ministro Paulo Gallotti, hoje aposentado, concedeu liminar que deu ao advogado direito de vista de um dos inquéritos da operação.
Não foi só uma vez que Sarney apareceu nos telefonemas tratando da investigação. Em pelo menos três diálogos, ele demonstra preocupação com o inquérito. Em agosto, quando a PF e o Ministério Público (MP) levaram à Justiça Federal do Maranhão o pedido de prisão de Fernando, o monitoramento revelou movimentos dos Sarney que, para investigadores, demonstram que foram alertados. Num dos diálogos, o próprio Sarney pediu a Fernando que viajasse, com urgência, a Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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2 comentários:
Sarney não saiu e nem vai sair pois a nossa politica é essa vergonha e impunidade.Vc já foi muitos anos do lado dele e muita coisa soube porque não falou ?
Gostaria de usar este espaço para lamentar o voto que dei para o Sr. Lula. Independente de suas parcerias eleitorais, ele devia saber que crime é crime, e quem o pratrica é criminoso. Para ele a corrupção é menor que o homicídio, mas com certeza aquele é maior e até mais cruel do que este, pois a corrupção causa a morte de enfermos nos hospitais por falta de médicos e medicamentos, tendo em vista que os recursos que deveriam ir para a saúde são tragados pelos corruptos. A corrupção mata sonhos, talvez o pior dos homicídios, pois os pais lutam e sofrem para mandar seus filhos para a escola na esperança de que eles tenham uma educação capaz de lhes garantir um futuro digno, mas a educação que as crianças recebem é péssima, pois os viciados no poder desviam as verbas para aumentar suas fortunas.
Mas, temos que ser convictos que a verdade sempre triunfará, e a justiça divina é perfeita e o povo saberá julgar e punir essa corja que está a anos sucateiando o nosso Estado e País.
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